Nesses
últimos dias recebi visita de casa e com isso assumi minha função de guia
turística e claro que uma das paradas obrigatórias foi um teatro. Um espetáculo
que não fosse chato, nem de difícil compreensão. Sou muito as favor do
experimental, mas é preciso aceitar que o experimental é para quem experimenta
das mesmas experiências. A questão é que fomos assistir ao espetáculo “Doidas e
Santas”, vulgo, “O espetáculo da Cissa”.
Optamos
por comprar o ingresso ainda à tarde, para que não corrêssemos o risco de ficar
sem essa programação e lá fomos ao Teatro Vanucci, compramos quatro ingressos e
quando estávamos saindo escutamos um nada delicado e com forte sotaque. – “Não
cheguem depois das 21:30h que as portas fecham e não entra ninguém!” Eu,
imediatamente pensei: - “ Não é o que , é o como.”
De
noite: Entramos no Shopping Gávea e a fila para entrar no Teatro Vanucci já
existia, chegamos ao seu final e logo entramos. Eu que nunca havia ido aquele
teatro bem gostei do espaço, mesmo tendo sido negativamente surpreendida com
uma vendinha de balas, pipocas e afins logo na entrada. Tudo isso pode até ter sido
organificado no cinema, mas no teatro... Por favor!
Já
sentados todos conversavam, mais parecia uma feira. E descuidados comuns em
produções ditas amadoras, se repetem no que temos por profissional. Uma
representante do Retiro dos Artistas, falou um pouco sobre a casa, achei
salutar a informação, e acredito que entes de todas as apresentações ou melhor,
nos agradecimentos deveria ser levado a publico essa realidade
Toca
o delicioso terceiro sinal e inicia o espetáculo. Ali a nossa frente apesar da
boa interpretação eu não conseguia deixar de ver a garota que quebra o corpo
mais não arrebenta a sapucaia, mas fui do riso à fortes reflexões várias vezes
e com tamanha facilidade que penso ser interessante a todos que experimentam assistir
mais espetáculos simples que usam uma formula antiga de falar sobre o
cotidiano.
Com
um cenário interessante que se reconfigura, uma luz que ambienta bem e uma
trilha sonora envolvente mais um texto de Martha Medeiros conquista os teatros
brasileiros. O primeiro a ganhar cena, foi Divã, tendo como protagonista a
talentosa Lilian Cabral, esse eu só pude assistir no cinema.
Com
um elenco gostoso de se ver, vemos também Cissa Guimarães, no limiar, e de
alguma forma isso provoca algo forte do qual não saberia dar nome. Talvez o
ponto fraco seja a direção de Ernesto Piccolo que deixa o entremeio um tanto
cansativo, talvez pela repetição e entradas e saídas. Mais como um todo sai
feliz do espetáculo e penso que essa também seja a missão do teatro comuinicar,
provocar e divertir, afinal, a vida já nos é muito cruel.
O
elenco se diverte em cena e isso nos diverte ao assistir, Cissa em seu
delicioso limitar leva dignamente sua personagem, Giuseppe Oristanio cai como
luva como o marido. Mais é Josie Antello, que se divide entre a mãe, a filha e
a irmã, e beirando ao caricato que
provoca riso e dá leveza quando se fala de algo tão delicado como as possíveis realidades.
É assim: quem estiver afim de uma comédia bacana "Doidas e Santas" é garantia de bom divertimento. Leve!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Some: