terça-feira, 14 de maio de 2013

Somos Tão Jovens


Sabe quando se assiste a um filme caseiro, aquele ainda em VHS, que estava guardado na última gaveta do armário antigo? E daí você se emociona, revive e chora por que um saudosismo te bate à porta. Assim, me senti ao assistir “Somos Tão Jovens”, ao reencontrar Renato Russo que viveu comigo, mesmo sem nunca ter se quer ido a um show dele (não por falta de vontade). Renato esteve presente nos melhores momentos do difícil ato de crescer refletindo sobre o universo ao redor, foram em suas músicas e palavras que por vezes encontrei aquela resposta.

E você se pergunta, por que estou compartilhando isso? Por que certamente com você não foi ou será diferente, mesmo que tenha nascido nos anos 90 e não tenha assistido o Legião Urbana no programa do “Chacrinha”, mesmo que não tenha visto suas fotos nos jornais, com anúncios de shows. É que Renato dialoga com a humanidade e suas músicas são atemporais. E Thiago Mendonça que o interpreta no longa-metragem de Antônio Carlos Fontoura, é quase a reencarnação de Renato, tamanha as semelhanças, principalmente quando canta. Quem também emociona é a atriz Laila Zaid que interpreta Ana a melhor amiga desse Renato adolescente que nos é apresentado interagindo com Brasília, com a juventude, com sua depressão, bebedeiras, amigos e integrantes das bandas Aborto Elétrico e Legião Urbana, com sua homossexualidade, medos e conquistas.
“Somos tão Jovens” é um filme musical, que mostra também o inicio de bandas como, Capital Inicial e Paralamas do Sucesso e como eles puderam se ajudar em suas formações.  As imagens bem parecem as da VHS e emocionam também por isso. Não é um filme de Oscar, mas certamente é um filme para todos, pois Renato escreveu para todos e afinal, quem poderá dizer que não existe razão para as coisas feitas pelo coração?

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