Semanas imaginando como seria o espetáculo, como eu reagiria a ousadia sensível
das Travestidas, como o público reage... Tentei por duas vezes, mas não chegava a tempo
de conseguir comprar o ingresso! Isso mesmo! Casa cheia. Com gente voltando, inclusive
eu. Coisa linda de viver. Mas, no último dia desta temporada, cheguei
mais cedo e consegui comprar o ingresso. Ufa! No entanto, perdi a fila de entrada e
acabei sendo uma das últimas a entrar, mas que lindo ver o cuidado do diretor Silvero
Pereira em que todos estivessem devidamente acomodados de forma de não
perdessem o espetáculo por todos ali desejado.
E começa o espetáculo! No áudio a dor de uma amiga ao perder mais uma
parceira de vida, força e conflitos, de luta. E entra Patrícia Dourson, e logo
estão em cena lindas e todas amarradas de alguma forma, por cintas, meias,
toucas, bundex, sutiãs, todas sendo moldadas. O que 'ajuda' no processo de nos
realocarmos. Antes mesmo de o espetáculo ganhar fôlego já havia no ar gratidão
e emoção. E tudo segue em crescente.
É um ESPETÁCULO de estrelas, todos com talentos muito especiais
divertem-se no palco e certamente se emocionam, isso por que ninguém no palco
está falando de uma realidade que não conheça de alguma forma. Afinal, outros
temas o entediam. :D
De repente a voz de Verônica Valentino (Jomar Carramalhos) ganha os espaço e também minha alma, não bastava ser Verônica, tinha de ser em francês. Quem também está no elenco é Yasmin Shirran (Diego Salvador), com sua dança flutuante e absolutamente expressiva. Aliás, o que não falta no palco é expressão, nem poderia ser diferente, estão no palco ainda Alicia Pietá, que além desse sobrenome doce, talvez tenha sido para mim a primeira aproximação com o universo trans logo que comecei a fazer a fazer teatro. Deydianne Piaf (Denis Lacerda), seu tempo bom demais para comédia e sua budinha arrebitada enchem tudo de graça e ainda Karolaynne Carton e a voz inesquecível de Rodrigo Ferreira, a Mulher Barbada. Tudo somado a seguras interpretações.
De repente a voz de Verônica Valentino (Jomar Carramalhos) ganha os espaço e também minha alma, não bastava ser Verônica, tinha de ser em francês. Quem também está no elenco é Yasmin Shirran (Diego Salvador), com sua dança flutuante e absolutamente expressiva. Aliás, o que não falta no palco é expressão, nem poderia ser diferente, estão no palco ainda Alicia Pietá, que além desse sobrenome doce, talvez tenha sido para mim a primeira aproximação com o universo trans logo que comecei a fazer a fazer teatro. Deydianne Piaf (Denis Lacerda), seu tempo bom demais para comédia e sua budinha arrebitada enchem tudo de graça e ainda Karolaynne Carton e a voz inesquecível de Rodrigo Ferreira, a Mulher Barbada. Tudo somado a seguras interpretações.
Mas, tem também a leveza do movimento, as pernas fortes firmes em
plataformas, que eu não conseguiria me equilibrar, as vozes hibridas, as
histórias, a luz que as ilumina e a que brota do palco. São as purpurinadas,
tratando de assunto sério e de responsabilidade social com a leveza e humor de
quem entendeu que é melhor de perto, no olho no olho e assim essa turma faz
todos aplaudirem de pé e com euforia. Saímos reflexivos, mas sem peso ou culpa,
saímos eufóricos e confusos, saímos...
Eu por minha vez tive de voltar para abraçar os amigos, parabenizar todo
o elenco e agradecer. Na certeza de que na próxima temporada estarei lá outra
vez. :D
Grata de coração por fazerem esse difícil papel de cutucar a sociedade e
fazerem isso de forma tão encantadora e forte.
Para saber mais sobre esse povo que sabe Divar: https://www.facebook.com/AsTravestidas?fref=ts
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