segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Encantrago -Ver De Rosa Um Ser Tão

Deveria ser apenas mais um domingo, mas foi, além disso, foi um dia de sensações. Como então transcender a todas elas? Colocando outras, melhores em seu lugar. E assim entra o espetáculo Encantrago – Ver de Rosa um Ser Tão.

Logo na fila (bom demais ver fila em teatro, me emociona de verdade), os atores nos recebem, ou melhor, convidam a entrar com música, cores e dança. A entrada no teatro é escura, iluminada apenas pelas luzes das lamparinas, a ambientação é feita, cheiros, sons e em especial o silêncio.

E assim o mítico das vivências sertanejas ganha a arena do Teatro Sesc/Senac Iracema, inspirado nos contos “A Menina de Lá”, “A Hora e a Vez de Augusto Matraga” e do romance “Grandes Sertões: Veredas”, de Guimarães Rosa, sob a direção de Hêre Aquino como resultado da união de dois grupos de teatro; Expressões Humanas e Teatro Vitrine.

Impossível não se emocionar com a cultura popular evocada pelas cantigas de roda, cirandas, cocos e outras sonorizações, feitas ao vivo. É uma viagem a outro tempo e costumes. Um cenário de vida e de morte onde a Grande Mãe (Gaia, Oxum) está em seu centro, conferindo o sentido da existência humana, por isso mesmo, contraditória, o tempo todo permeada pela presença de Eres, o Deus mitológico da discórdia, do caos estabelecido pelo homem. Ambos os personagens dignamente interpretados, me fazem crer em tudo o que vejo e ouço.

Outro ponto que me chama atenção é a força masculina em um espetáculo com 9 pessoas em cena, onde apenas duas são do sexo masculino, mas como bem se sabe ator não tem sexo. E bem posso estar enganada, mas essa energia masculina passada por lindas mulheres me leva a crer ainda mais na força mítica do espetáculo.

Quer dizer, não interessa o sertão por seus estereótipos, mas por seus aspectos mais humanos, por isso mesmo, míticos. “a ritualização no teatro, o sagrado e o profano, buscando uma suspensão do tempo cronológico, desse estar presente em um local que não é somente o teatro, mas este sertão nordestino, este sertão brasileiro, este sertão humano”, diz a diretora.

Eu por minha vez só lamento, que não me tenham servido aquela cachacinha boa. Falo que é boa, pois já tomei em outro momento de Encantrago, antes mesmo de nos representarem com dignidade e profissionalismo pelo Brasil a fora, com o Palco Giratório. Desde sempre comento que não é um espetáculo que se assista apenas uma vez, pois contêm muitos elementos e um texto rico em nordestinidade e poesia. É preciso pelo menos duas, uma para que se dê o direto de admirar-se com as imagens construidas com ou sem som, outra para que ouça a poesia. O ideal é que na terceira comece por fim a fazer parte de tudo aquilo por intimidade e genealogia. Hihihihi...

Ontem encerrou a temporada e houve a saída de duas grandes atrizes do Vitrine, que partem para outros projetos. Eu apenas agradeço por tamanha beleza vista e sentida. E fico no aguardo por mais.

Estréia em março espetáculo infantil do Grupo Expressões Humanas. Saber mais: http://grupoexpressoeshumanas.blogspot.com/

domingo, 30 de janeiro de 2011

um ciclo se fechou

De repente vejo teus rastros em todos os lugares.

O vento sopra forte e derruba a pilha de lembranças.

Meu riso contigo já não existe.

Mas ainda há algo em mim.

O definitivo é cruel.

Será que ainda lembro tudo que aprendi contigo?

Será que ouvi tudo que quis me dizer?

Será que tenho em mim traços deixados por ti?

Lembro do seu sorriso e da força dos seus “s” que viravam “x”.

Do aperto de mão e a expressão de quem muito sabia.

Teimoso como você, só eu.

Teimou até pra partir, segurou firme enquanto pôde.

Sei que Nem vale nada sofrer tanto assim

Apenas fortes para o teu descanso merecido.

Fortes um guerreiro corajoso e forte.

Fortes?!

És!

Serás sempre João Alfredo!

Meu tio que me ensinou a discutir, argumentar, polemizar. Melhor professor eu não poderia ter tido, pena não ter sido humilde para falar isso com todas as letras, mas no fundo acredito que ele sempre soube. O que vem depois dessa porta atravessada, eu não sei, mas certamente é bom.

Hoje mais um ciclo se fechou.

sábado, 29 de janeiro de 2011

DoR DoLoRô DaS DoR Do ArMoR

Hoje não há espetáculo, há apenas a mim em um vazio geral, vazio de mente, de pensamentos bons. Estou machucada e vez por outro bato na ferida e isso doe tanto. O mexer amedronta, qualquer movimento em falso pode gerar outra queda e ainda não estou preparada.

Doe os dedos pelas ausência do teu corpo

Doe meu corpo pela ausência de tuas mãos pesadas, que não sabem ainda acarinhar.

Doe meus olhos pela ausência dos teus e de te.

Doe minhas pernas sem sua mão sobe ela.

Doe meu ouvido por não ouvir sua voz.

