segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Transições musicais!



Domingo, 21 de setembro, uma data naturalmente bonita, Mas, era também o último dia de inverno. E pra completar fui ao Leblon, ouvir Caio Prado. Sempre que vou ao Leblom, me pergunto por que não vou mais. Enfim, a questão é que lá estando, aproveitei para dar uma caminhada pela orla e pelo bairro. Depois seguimos para o Anexo of Music, onde rolava um Jazz e bons encontros. Mas foi na voz de Caio Prado que meu coração encontrou destino, na sua diversão ao fazer exatamente isso de mexer com a alma de gente. As letras imagéticas enchem o espaço de luz, som e imagens. E que som!

Acompanhado por músicos que não consigo encontrar outra palavra além de “phoda” para defini-los. E como se não bastasse cantou com ele, Daniel Chaudon e sua voz que acarinha a alma, Duda Brack e sua deliciosa contradição em forma de música e Diego Moraes, que além de toda sua força cênica, potência vocal, ainda esnoba, sendo o som. Juntos eles são pura emoção.

Tento pensar de forma racional, mas com som bom não se racionaliza, apenas sente, senti. E nesse estado de graça e felicidade pela honra de estar exatamente ali, puxei Diego Moraes que passava e nesse abraço, um filme e tanto amor, honestidade e intensidade. As lágrimas me foram companheiras e libertadoras. Caio Prado vibra poesia e canção.

No espaço tantas pessoas lindas ouvindo e sentindo esse doce som. Aplausos prolongados, transcendência e pura emoção. “Não recomendado” foi de uma beleza suprema, mas assumo que esperei que Daniel e Diego, pegassem os microfones no refrão final. Não rolou. Depois de tantas surpresas Caio ainda finaliza o show com Clube da Esquina. 

Do Leblon ao Juá, um Sarau com vista pro mar e muita música boa, incluindo o “Não recomendado” do jeito que me acostumei a ouvir, com Caio Prado, Daniel Chaudon, Diego Moraes e Taís Feijão. Vivo demais! Além deles Jesuton, Dani Black e tantos outros encantaram a noite. E com boa música começou a primavera!

https://www.youtube.com/watch?v=k8sE3Venorg&feature=youtu.be
 (imagem do show)

Para baixar as músicas de Caio Prado:http://www.amusicoteca.com.br/?p=9122

Links do artevistas:
Papo Caio Prado – Leblom 
http://lugarartevistas.wordpress.com/2014/03/30/lugar-artevistas-leblon-caio-prado-parte-1/        - http://lugarartevistas.wordpress.com/2014/05/12/httpswww-youtube-comwatchvxt1qinymp4s/

Daniel Chaudon – Ipanema 
http://lugarartevistas.wordpress.com/2013/02/

Taís Feijão – Urca
http://lugarartevistas.wordpress.com/2013/04/

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Verônica Decidiu Morrer na Lapa



Não é nenhum folhetim de suicídio, nem de assassinato, aqui usamos o morrer, como renascer e é desse eterno renascimento que logo em breve nascerá para mais gente. Nasceu para mim! 

