quarta-feira, 26 de agosto de 2009

... que paro e penso!


Hoje ohei por um angulo pro quadro do meu querto que quase não o reconheci, percebi uma outra beleza, além das tantas que eu já havia encontrado tempos atrás quando o pús na parede e agora olhando-o pergunto-me se durante esse meio tempo eu não tinha percebido aquele detalhe que fazia toda a diferença na obra de arte. Mas foi ain que percebi que depois que o pendurei ali, nunca mais o olhei, a não ser com os olhos de orgulho por tê-lo tão belo e meu e nessa minha certeza parei de olhá-lo, ou melhor de vê-lo. E agora mais feliz, observo em silêncio e como há muito eu não fazia: Eu tenho pensamentos tão meus, que paro e penso.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

... que sigo em frente!


Sabe aqueles sentimentos que te impulsionam para frente, mesmo quando teu corpo quer parar? Ou ainda aquele pensamento que te faz parar, mesmo quando voe sabe com absoluta certeza que o melhor é seguir? São ambos meus amigos próximos, que convivem comigo todos os dias. Quantas vezes quis fazer algo, construir alguma coisa, escrever, ler, viver e mesmo sabendo que era preciso continuar e fazer valer, não tinha forças psíquicas para seguir, ao contrário voltava ao estado de repouso e comodismo. Parece cruel quando escrevo, mas é ainda pior quando se percebe sendo, fazendo, deixando de viver o que deveria ser vivido. E quando falo isso, nem falo das obrigações sociais, falo das necessidades do ser ainda humano que sou. E quando meu corpo padece, implora repouso e eu simplesmente não consigo desacelerar, privando-o do descanso merecido. Banho, meditação, chazinho e bons pensamentos... Nada parece funcionar então me deixo levar pela situação.
Busco meu equilíbrio, o controle em busca da simetria dos meus sentimentos, busco o meio termo dos meus sentimentos e essa busca rotou-se uma estrada comprida, onde seu percurso eu trilho absolutamente sozinha, com meus anseios, dúvidas, medos. Se tenho minhas dúvidas por ser humana, demasiada humana, quem não é? Quem não se questiona sobre si, o universo em que vive. O que faz de um terapeuta um conhecedor da mente humana? Ele pensa mais que os demais, seu cérebro é diferente? Pois por mais que saibamos teoricamente o como proceder, estamos todos absolutamente vulneráveis ao momento, sentimentos, sensações, pessoas, somos vulneráveis a nós mesmos. Quem de fato se conhece?
Eu mudo de gosto, de idéia e de opinião de acordo com o que aprendo, vivo e vejo. Mas quem me ensinou a ser assim? O que nos difere tanto? E o que nos faz tão iguais? Estamos cada um com pensamentos tão nossos, que não sabemos o que pensamos uns aos outros. Será que todos de fato são assim, ou serei eu com meus pensamentos tão meus que sigo em frente, sem saber se alguém trila comigo os mesmos caminhos e porque os que aqui estão, os são.



quinta-feira, 20 de agosto de 2009

...que me apresento!

Sou o resultado da vida que vivi com as histórias que ouvi das pessoas que conheci e mais ainda das pessoas que de fato me conheceram. Sou o resultado do que vi, admirei, repulsei, quis pra mim e também o do que dispensei. Ainda não sei o que quero pra mim, pro amanhã, não por não querer nada, mas por querer muitas e muito, mas hoje já consigo dizer com segurança o que não quero comigo, em mim, nem na minha vida. Já andei um bucado e no caminhar pensei demais e tanto que chequei a pensar ser loucura o caminhar que eu caminho, pensei ser pecado mudar o trajeto, o destino, mas eu como conseguiria eu viver sem mudanças. Mudo tanto que o mudar tornou-se rotina e talvez a grande mudança seja ficar. No caminho já ri tanto e vivi mais que muita gente, mas por muitas vezes pra ser diferente, abri mão das funções básicas do seguir padrões o que por vezes me atrapalha, pois me sinto um tanto deslocada, querendo falar do que ninguém ali conhece e não entendendo uma porção de coisas que todos parecem muito seguros. Tenho uma mania boba de “acordar” e pensar mil coisas ao mesmo tempo, ainda de olhos fechados, como se não me fosse permitido o luxo de acordar acomodada, ao contrário é preciso correr e nesse momento em que me sinto pressionada e acho que não vou segurar, deito e deixo pra lá. Sou seriamente engraçada, crio teorias sobre os dedos e teses absolutamente fundamentadas no que escuto sobre o existir, o louco é por que adoro ouvir as coisas, principalmente quando pensam que eu não estou ouvindo, observo o que me chama atenção e nem percebo o que me é indiferente. Tenho pânico de barata e uma estranha e surpreendente atenção para com as crianças. Ganho tempo olhando a lua e escrevendo sentimentos, quem sabe um dia tudo que escrevi e escrevo vire um livro, ou um folhetim. Sou assim sonhadora racional, com estilo pessoal e movimento natural. Sou um pouco do que escrevo, ou o que escrevo é um pouco de mim, talvez ainda seja o desejo do que eu gostaria de ser, mas não sou, ou ainda é o que sou de fato e nem tenho certeza sobre isso. Sou apenas pensamentos tão meus que se tornam ações, palavras, sentimentos, emoções, descobertas... Pensamentos tão meus que me apresento.

Celebrando Festivais Teatrais

Por Roberta Bonfim Querido Festival de Teatro de Fortaleza conheci tantas maravilhas ao viver-te. Lembro que foi em uma de suas edições que...