Doe meus braços à falta do seu abraço.

E minha boca seca na ausência de teus beijos.

Doe em mim, a algo louco de sentir.

És passivo demais, omisso demais...

Não me soube cuidar.

Agora ficou quieta para evitar novos arranhões.

Logo volto a minha inteireza sem dor.

Logo tudo serão palavras.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Banquete

Passar na frente do Theatro José de Alencar nessa quinta feira, 27 de janeiro, era se deparar com uma fila, que poucas vezes eu vi se formar. Eram 18h e ela já dobrava a rua. Pessoas, das mais diversas idades, estilos, olhares, penso que o espetáculo começou ali, naquela fila, onde as pessoas compartilhavam do mesmo desejo, participar de um Banquete.

Depois das pulseiras encerradas as portas do teatro foram fechadas, e o publico gritando do lado de fora, tudo me parecia tão épico, gritos, batida da porta pesada do centenário teatro. Nos jardins, para atiçar ainda mais os ânimos dos que estavam do lado de fora, inicia-se o ritual. Pessoas pulam as grades do teatro e outros vendem as pulseiras de entrada a trinta reais. Tudo muito surreal.

Já dentro do teatro, deixei-me levar e sentei-me em baixo, o que foi ótimo por ter outra perspectiva do espetáculo, a proximidade com os atores, vê-los; expressões, movimentos, mesmo que outras imagens se perdessem, não era apenas olhar pra frente ver toda a cena e decidir qual tempo dera para cada por escolha “consciente”, de baixo era intuição. Foi interessante ouvir os sons que o microfone não capta. E assim ver um espetáculo menos grandioso sem deixar de ser enorme.

Como não poderia deixar de ser e se não fosse eu ficaria até decepcionada. O grupo se pronunciou a respeito do desagrado de alguns, para com o convite e especialmente valor do pagamento. O teatro oficina simplesmente diz: “Fomos convidados!” e questiona que tipo de espetáculos seriam esses quarenta produzidos, com essa verba.

O texto é muito bom por ser o clássico diálogo de Platão virado bori a Eros pelo Oficina. Onde Agatão, grande ator grego, acaba de encenar as Bacantes no Teatro de Estádio e recebe seus convivas para um Banquete regado de vinho em sua casa onde vão cantar o Amor, Eros. Sendo um texto muito conhecido da psicanálise e filosofia mundiais foi recriado pelo Oficina e leva para a cena entidades míticas como Zeus, Hera, Eros, a deusa Embriaguez, Pênia, Jesus e Fidel Castro.

O objetivo é que todos possam beber sabedoria na insânia. “Muitas pessoas hoje fazem guerra contra o amor, mas nós estamos lutando pelo amor. E não precisamos de armas para isso, nossas armas são música e poesia. Amor, assim como teatro, dá poder, cultiva a vida, e necessitamos, a todo tempo, poesia, como ar.”

Tudo muito lindo, mas devo admitir que depois de três dias de teatro oficina, o espetáculo tornou-se repetitivo aos meus olhos, sem minimiza em nada a admiração e respeito pelo trabalho do Grupo Oficina e suas Dionisíacas.

Que venham tantos outros bons espetáculos para Fortaleza e que as apresentações dos grupos locais tenham tão boa aceitação e visibilidade.

Deixo como dica o espetáculo Encantrago – Que rodou o Brasil em 2010 n Palco Giratório e finalizam a temporada esse final de semana no Sesc Iracema as 20hs. Entrada: 20 inteira – 10 meia.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Bacantes

“IO, Tebas!/Terreira!/Mama de Semele/Coroa a tua cabeça de hera!/Pra sangrar, pra brotar/A vinha verde/Os novos frutos./Te fantasia!/Pra dançar nas bacanais/Com ramo de pinheiro e palmares/Com pele de viadinho/Plumas e brilhos /Pega com fé/A vara libertina/Que a terra toda vai dançar!”-(Canto das Bacantes)

 

Chego ao Theatro José de Alencar as 5:40h/min e a fila para receber as pulseiras de entrada já esta feita e em desenvolvimento, alguns minutos depois recebo a minha e saiu do teatro pra comer algo evitando assim a dor no estomago de fome que senti na noite anterior. (risos) Ao voltar, portas do teatro fechadas, pessoas do lado de fora gritando, senti uma pequena angustia pela possibilidade de talvez não assistir, mas sentia também uma felicidade tremenda em ver o teatro lotado. E não tinha nenhum global ali, nenhuma celebridade vendida pela grande mídia, é o Teatro Oficina, de José Celso Martinez com o espetáculo Bacantes.

A entrada é sempre um pouco tumultuada a principio, nada demais, apenas o desejo de sentar-se em um bom local, para assistir e participar do espetáculo, mas na apresentação das Bacantes, talvez pela música e presença dos atores que nos receberam da sacada do teatro, cheios de beleza e energia a entrada foi ainda mais difícil.

Mais uma vez optamos pelo camarote, já que ao ficar muito perto corremos o risco de sermos os mais acessados da internet.(RS) E como bem diz a atriz sempre no começo do espetáculo “Aos que não quiserem liberar suas imagens, podem sair agora!” Em nenhum dos três dias ninguém saiu. Será que temos real consciência da responsabilidade que assumimos? Melhor não pensar a respeito. Nem Caetano escapou das Bacantes. (Informação adquirida ontem).

