terça-feira, 19 de abril de 2011

Rio

O Rio 40 graus é retratado em beleza e cor na animação de Carlos Saldanha. Que depois de chamar atenção como co-diretor de A Era do Gelo (2002) e Robôs (2005) e como diretor das duas continuações da aventura glacial, o brasileiro Carlos Saldanha decidiu homenagear sua cidade natal com a animação Rio. E, para isso, conta com um elenco de peso, com nomes como o brasileiro Rodrigo Santoro, Anne Hathaway (de Amor e Outras Drogas), Jesse Eisenberg (de A Rede Social), o oscarizado Jamie Foxx (de Ray) e o músico Will i Am, dos Black Eyed Peas, dublando os cativantes e muito divertidos personagens; além de uma competente equipe técnica.

O filme que tem produção America é absolutamente brasileiro e consegue agradar mostrando belas cenas de pontos turísticos da cidade maravilhosa e das duas grandes paixões do brasileiro, carnaval e futeboll. Li algumas criticas que condenam o filme alegando que ele cria estereótipos, mas é ficção O que deve ser relevado é que a animação de forma leve alcança adultos e crianças, encanta por imagens e roteiro. Outro ponto forte é a temática, que discute a destruição pelo trafico de animais, o que leva a extinção.

O longa conta a história de Blu (dublado perfeitamente por Jesse Eisenberg), uma arara azul domesticada, que não sabe voar. Após ser capturado por contrabandistas de aves exóticas, ainda filhote, Blu acaba indo parar na fria Minnesota (norte dos EUA), mas é tratado com amor e cuidado por Linda. Por ser o último macho de sua espécie, o ornitólogo (biológo que se dedica ao estudo das aves) Túlio (Rodrigo Santoro)  convence Linda a levá-lo para o Rio de Janeiro, a fim de perpetuar a espécie com a fêmea Jade.

Blu não sabe voar e por amor e responsabilidade aprende. O filme me lembrou o livro Fernão Capelo Gaivota e o desejo de vencer os limites pré estabelecidos. Os pássaros são lindos e a briga entre pássaros e macacos tira o riso de quem assiste ao filme. Dada a qualidade do filme, e o mérito de retratar o Rio de Janeiro como ele é essencialmente, não há como não sair do cinema fascinado com Rio e estimulado pela trilha sonora. Carlos Saldanha está de parabéns.

Quem já assistiu sabe do que estou falando e se eu tiver esquecido algo que deva ser dito, fique a vontade e a quem não assistiu, terça é um bom dia de pegar um cineminha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Some:

Leci Brandão a potência de sua Geração

Por Roberta Bonfim O samba, o tambor, o pandeiro mexem com meu corpo, mas a voz de Leci mexe mesmo é com minhas memórias infantis e juveni...