segunda-feira, 11 de agosto de 2014

Dalí – Salvador


O nome invertido, é por que é assim que o vejo, leio-o, admiro-me, e sinto.  Dalí me salva da realidade, da loucura, da ambição, de alguns medos. Mesmo com toda sua solidão. Cruel sina a de ser artista, caminho de solidão esgoelada na alma e esse vazio tão cheio de vida, imagens, sons, cheiros, movimentos, possibilidades, a arte nos supre e nos absorve, mas é tão sutil que deixa o artista em completa solidão compartilhada. Deve ser difícil ser artista e me dói pensar em tanta solidão que também é minha.


São muitos Dalí(s), tanto quantos foram Fernando(s) e todos contam alguma história, que por mais surreal que seja representa, comunica. Nada em sua obra é silencioso, aos mais atentos a exposição pode mesmo ser uma fabulosa aula de história da arte, e do Surrealismo, já que o próprio Dali dizia; “O Surrealismo sou eu!”. Eu penso sermos nós.

O fato é que a exposição Salvador Dalí fica no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil – RJ), até 22 de setembro e quem ainda não foi ver, precisa. Por ser Dalí, por ter história, por ser belo e estimulante, mas especialmente pelos símbolos. Afinal, quando nos pegamos de frente à uma obra de Salvador Dalí, invariavelmente nos deparamos com imagens que instigam nosso olhar. São muitos os elementos presentes na obra do artista, desde os conhecidos relógios derretidos, formigas, leões, ovos*, borboletas, chaves, tudo buscando desafiar ou abrir focos perceptivos na nossa racionalidade estática.

A exposição é o que posso chamar de imperdível e no foyer ainda tem espaço para se fotografar em meio ao surrealismo de Dalí, provocando a interatividade. Vale muito conferir de perto e se permitir.

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