Véus separam o publico da cena, ao ritmo do samba começa o espetáculo, que assim como Cacilda também tem seis horas de duração com dois intervalos. Os atores giram em cena e com a beleza das cores, luz, som e dentro de um teatro tão belo e rico, como o Theatro José de Alencar, deixei-me capturar. Era eu assistindo a um enorme ritual grego, eu grega, aprovando em palmas e desaprovando em vaias. Todos estavam inundados dessa energia, os ânimos da platéia se alteravam, gritos de fora do teatro pediam para que abrissem as portas, rituais... A chegada de Dionysios, deus do teatro, do vinho e do carnaval, filho de Zeus e da mortal Semelle.

Primeiro intervalo e abrem as portas do teatro, a cena de todas aquelas pessoas entrando de uma vez, tão cheias de energias a principio me assusta, dando-me a sensação de que o espetáculo continuava acontecendo, de tão surreal que foi a cena.

No segundo ato os humores já estavam alterados e se não fosse a comicidade do espetáculo e a capacidade de desconstruir, que sai do drama grego e me aparece com Mamonas Assassinas, levando todos ao riso; não quero nem imaginar onde acabaríamos todos. Afinal, não serei eu a duvidar da força dos deuses. (risos) Não duvido mais é de nada, depois de ver um homem sendo puxado da platéia, com uma cabeça de boi, tendo suas roupas tiradas, corpo tocado por tantas mãos e aceitando a força do boi impressionou por sua presença cênica, deixando inclusive a dúvida se aquilo já não havia sido combinado. Ô povo descrente!

No retorno do segundo intervalo, a energia estava lá em cima, lembro de ter perguntado a um amigo: - “Sou eu que estou vendo demais, ou esta todo mundo muito agitado?”, ao que ele me respondeu com um sorriso de cumplicidade. Mas ao contrário do que se esperava a energia do espetáculo caiu e contrariando a idéia de que os cinco primeiros minutos são os mais importantes por que conquista o publico, os cinco últimos são os que voltamos pra casa refletindo.

Mais uma vez parabenizo a técnica, apesar de o som continuar dando problemas. Bom demais ver a cena limpa como mágica. (risos) E “se o amor é cego, é preciso apalpar!” Hoje é o Banquete, o último espetáculo das Dionisíacas em Fortaleza. As senhas de entrada começam a ser entregues uma hora antes. Até lá! Hoje vou ver se sento em baixo. Será?

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Estrela Brasyleira a Vagar!

E com você saber enfim que sim

Fingir, Fingir, Fingir e atingir

O Ser (José Miguel Wisnik)

 

Cacilda Becker, mulher de tantas em si, atriz sensível e magnífica, de morte prematura. “A morte que emendou a gramática/Morreram Cacilda Becker. Não era uma só. Eram tantas.(...)", escreveu Carlos Drummond de Andrade para explicar os dotes da primeira grande dama do teatro. E foi em busca de saber mais dessa Cacilda, vista pelos olhos do grupo oficina de teatro que as pessoas encheram mais uma vez o Theatro José de Alencar, gerando um grande encontro de artistas e admiradores da boa arte. Muitos com flores na mão para caichoeira de flores (linda cena!).

Essa que é a primeira peça de tetralogia  (é um trabalho artístico composto por quatro obras distintas) de José Celso, conta com maestria a vida do maior mito do teatro brasileiro, a mãe do teatro moderno e ao falar sobre ela, conta-nos a história do teatro do Brasil, suas musas e grandes artistas que marcaram uma geração e que mesmo hoje são reconhecidos. Conta-nos a história de Cacilda Becker.

A entrada para o espetáculo foi pela coxia do centenário José de Alencar, linda idéia, porém tumultuada, com correria e aperto. Mas a desconforto inicial se esvaiu ao pisar no tablado, os ânimos foram se aquietando aos poucos e começa o espetáculo que tem duração de seis horas com dois intervalos e segundo Zé Celso, precisariam de muito mais para falar sobre Cacilda. Eu penso que ele poderia ser mais sucinto, até para evitar que as informações se percam.

Mas que fique claro, não é difícil mergulhar nessa história junto, cantar, falar, gritar... O importante é participar dessa história, escrevendo junto à história de um novo teatro que fala do teatro moderno, outrora novo. (risos) Por vezes me senti vivendo tudo aquilo, não me parecia teatro, tamanha naturalidade com que as coisas aconteciam. O erotismo e franqueza da apresentação assustam, porém não agride ao publico atento a toda dramaticidade que por vezes ganha ar cômico, arrancando risos.

Não posso deixar de falar sobre a técnica do espetáculo, luz, produção, adereços, figurinos, cenários, áudio visual, tudo muito bem executado. A musicalidade é maravilhosa (peco por não saber o nome dos artistas). O som, no entanto, às vezes deixa a desejar, assim como deixou a desejar a participação local, que não conseguiu demonstrar naturalidade e quase derrubam a atriz.

