Ir ao Teatro Dulcina, no geral é
certeza de alegria, e não foi diferente com o espetáculo, Lima Barreto, ao
terceiro dia. Logo de entrada o encanto com o cenário, que certamente não é o
mais fácil para transportar, mas enche de poesia o palco. Assim, quando o
espetáculo começa de fato, ao publico mais atento ele já havia começado antes
mesmo do terceiro sinal. E ganha a cena o som da rabeca. E daí pra frente, fica
difícil até respirar fora do tempo do espetáculo, dirigido por Luiz Antonio
Pilar, com texto de Luiz Alberto de Abreu.
Com um elenco sensível o
espetáculo acontece de forma uniforme, apesar das três possibilidades
apresentadas deste mesmo homem, Lima Barreto. O texto conta e estimula reflexão
sobre um país chamado Brasil, seu povo pátrio e sua sociedade deslumbrada com o
do outro, Paris, talvez. Assim, somos reapresentados a Lima Barreto, escritor,
negro, pobre, apreciador de uma boa cachaça, visionário como Policarpo, fiel
como Adelaide, humano como seus personagens, que o alimentam e perturbam em seus
momentos de descompasso, “coisa de
escritor”.
Eu não teria palavras para
descrever o cenário, que nos deixa de frente com um Rio de Janeiro de livros e
luz. E a iluminação de tão afinada, quase não é vista em ação. Os figurinos
ajudam na composição da cena, e os sons, ambientam com a ajuda dos tons de
sépia. Por vezes senti vontade de fotografar, mas de verdade quis muito saber
pintar.
E além disso tudo, ainda se propõe a fazer graça, e faz.
E além disso tudo, ainda se propõe a fazer graça, e faz.
Não conseguiria falar muito mais,
pois apreciei o todo. O espetáculo fica em cartaz no Teatro Dulcina até 30 de
junho, de sexta a domingo, as 19 horas. Vale demais conferir, para sentir!
Não fiz imagens do espetáculo, nem achei vídeo. Mas na procura achei esse, Espero que curtam.
Não fiz imagens do espetáculo, nem achei vídeo. Mas na procura achei esse, Espero que curtam.
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