domingo, 9 de junho de 2013

Lima Barreto, Ao terceiro dia.

Ir ao Teatro Dulcina, no geral é certeza de alegria, e não foi diferente com o espetáculo, Lima Barreto, ao terceiro dia. Logo de entrada o encanto com o cenário, que certamente não é o mais fácil para transportar, mas enche de poesia o palco. Assim, quando o espetáculo começa de fato, ao publico mais atento ele já havia começado antes mesmo do terceiro sinal. E ganha a cena o som da rabeca. E daí pra frente, fica difícil até respirar fora do tempo do espetáculo, dirigido por Luiz Antonio Pilar, com texto de Luiz Alberto de Abreu.

Com um elenco sensível o espetáculo acontece de forma uniforme, apesar das três possibilidades apresentadas deste mesmo homem, Lima Barreto. O texto conta e estimula reflexão sobre um país chamado Brasil, seu povo pátrio e sua sociedade deslumbrada com o do outro, Paris, talvez. Assim, somos reapresentados a Lima Barreto, escritor, negro, pobre, apreciador de uma boa cachaça, visionário como Policarpo, fiel como Adelaide, humano como seus personagens, que o alimentam e perturbam em seus momentos de descompasso,  “coisa de escritor”.
Eu não teria palavras para descrever o cenário, que nos deixa de frente com um Rio de Janeiro de livros e luz. E a iluminação de tão afinada, quase não é vista em ação. Os figurinos ajudam na composição da cena, e os sons, ambientam com a ajuda dos tons de sépia. Por vezes senti vontade de fotografar, mas de verdade quis muito saber pintar.

E além disso tudo, ainda se propõe a fazer graça, e faz.

Não conseguiria falar muito mais, pois apreciei o todo. O espetáculo fica em cartaz no Teatro Dulcina até 30 de junho, de sexta a domingo, as 19 horas. Vale demais conferir, para sentir! 

Não fiz imagens do espetáculo, nem achei vídeo. Mas na procura achei esse, Espero que curtam.

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