“Vamos ser amigos! Não é por mal, é que eu tenho nojo físico de você!” diz uma Cacilda, que não é a mesma ao falar sobre se, e as que nela habitam, suas contradições, paixão maior ao seu lar que é o teatro. Pergunto-me qual será a emoção de interpretar Cacilda? Se existem tantas e quantas em cada ator e atriz...

Salve Cacilda Becker e sua vida entregue ao teatro! Salve José Celso por seu teatro oficina! Salve o teatro Oficina por sua Cacilda!

Hoje tem mais Dionisíacos no TJA, a partir das 19h, as senhas de entrada são entregues uma hora antes. Te encontro lá!

 

 

                          Com que lábios te beijei

Lábios de amor

Lábios de atriz

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Taniko


Dois artistas harmonizando o Theatro José de Alencar na comemoração dos seus 100 anos. Eram atores do grupo oficina, do aclamado José Celso Martinez, que apresentam as Dionisíacas em comemoração ao nosso velhinho TJA. Entrei no teatro e a própria Isabel Gurgel (diretora do Theatro), é quem coloca a minha pulseirinha, para ter acesso ao espetáculo Taniko, único dos quatro onde a censura é livre.
Foi um pouco mais de uma hora de espera e eu assistia a um outro espetáculo. “Olha é o Zé!”, “É um Deus do teatro!” Dizia o outro. Os comentários sobre o Zé sumidade eram os mais diversos. “E Os Sertões?!” Dizia outra pessoa empolgadíssima. Preciso deixa claro que ter assistido Os Sertões era status. (risos)
Entramos finalmente no teatro, cadeiras centrais retiradas, para dar outro formato, olho ao redor... Alegria! É Zé Celso! É Zé Celso! Pensava eu. É Zé Celso, o Theatro esta lindamente lotado de um publico curioso e atento, alguns que ali vi estavam assistindo a um espetáculo pela primeira vez. Boa estréia, heim? (risos)
Uma politicagenzinha, depois leitura da carta para Dilma em prol da extradição de Battisti e então: -Tenham todos, um bom espetáculo!
Gueixas embelezam a cena e junto com o coro desenham o desenrolar da história. É inquestionável a grandeza do espetáculo, o trabalho de ator bem maturado em alguns, as músicas muito bem executadas, uma luz bem afinada, músicos competentes, em um cenário simples que em link com a história e com toda beleza do TJA, deixam uma atmosfera deliciosa. Por conta do telão é possível ver um pouco mais e de outra forma, o mesmo. - É Zé Celso! Digo a mim mesma em um momento em que o coro ganha força e me emociona. “É mais difícil separar um amor vivo” (ou algo desse tipo) RS.
É uma história de amor, vida, família, crenças e muitas verdades. E termina em festa, bossa e dança e balas (bombons). Aplausos!
Na área externa muito zumzumzum... Muitas interpretações, visões... E alguém diz: “Se fosse eu fazendo, não seria tão bom. Mas... É Zé Celso!” (risos) Eis a força de ser mestre e saber que se é.
Hoje o espetáculo “Calcilda”, começa às 19h, mas as senhas de entrada começam a ser distribuídas uma hora antes. Você vai perder?

domingo, 23 de janeiro de 2011

PaIxÃo?

Doida, estranha, injusta, ingrata, gostosa, inteira, feliz… Sempre vale muito a pena.

Que venham mais! rs!

sábado, 22 de janeiro de 2011

Com sequências...

Ei José qual é?

Tá com medo de sentir?

Tá acovardando tanto assim?

Maria pode simplesmente desistir.

Ei José tá ai?

Tá com medo de partir?

Tá fugindo tanto assim?

Maria pode simplesmente desistir.

Ei José!

Já se foi o tempo bom.

Manoel chegou.

Maria simplismente...

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

InSpiRaÇão Em BaIxA

Não queria fazer desse blog um diário, nem tão pouco, fazer dele lugar de desabafo, era pra ser um blog “Cult” (comecei a usar essa palavra depois que me disseram certa vez que eu era muito Cult para trabalhar na TV).

Mas como ser meu se não agregar todos essas Robertas que cabem em mim? Dessa forma peço perdão aos que lêem esse blog, creio que não sejam muitos, o que me deixa talvez um pouco mais aliviada. Daqui pra frente escreverei todos os dias, seguindo o dia. Poderá ser uma critica, uma indicação, um texto pessoal, uma música, como já vinha seguindo, mas só agora que me dei conta e precisava alertá-los. RS

Dramático, não? rs

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Um Vazio Estranho

Ontem tomei uma decisão, não foi fácil nem difícil, mas foi nova. Não foi triste, nem alegre, mas reflexiva. No final das contas não interferiu na vida de ninguém, mas foi fundamental para minha. Abri mão do que nunca foi meu, abri mão do que não me diz respeito, abri mão por medo, mas também por amor.

Ontem pensei tanto, sobre tudo que o dia tornou-se menor, sendo maior... Nesse momento sinto um vazio estranho com o qual sempre convivi, mas me parece novo.

Hoje... A caminhada continua!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

E Tu?

