Não é nenhum
folhetim de suicídio, nem de assassinato, aqui usamos o morrer, como renascer e
é desse eterno renascimento que logo em breve nascerá para mais gente. Nasceu
para mim!
Sou uma cearense bairrista, o que não é novidade aos
que me conhecem minimamente. Mas, quando me deparo com pessonas como as que
compõem esta banda tão cheia de energia e honestidade, reafirmo que meu Ceará é celeiro de grandes artistas. Mas, vamos por parte por que esse show na minha
humilde opinião é um exemplo da força da arte genuína.
TRANSpire. É isso! Não existe realização sem
transpiração e eles/elas transpiraram e transpiram. O inspirado nome da festa
nasceu da cabecinha de Henrique Castro, que junto com Deivid Crispim, sonharam
e produziram esta festa, que sempre teve a banda Verônica Decide Morrer como
protagonista.
Considerada uma das principais bandas do cenário
autoral cearense, foi a vencedora da 6° Mostra Petrúcio Maia de Música, e só
em 2014 já participou de grandes festivais como o Tomarrock (RR), Vem Vai Ter
Sorriso (CE) evento beneficente na cidade do Crato, Overmúsica (CE – Juazeiro
do Norte), Maloca do Dragão (CE), Teia da Diversidade (RN), Balanço Nordestino
(CE) e da Virada Cultura (BH). Com um público fiel e diversificado, a banda
ganha espaço na crítica underground e especializada. Com isso nada mais natural
que circular. Mas, como? TRANSpirando. E assim no dia 6 de setembro, um dia
antes da Independência, Deivid Crispim e Henrique Castro, em parceria com o
espaço anexo Louge Bar By Luis, na Lapa, apresentam Verônica
Decide Morrer, ao Rio de Janeiro. E que linda apresentação! Logo na porta somos
recebidos por “Veroniquinha”, das delicadezas da produção. Uma escada acima e
nos deparamos com uma decoração simples e cheia de possibilidades e
indicativas. No comando do som Henrique Castro e Jesuíta Barbosa colocaram
todos para dançar e por vezes lembrei-me das antigas Patuscadas*, e lógico que
todos ganharam a pista. O show se aproximava do inicio e o espaço anexo, já pedia
um anexo, havia dificuldade para transitar, e comprar bebida tava complexo, mas
todos as dividiam de alguma forma, e havia um revezamento salutar. Eu estava
achando tudo maravilhoso, e curtindo todas as combinações, do som, espaço,
tempo. O publico estava lindo e havia uma deliciosa energia cearense e uma dança
mais circular.
O show começa! Todos gritam e dançam. Eu fico um pouco
anestesiada com a força de cada um. Verônica Valentino é uma performer linda,
sexy e de uma macheza deliciosa. Um artista que vive os contrastes com respeito
e arte, talvez por isso, figura
central das aventuras descritas nas músicas de Jonas Sampaio, com quem divide o palco e a vida. Um
garoto com enorme energia e presença cênica e Léo Breedlove um músico concentrado e sua pegada Punk-New Wave, nas
guitarras. Somam-se a eles Marcuss Au Coelho, e todo seu charme e na batera a
doce e competente Vladya Mendes. Juntos,
expressão suas inquietações, desejos e protestos, a partir do ponto de vista da
diversidade sexual e cultural das relações que vivenciam com os espaços.
Não conseguiria TRANScrever as emoções, por que eu
as sentia tão intensamente, que não as racionalizei, por auto posso dizer que
assistir ao show dessa banda de nome tão interessante, é se possibilitar quebrar
o tempo-espaço e viajar para um outro momento, cheio de outras energias. São
muitas imagens e o pouco espaço condensava a energia. Cada olhar é um mirante e
cada movimento por menor que fosse (e não eram) foram gigantes. Com uma sonoridade New Wave, e músicas com
mensagens diretas, Verônica Decide Morrer fez o público TRANSpirar. Lembro-me
de observar as pessoas e elas estavam demasiadamente entregues a toda aquela
atmosfera de sons, imagens e vivencias. Eu, filha dos anos 80, me senti em casa
e por qualquer razão lembrei-me de Bob Dylan. Hihihihi...
Por falar em público, o espetáculo contou com a doce
presença do Deputado Jean Wyllys, que TRANSpira por respeito e justiça.
A festa foi linda e cheia de energia, por ser resultado da parceria entre amigos que
acreditam no dialogo e na arte como caminho para transformação, por isso
TRANSpiremos, sempre. Dando
sequencia, dia 12 de setembro, o show será na Áudio Rebel (Rua Visconde de Silva, 55, Botafogo - Rio de Janeiro – Brasil).
Quer
saber mais sobre a banda? https://www.facebook.com/pages/Banda-Ver%C3%B3nica-Decide-Morrer/211417132210357?fref=ts
Bela banda e belo post! Só não entendi o Bob Dylan. rs Sucesso à banda e ao blog. ;)
ResponderExcluirhihihihihihi...
ExcluirTambém nem entendo, só sinto, penso, acho. hihihihihi...
Grata. Abs