quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Eu trocaria minha primavera por mais de vocês!

A primeira vez que os vi, já me encantei e isso já faz um tempo. O tom, as formas, as vozes e a honestidade. Sempre gostei do teatro franco, afinal por ser teatro já se faz mágico. E que prazer vê-los quantas vezes a vida propuser, e me encantar mais uma vez, e sempre chorar sentindo na alma novas emoções. Comparo a Cia. Do Tijolo ao Pequeno Príncipe, sempre que os assisto/leio me surpreendo com novas possibilidades de sentir. É assim!
E em agosto, um mês tido como não bom, pude me encantar por três finais de semanas seguidos, com essa companhia, no Sesc Ginástico (RJ). Fazendo do fadado mês, pura inspiração. Para começar, Cante Lá, que eu Canto Cá. E eu do Ceará, não tive como não me encantar, nem tão pouco me contive a rimar. Tanta magia há. Dinho Lima Flor, Rodrigo Mercadante, Márcia Fernandes, Fabiana Barbosa, Aloísio Oliver, Marcos Coin, falam de Patativa, de sertão, de poesia... Cantam cá e eu me sinto lá.

Uma semana de expectativa e chegou o dia da Toada e para minha surpresa, foram duas. Quem já assistiu não esquece jamais, Toada para João e Maria, Lilian de Lima, Rodrigo Mercadante, William Guedes, Aloísio Oliver e sua sanfona, Rafael Mota, Em Cartaz na produção, Sesc na técnica e estrutura, nós todos todos como público, só faltou Chico na plateia, pois nas músicas e no coração ele transbordava. Fico sempre muito grata quando assisto esse espetáculo, mas nunca como fiquei e senti quando o vi no Sesc Iracema (Fortaleza), na festa Cabaré. Salve Chico Buarque de Holanda, Cia do Tijolo e essas tantas toadas.

Vê-los em cena já me satisfaria, mas além de tudo poder trocar de perto, sentir essas tantas emoções, conversar sobre o por vir e já preparar o coração para novas emoções, fez com que a semana passasse mais rápido para que enfim pudesse me entregar as Safadezas do Samba, que são tantas e tão gostosas. E admito um prazer especial, pois esse ao contrario dos demais, eu só havia assistido uma única vez, no comecinho do processo e que gostosura reencontrá-lo. Bem como, perceber cada vez mais o desejo da troca, da soma, da proximidade.


Sempre muito grata e inspirada depois de uma dose de vocês, de mundo, de amor.

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