Marias, Ivanas, Terezas, Cristinas

A todas conquistastes

Joanas, Moniques, Mônicas e Antônias

Todas por te apaixonaram-se

Anas, Carlas, Beatrizes, Julianas

Todas a te se entregaram

E mesmo Carlos, Lucas e Pedros

Seus brutos encantos observaram

Até eu...

E tu?

Já amastes?

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

SeRá?

Entre abraços, beijos e muito carinho uma atmosfera de querer sem querer. Um medo de ser e estar, pq? Não há mais nada a dizer, tendo muito que ser dito. será?

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

1h e 20 min

O universo... Os países, estados, as cidades... Nossas casas... Tão pouco, cuidamos do tudo que ganhamos. A vida nos foi dada, gratuitamente, um mundo repletos de belezas. Viver é divino e só por isso é preciso ser grata à todo instante. - Não! Não é fácil deixar da lado as privações reais e consumistas e se alegrar com a vida. De alguma forma esse alegrar-se enche-nos de forças.

Não sei se acontece com vocês, mas comigo acontece sempre, a todo instante, o poder da decisão é muito claro (mas é preciso deixar claro, só posso decidir quanto à mim, o outro decide por si). Hoje mesmo, logo cedo (3:30h/min) acordei com calor, pois Fortaleza mesmo chovendo é quente, daí pensei uma porção de coisas que poderiam ser feitas, lavar aquela roupa que tá na lavanderia a mais de uma semana, escrever algum texto pro blog já que não venho conseguido me concentrar e as 3:30 da madrugada o telefone não toca, as pessoas não te chamam, os carros não fazem tanto barulho, a TV parece menos atrativa e sempre que ligo nesse tipo de circunstancia, a acho muito alta e irritante, bem mais fácil a concentração, quando o som é só o do Ferdinando, meu amado e fiel companheiro, o ventilador. Devo admitir que foi também nesse horário após ter vencido a irritação inicial (afinal de contas o homem se acostuma com tudo), foi quando encontrei a melhor programação da TV brasileira. Estranho? Eu acho! Afinal é um meio de comunicação que deveria... Hah... Não vou fazer desse texto um discurso sobre a responsabilidade, ou melhor da falta dela, nos “grandes” veículos de comunicação.

Meu pensamento me roubou de mim e tentou alertar-me que tudo é comunicação da Era da Informação. - Não!!! Cortando-me a mim mesma, com o perdão do pleonasmo, e respirando fundo... voltemos...

Claro tinha a opção mais tentadora , voltar a dormir depois de um copo de água e uma chuveirada (O calor estava insuportável, voltar a dormir sem a chuveirada eu não conseguiria). Daí, pensei:

Se já acordei e acordada estou, tomo esse banho (aquele banho sem pressa, sem tempo), daí coloco as roupas na máquina, enquanto elas rodam eu escrevo e quando ela parar de rodar, paro de escrever. Uma hora e vinte, é o tempo que a máquina leva para fazer seu trabalho...

Se são 4h (é... eu passei exatos trinta minutos para decidir), as 5:20h se eu estiver com sono posso dormir um pouco ainda... Esqueci do banho demorado… Não acredito em mim. Como posso ficar mendigando horario quando acordei dua horas antes do normal. Nã ganho essas duas horas de credito? Como as pessoas que acordam as 11h vivem? Devem trabalhar de noite. Nossa!!! A vida deles é mais doida que a minha, pois eu bem sei a pauleira que é trabalhar na noite. A noite foi feita pra dormir! Dizia alguém… rs

A máquina rodava e eu escrevia, muitas vezes seguindo o ritmo da água sendo jogada de um lado para o outro, dançando com a roupas, se elas (as roupas) falassem esse encontro certamente seria uma festa, posso até ver duas camisetas conversando.

- E ai pretinha como foi a do dia? Pergunta a camiseta (paro e penso a cor da outra...) verde?!

- Sei do dia pouco eu sei, fui para uma balada na praia, conheci vários camisas, mas cê sabe nem adianta se empolgar, antes do meio da festa já estou bebinha de tantos, drincks, cervejas e quando resolvem tomar vinho? RS

- Não acredito! Eu também fui usada de noite, fui ao cinema e depois jantarzinho. Responde a Verde?!

- E de dia?

- Sabe aquela rosinha que tem uma mandala? Então… Ela saiu ontem de dia. Estava inclusive me contando que depois do dia naquela sala branca com aquele computador sem graça, foram a um perfumaria. Será que vamos mudar de perfume? esmurece a Verde?!

- Oba! Oba! Grita a preta. Gosto muitissíssississimo de mudar de cheiro.

- Vocês são mesmo umas folgadas! Fala irritada a calça jeans velha e cansada. Eu passo o dia correndo de um lado para o outro, sabe-se lá a quantos anos. Já pedi, implorei para ela me deixar no cantinho, junto com aquela saia 36 que nunca mais vai caber nela, mas ela não me ouve.

- Pare de reclamar! Grita meu macacão verde.