Sou uma cearense bairrista, o que não é novidade aos que me conhecem minimamente. Mas, quando me deparo com pessonas como as que compõem esta banda tão cheia de energia e honestidade, reafirmo que meu Ceará é celeiro de grandes artistas. Mas, vamos por parte por que esse show na minha humilde opinião é um exemplo da força da arte genuína.
TRANSpire. É isso! Não existe realização sem transpiração e eles/elas transpiraram e transpiram. O inspirado nome da festa nasceu da cabecinha de Henrique Castro, que junto com Deivid Crispim, sonharam e produziram esta festa, que sempre teve a banda Verônica Decide Morrer como protagonista. 
 Considerada uma das principais bandas do cenário autoral cearense, foi a vencedora da 6° Mostra Petrúcio Maia de Música, e só em 2014 já participou de grandes festivais como o Tomarrock (RR), Vem Vai Ter Sorriso (CE) evento beneficente na cidade do Crato, Overmúsica (CE – Juazeiro do Norte), Maloca do Dragão (CE), Teia da Diversidade (RN), Balanço Nordestino (CE) e da Virada Cultura (BH). Com um público fiel e diversificado, a banda ganha espaço na crítica underground e especializada. Com isso nada mais natural que circular. Mas, como? TRANSpirando. E assim no dia 6 de setembro, um dia antes da Independência, Deivid Crispim e Henrique Castro, em parceria com o espaço anexo Louge Bar By Luis, na Lapa, apresentam Verônica Decide Morrer, ao Rio de Janeiro. E que linda apresentação! Logo na porta somos recebidos por “Veroniquinha”, das delicadezas da produção. Uma escada acima e nos deparamos com uma decoração simples e cheia de possibilidades e indicativas. No comando do som Henrique Castro e Jesuíta Barbosa colocaram todos para dançar e por vezes lembrei-me das antigas Patuscadas*, e lógico que todos ganharam a pista. O show se aproximava do inicio e o espaço anexo, já pedia um anexo, havia dificuldade para transitar, e comprar bebida tava complexo, mas todos as dividiam de alguma forma, e havia um revezamento salutar. Eu estava achando tudo maravilhoso, e curtindo todas as combinações, do som, espaço, tempo. O publico estava lindo e havia uma deliciosa energia cearense e uma dança mais circular.
 O show começa! Todos gritam e dançam. Eu fico um pouco anestesiada com a força de cada um. Verônica Valentino é uma performer linda, sexy e de uma macheza deliciosa. Um artista que vive os contrastes com respeito e arte, talvez por isso, figura central das aventuras descritas nas músicas de Jonas Sampaio, com quem divide o palco e a vida. Um garoto com enorme energia e presença cênica e  Léo Breedlove um músico concentrado e sua pegada Punk-New Wave, nas guitarras. Somam-se a eles Marcuss Au Coelho, e todo seu charme e na batera a doce e competente Vladya Mendes. Juntos, expressão suas inquietações, desejos e protestos, a partir do ponto de vista da diversidade sexual e cultural das relações que vivenciam com os espaços.
Não conseguiria TRANScrever as emoções, por que eu as sentia tão intensamente, que não as racionalizei, por auto posso dizer que assistir ao show dessa banda de nome tão interessante, é se possibilitar quebrar o tempo-espaço e viajar para um outro momento, cheio de outras energias. São muitas imagens e o pouco espaço condensava a energia. Cada olhar é um mirante e cada movimento por menor que fosse (e não eram) foram gigantes. Com uma sonoridade New Wave, e músicas com mensagens diretas, Verônica Decide Morrer fez o público TRANSpirar. Lembro-me de observar as pessoas e elas estavam demasiadamente entregues a toda aquela atmosfera de sons, imagens e vivencias. Eu, filha dos anos 80, me senti em casa e por qualquer razão lembrei-me de Bob Dylan. Hihihihi...
Por falar em público, o espetáculo contou com a doce presença do Deputado Jean Wyllys, que TRANSpira por respeito e justiça.
A festa foi linda e cheia de energia, por ser resultado da parceria entre amigos que acreditam no dialogo e na arte como caminho para transformação, por isso TRANSpiremos, sempre.  Dando sequencia, dia 12 de setembro, o show será na Áudio Rebel (Rua Visconde de Silva, 55, Botafogo - Rio de Janeiro – Brasil).







quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Eu trocaria minha primavera por mais de vocês!

A primeira vez que os vi, já me encantei e isso já faz um tempo. O tom, as formas, as vozes e a honestidade. Sempre gostei do teatro franco, afinal por ser teatro já se faz mágico. E que prazer vê-los quantas vezes a vida propuser, e me encantar mais uma vez, e sempre chorar sentindo na alma novas emoções. Comparo a Cia. Do Tijolo ao Pequeno Príncipe, sempre que os assisto/leio me surpreendo com novas possibilidades de sentir. É assim!
E em agosto, um mês tido como não bom, pude me encantar por três finais de semanas seguidos, com essa companhia, no Sesc Ginástico (RJ). Fazendo do fadado mês, pura inspiração. Para começar, Cante Lá, que eu Canto Cá. E eu do Ceará, não tive como não me encantar, nem tão pouco me contive a rimar. Tanta magia há. Dinho Lima Flor, Rodrigo Mercadante, Márcia Fernandes, Fabiana Barbosa, Aloísio Oliver, Marcos Coin, falam de Patativa, de sertão, de poesia... Cantam cá e eu me sinto lá.

Uma semana de expectativa e chegou o dia da Toada e para minha surpresa, foram duas. Quem já assistiu não esquece jamais, Toada para João e Maria, Lilian de Lima, Rodrigo Mercadante, William Guedes, Aloísio Oliver e sua sanfona, Rafael Mota, Em Cartaz na produção, Sesc na técnica e estrutura, nós todos todos como público, só faltou Chico na plateia, pois nas músicas e no coração ele transbordava. Fico sempre muito grata quando assisto esse espetáculo, mas nunca como fiquei e senti quando o vi no Sesc Iracema (Fortaleza), na festa Cabaré. Salve Chico Buarque de Holanda, Cia do Tijolo e essas tantas toadas.

Vê-los em cena já me satisfaria, mas além de tudo poder trocar de perto, sentir essas tantas emoções, conversar sobre o por vir e já preparar o coração para novas emoções, fez com que a semana passasse mais rápido para que enfim pudesse me entregar as Safadezas do Samba, que são tantas e tão gostosas. E admito um prazer especial, pois esse ao contrario dos demais, eu só havia assistido uma única vez, no comecinho do processo e que gostosura reencontrá-lo. Bem como, perceber cada vez mais o desejo da troca, da soma, da proximidade.


Sempre muito grata e inspirada depois de uma dose de vocês, de mundo, de amor.

Corpos Velhos: Para que servem?

Por Roberta Bonfim Tudo que se vive é parte do que somos e do que temos a comunicar, nossos corpos guardam todas as memórias vividas, muit...