sexta-feira, 21 de agosto de 2009

... que sigo em frente!


Sabe aqueles sentimentos que te impulsionam para frente, mesmo quando teu corpo quer parar? Ou ainda aquele pensamento que te faz parar, mesmo quando voe sabe com absoluta certeza que o melhor é seguir? São ambos meus amigos próximos, que convivem comigo todos os dias. Quantas vezes quis fazer algo, construir alguma coisa, escrever, ler, viver e mesmo sabendo que era preciso continuar e fazer valer, não tinha forças psíquicas para seguir, ao contrário voltava ao estado de repouso e comodismo. Parece cruel quando escrevo, mas é ainda pior quando se percebe sendo, fazendo, deixando de viver o que deveria ser vivido. E quando falo isso, nem falo das obrigações sociais, falo das necessidades do ser ainda humano que sou. E quando meu corpo padece, implora repouso e eu simplesmente não consigo desacelerar, privando-o do descanso merecido. Banho, meditação, chazinho e bons pensamentos... Nada parece funcionar então me deixo levar pela situação.
Busco meu equilíbrio, o controle em busca da simetria dos meus sentimentos, busco o meio termo dos meus sentimentos e essa busca rotou-se uma estrada comprida, onde seu percurso eu trilho absolutamente sozinha, com meus anseios, dúvidas, medos. Se tenho minhas dúvidas por ser humana, demasiada humana, quem não é? Quem não se questiona sobre si, o universo em que vive. O que faz de um terapeuta um conhecedor da mente humana? Ele pensa mais que os demais, seu cérebro é diferente? Pois por mais que saibamos teoricamente o como proceder, estamos todos absolutamente vulneráveis ao momento, sentimentos, sensações, pessoas, somos vulneráveis a nós mesmos. Quem de fato se conhece?
Eu mudo de gosto, de idéia e de opinião de acordo com o que aprendo, vivo e vejo. Mas quem me ensinou a ser assim? O que nos difere tanto? E o que nos faz tão iguais? Estamos cada um com pensamentos tão nossos, que não sabemos o que pensamos uns aos outros. Será que todos de fato são assim, ou serei eu com meus pensamentos tão meus que sigo em frente, sem saber se alguém trila comigo os mesmos caminhos e porque os que aqui estão, os são.



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