Nossa e nem posso culpá-lo, a ele eu exploro mesmo. Mas daí ele para surpresa de todos diz:

- Vocês falam demais, a vida é boa e nós conhecemos o mundo pelos passos de quem nos veste. Eu por exemplo, já viajei, fui a praia, serra e assisti a vários filmes, senti vários cheros, abraçei tanta gente, até  já conheci uma macaquinha, mas adoro meu lugar no closat e não fui com ela. Imagina se você fosse calça de um ricão que só te usasse uma única vez e te esquecesse dentro daquela gaveta lotada, com cheiro de guardado e mais não sei quantas calças em cima de você... Reflita...

- Você é mesmo um puxa saco. Retruca o vestido estampado (é cantão, tá? E eu jogei na máquina? aaaaaaaaaaaaaahhh).

- Já tá difícil sem essa discussão de vocês, calem a boca e me ajudem a encontrar o esquerdo, ele sempre fica muito enjoado na hora de se lavar, temo que abra de vez aquela frente dele. Fala rápido e descontrolado o pé direito da minha meia cor de rosa. Ao que as roupas... Bem, ninguém faz nada foi a máquina quem tomou a providencia botando todos para se movimentarem em busca de se lavar e junto encontrar o esquerdo.

- Haaaaaaaaaa! Estou me enrolando nesse negócio de novo. Que chato! Ela bem que podia me colocar aqui com cuidado. Toda vez saiu daqui desfiando, se continuar assim vou sumir. Grita o sutiã branco velhinhoooo.

- Pequei o esquerdo! Peguei o esquerdo! Perdi o esquerdo. Diz a bandana.

- Cadê? Cadê? Já rasgou? Como ele está? Ele tá nervoso? Ele sempre fica tão nervoso na hora de se lavar. . –Não sei por que ele sai de perto de mim. Fala o direito nervosamente.

- Eu sei! Responde a bandana irônica, antes de ser agarrada pelo sutiã branquinho.

- O que você quis dizer com eu sei? Me diga! Me diga!

- Parem com isso gente, curtam a dança. Fala o macacão tranqüilo e atento.

- Gente é agora! É agora... Ai nossa senhora do amaciante protegei-nos de mais essa. O Jean velhinho e cansado grita.

e...

--aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

- iurruuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu

- senhor omo proteja-me.

- Nossa senhora dos pregadoresssssssssss cuidai de nós.

- Curtam a onda seu bando de medrosos. Se deixem levar, é muito boa essa vibe.

- piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii Grita a máquina depois de uma hora e vinte minutos, preciso parar. Levanto-me rindo da possibilidade das minhas roupas falarem sobre mim. Silêncio. Mas elas falam.

Aiaiaiai... Não era sobre isso que eu queria falar, mas respeito à liberdade das minhas mãos e principalment dos meus pensamentos!

Acho que vou brincar mais com as minhas roupas... rs

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A BeLeZa

Ainda não vi a cara do dia, mas tenho certeza de que estás lindo, por que vejo o que tenho em mim.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

FiM… FiNdO… FiNo… FiNaLmEnTe…

Hoje quero falar sobre o fim. O fim é muito sério é o ponto máximo daquela caminhada, para inicio de outra. Terminar uma tarefa, terminar um discurso, terminar um teste ou uma prova, terminar uma amizade (ela se mantêm amizade mesmo com o fim?!?), terminar uma história (exercício cada vez mais difícil), terminar um pensamento, um namoro, terminar uma pintura, um pensamento, terminar que se começou de alguma forma, vamos findando até que se finde a vida.

É lá! Exatamente no fim que encontramos aquela brecha para o novo e não é errado mudar, ao contrário mudemos sempre de visão, opinião, verdades, amores, sensações e sentimentos. Mude de roupa e estilo, mude o lado da cama e o do cabelo, mude o modo de andar e o de falar, mude de casa, de cidade, mude de país. IMPORTANTE!Não adianta apenas mudar n físico, não me venha com muitas fotos e as mesmas idéias. Mudemos juntos com tudo que muda o tempo todo ao nosso redor.

Ontem choveu o que me obrigou a mudar toda programação do meu dia, não que tenha sido uma enorme mudança, mas pode ter sido enorme pra alguém. Não? Hoje! Hoje mesmo pela manhã eu tinha de sair para resolver uma porção de coisinhas, mas resolvi enviar uns textos antes, adiantar trabalho e essas coisas, daí meu interfone toca e é minha aluna. Ela voltou (não devo ter comentado, mas, na semana passada ela não veio e eu pensei que tivesse chegado ao fim, mas felizmente não chegou. O fim é surpreendente, assim como a paixão, o soluço e aquele amigo de vida toda, sempre chegam sem avisar e se findam.

Findei um algo estranho revivendo momentos bons e montando ao meu jeito... Talvez eu tenha escrito diferente do real, mas eu como uma boa Bonfim... Mudei o fim! RS

É importante lembrar que fim = começo.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Roberta = Descoberta.

