segunda-feira, 8 de junho de 2015

Alegre Tristeza!

Ando um pouco triste...
Não é uma tristeza avassaladora,
Nem algo que mereça enorme atenção.
Mas, o fato é que apesar do sorriso largo, tenho andado meio triste.

Não é nenhum grande drama,
Muito longe das tragédias gregas.
Apesar do amor pela filosofia que me norteia,
E desnorteia.
Também não chega a ser descrença,
Nem mesmo dor nas costas
Que só me exige equilíbrio.

Também não é solidão,
Nem desamor,
Nem tão pouco decepção.
Não é medo, ou covardia
Nem das saudades que distanciam.

Tudo segue como precisa seguir por hora,
Mas...
Sinto um algo de profunda tristeza.
Uma tristeza de alma
Uma quase descrença,
que se real me mataria.
Essa tal tristeza não me priva dos sonhos
Mesmo quando me obriga a coloca-los em outro lugar.

Há lugares em que ela some,
Outros em que se desenvolve.
Essa tristeza nos olhos.
Que no espelho sem o sorriso
Essa melancólica tristeza.
Tristeza de ser o outro
E poder ser tantos
Sem por vezes simplesmente...
Poder ser quem sou;
E quem sou?

Mas...
É outra coisa.

É a certeza das pseudas verdades
Que tendem a ser absolutas

O que fato é o absoluto?

E tristeza é de todo ruim?
Ou seria só cultura de nomenclatura?
Não seria seu colo um consolo?
Um aconchego, um tipo de libertação.
Em meio a tanta ‘perfeição’.
De tudo tão equivocadamente perfeito.

Que essa doce tristeza esteja comigo
Fazendo-me crer que ainda respiro e penso
Sem ajuda de máquinas...

Vez ou outra!



Roberta Bonfim (08.06.2015 casa de Mainha, após ler sobre o processo contra Zé Celso Martinez após apresentação de Acordes, na USP Sampa e refletir sobre todas as lutas, a tantas mascaras e histórias, que se tornam verdadeira a partir das conveniências)

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