A questão é: Me descubro? Me descobrem? Descubro o mundo ao meu redor é... O mundo eu adquiri o habito de observar , venho brincado de me encantar e é tão bom viver assim. Descubro-me? Descobrem-me? Será que estou sendo eu demais? Mas quem será esse eu que posso ser demais? O que sou por ser, ou o que sou através dos olhos de quem ver? Descuido-me e percebo-me existindo, precisei me desligar para então me conectar (quando falo em conectar não tem nada a ver com esse meio, mesmo sendo já que o utilizo em prol da comunicação) com o mundo que me cerca. Pode parecer bobeira, mas nos últimos tempos venho experimentado o sentir tudo e intensamente, vivi grandes paixões com direito a lagrimas e poemas, vivi grande conflitos com platéias cruéis, vivi vitórias sem tamanho...

Ontem na Ponte Metálica (Dos Ingleses) me emocionei assistindo a infância, lembrei de mim bem pequena, meio travessa e metida a destemida, logo eu que sempre fui tão medrosa. E uma amiga ao lado cantou-o ao pé do ouvido uma música dos Los Hermanos.

Caminhada, uma disputa de um menino com a natureza que acelerou meu coração com angustia por ele e depois de alegria com a sua saída do mar. Uma despedida... Mais uma em um começo de ano inundado de até breve. Engraçada como elas começam a doer menos, me pergunto se por estar calejada, ou por que de repente as distancias diminuíram. Um encontro com duas pessoas queridas e muitas risadas. Uma chegada... “Todos os dias e um vai e vem...”.

Muitos sorrisos, histórias e palavras... Eis as descobertas!

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Dirigir…

Dirigir... Hoje devo admitir que é uma das coisas que mais curto fazer, mas no começo não era assim. Logo no começo mesmo até devi ser, mas desse não lembro com exatidão.O fato é que fiquei quase 10 anos sem dirigir e quando voltei tive que começar do zero.

Primeiro: Dirigir não é como andar de bike, ou até é... Faz muito tempo que não ando de bicicleta na cidade, vou tentar e depois volto ao primeiro ponto. RS

Aulas de auto-escola, uma tensão estranha, era eu confiando em um completo estranho que tinha no banco do passageiro um pedal pra controlar a situação caso eu fizesse alguma besteira e eu fiz algumas. Não muitas mais algumas que ele bem tentou disfarçar que o erro havia sido meu e me mandava seguir, ele não me ensinou só a dirigir, mas a buscar confiar mais em mim.

Carro na garagem, “O NEGÂO”, meu parceiro me sentiu entrando nele pela primeira vez em uma tensão... Prefiro não falar sobre ela. O primeiro momento foi divertidíssimo, eu errava tudo, a sinaleira, o farol que por vezes eu esqueci de ligar. Nossa!!! E quantas vezes me perdi... Sempre com amigos muito queridos e pacientes ao lado eu fui ganhando segurança, depois fui automatizando e foi a partir dai que começou a minha relação com a música. É fato que eu só comecei a “dirigir” (no começo não era bem isso que eu fazia. RS) quando som estava instalado.

Lembro que a primeira vez que peguei o carro só, foi para ir ao mercado, mas minhas pernas tremiam tanto que só dei a volta no quarteirão e voltei pra casa me acabando de rir. A atenção e a vontade de pegar estrada, logo de cara 120km/h só pra amaciar meu Negão.

Depois a relação com a música e a relação com a minha cidade por onde tenho descoberto varias belezas, saiu dirigindo sem rumo algum e me perco agora propositalmente. E eu que a priore vivia de primeira e segunda, agora passo a quinta e começo a descobrir a velocidade, a liberdade.

São muitos os lados positivos, mas… existem os negatisvs, não se pega mais onibus junto e nem sai mais de carona, vamos nos individualizando…mas….

Valeu Negão, muito grata aos amigos que pacientemente e cheios de confiança estiveram de co-pilotos comigo.

 

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Tudo junto e misturado... Tudo embaralhado e as cartas estão me olhando pedido para serem puxadas... É preciso tomar uma atitude e definir a história, mas... O que há pra ser definido, sei exatamente até onde posso oferecer e ofereço muito pouco. Como entra em uma batalha tão desarmada? Assim perco antes mesmo da primeira investida... Não sei se quero ganhar, mas ao mesmo tempo que é estranho (por ser novo), confuso (por sermos enrolados), gosto mais de quem sou quando estamos apenas nós. Amo sorrir juto e tem a química, a física a geografia, a matemática e... a vida.Mu maior defeito, seja talvez pensar demais.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Uma chuva…

O céu acende em raios, a luz da cidade apaga. Sons, árvores. O que começa belo aos poucos vai se transformando em receio e acaba por se tornar um grande pesadelo. O caminho pra casa nunca foi tão longo e tenso, olhava as pessoas na rua, sentia uma vontade maçante de colocar todos dentro do carro e levar comigo. – Não devia ser seguro ficar tão exposto! Não devia ser tão duro viver só... Mas quem de fato estava só?

Chego ao prédio e ainda na garagem sinto uma sensação de segurança, que logo se esvai quando entro em casa e me percebo só. O sino dos ventos que sempre me fez feliz, agora me deixa em pânico ao tilintar forte. – Será o fim do mundo? Pensava eu.
Encolhi-me e orei, tentei dormir, mas parecia demais para meu corpo e meu espírito que juntos se mantinham em uma energia de medo. Contrariando ao racional e obvio me peguei assistindo um filme de terror parecia que eu não queria colaborar comigo. Mas ao final a potencializar o sentimento me levou a um estado de... Sei lá do que... Nessa hora dormi.

Ao acordar olho o céu, que lindo observa algumas destruições... Nada dura pra sempre... E agora estou eu em raios e trovões mas logo vou chover e linda olharei...

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terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Apenas Uma Conversa?

Eles estão apenas conversando sobre coisas diversas, quando ele olha pela janela com a máquina apontada para rua, registra a vida em um silêncio que parece inspirá-la, ela o observa com atenção e assim se entendem.

Em outro tempo que é exatamente o mesmo Carlos vira-se para Lara e com um cigarro na mão e um sorriso no rosto pergunta:

-Será que se fizerem um filme sobre as nossas vidas teriam essas cenas?

Um silêncio em sorriso.

-Provavelmente não. Responde Lara prontamente.

- Expomos tão pouco de nós. Completa ele ao que ela mantém o pingue-pongue.

- Por sermos vários. Você já parou pra pensar quantas pessoas estão vivendo um momento exatamente como esse?

- E quantas estão transando? Pergunta Carlos com olhar malicioso.

Risos

- E sorrindo?

-Chorando?

Acelera o ritmo do pingue-pongue.

- Fazendo doces e hawainas?

- Jogando tênis?

- Beijando na boca?

- Fumando cigarro?

- E um beck?

- Tomando Martini. Acho Martine uma bebida muito linda.

- Quantos estarão olhando sol?

- Imagina todo mundo olhando sol ao mesmo tempo. Estariam todos olhando o mesmo foco em direções diferentes, inclusive internamente.

Mais um silêncio para reflexão. Lara na cama acende ao cigarro e depois de um suspiro pergunta lentamente e com voz romântica. - Quantos estarão apaixonados?

-Quantos não estarão? Rebate Carlos prontamente.

- Quantos?

- Quantos?

- Isso parece história de filme.

- De vida!

-Pontos de vista.

-Contos de fato.

- Isso também parece filme.

- Mas pode ser.

- O filme copia a vida?

- A vida se deixa copiar e prefere achar que copia.

Risos

- É cara! Nossa vibe é essa...

-Pensar... Bicho não pensa. Somos artistas.

- Atores! Somos quem quisermos ser, já que ninguém nos conhece de verdade.

- Às vezes nem nós nos conhecemos.

- Mudamos e fazemos mudar.

O tempo retorna a instantes antes do começo da cena. -Vou fotografar!

- Prender momentos? Atiça ela arisca.

- eternizá-los. Responde ele prontamente.

- enterrá-lo?

Silêncio. A primeira cena se repete. Ele fotografa e vem mostrar as imagens capturadas a sua maior fã.

Ele volta senta ao lado dela e diz: - Viajei.

 

* Escrito por mim, ou devo dizer que por nós? Certamente foi escrito por nós. Obrigada João por me fazer mais feliz e me inspirar.

Agradeço todos os dias a Deus por você em minha vida.

Amo muito você!

sábado, 1 de janeiro de 2011

A virada

Eram 20h e as pessoas desciam com seus banquinhos, outras passavam com sacolas e mais sacolas com toalha de mesa, comida e bebidas eram um festival de estilos. Pessoas amontoadas em colchões infláveis, famílias dormindo sobre uma canga, enquanto o filho sozinho assistia ao show de Amelinha.

Por volta das 21:30h sobe ao palco Caetano Veloso, nostalgia, banho de mar, musicas cantadas com a alma.Discussões, sorrisos, abraços, caminhadas, tudo muito e o tempo todo. Filas enormes nos banheiros químicos. E não e exagero tinha a organizadora das filas do banheiro. (felizmente só precisei fazer utilização dele uma única vez).

Reflexões a beira mar... As vezes no silêncio da noite....rs Mais saudosismo e... Uma vontade louca de ser feliz e mais partilhar dessa felicidade, sorrir, caminhar por entre as pessoas com seus mais diversos estilos e cantar para todas. Encontros especiais, abraços precisos e preciosos.

Entra Marttinália com seu samba e minhas histórias, lembranças boas, dança e liberdade, olhares, palavras, sorrisos e 2011 grita alguém e eu tomada por um Abraço me entrego a tantos outros, busco um ou outro... Orações, agradecimentos, reconhecimento e algumas metas (duas apenas). 17min de lindos e emocionantes fogos, chorei e senti toda energia.

Um tumulto... Tudo muito intenso, difícil ter como simples o não aceito, guerra ideológica silenciosa e submissa eis a vida.

Uma quebra... Um suspiro... Um grito contido... Um abraço recolhido... Muitas palavras outras emoções.

Depois de tanto entra Biquíni Cavadão com seu rock 80. Mas o rock que cantamos sem som o camuflou. Hora de voltar pra casa, com mil coisas na cabeça que se calavam sempre para sentir junto com meu coração.

Feliz 2011 no réveillon da paz.

Fortaleza segundo maior destino do Brasil.

Azul da cor do Céu

No dia 23 de março  estreamos o projeto Arte ConVida, do Grupo MIrante de Teatro Unifor, com o esquete  "Azul da Cor do Céu", text...