Era sexta feira, como
será o dia de amanhã. Era sexta, e assim sendo é bom sair por ai, conhecer
novos sons na “cidade da beleza e do caos”. E foi isso que fiz. Na sexta
passada, segui tendo como destino o Semente Bar, uma casa que desde que cheguei
por aqui ouço falar, ela não era bem onde está, mas só vim conhecê-la quando já
estava. Conheci a casa no show do músico ancestral, Glaucus Linx e repeti a
dose, ao som e energia de Umbonde Banda e ali, naquela sexta mágica, conheci
Andrea Dutra e o DJ,
jornalista e pesquisador musical Zé Octavio. Somavam-se a eles Marcus Kenyatta,
e sua guitarra, Marcelo Castro, que vem láaaaaa de Juiz de Fora, pra apresentar
seu baixo e Gelsinho Moraes fazendo o swing na batera. Juntos eles fazem o que
só consigo denominar como “O Som”. A noite foi o que se propõe; um Museu da
música Black, daqui, e de lá.
Andrea é dona de uma presença de palco e de uma voz de “Meu
Deus!”. Assisti atentamente todo o show. Sentada! O que foi uma lastima, já que
a vontade era saracutiar pelos espaços, deixando o corpo seguir o som. Mas,
como grande parte dos lugares que tenho ido o público é escasso, e é preciso
admitir que com tantas opções e pouca grana e bom gosto, além da força da indústria
cultural (sempre presente). Enfim. O fato é que éramos poucos ouvindo som tão
bom. E eu me perguntava; como seria isso para os artistas que ali nos
presenteavam com música? Mas, logo a indagação se foi ao perceber o prazer em
produzir a arte, ali estavam todos em casa e acabaram fazendo com que eu também
me sentisse assim.
Mas, vamos às músicas. De Cassiano, a Tim Maia passando por Gerson
king Combo, Macau, Claudio Zoli, e outros, além de trazer composições próprias
e presentes ganhos, Andrea ainda recebe convidados e faz a festa acontecer.
Algumas músicas, eu mesma nunca tinha ouvido, mas gostei tanto que logo já
cantava com intimidade de quem cantará aquilo toda a vida. Uma música em
especial me chamou absoluta atenção e nem mesmo sei seu nome. Mas foi O eterno Deus
Mu dança, de Gil que me fez marejar os olhos simplesmente e sentir. Ao final,
bons papos, e música sem igual, escolhidas cuidadosamente por Zé Octavio.
Amanhã tem mais!
Serviço:
Quando? Nas sextas de outubro, sempre as 22 horas.
Quando? Nas sextas de outubro, sempre as 22 horas.
Quanto? R$ 30 contos – Mas rola lista amiga! Envie e-mail para: kennia.producao@gmail.com
Onde? Bar Semente - Rua Evaristo da Veiga, 149 – Lapa – RJ
https://www.facebook.com/events/367178543439491/?ref=22
Quanto a mim ouvi muita Andrea Dutra durante a semana. E só posso agradecê-la. Massa demais!
Andrea Dutra, nos anos 90, iniciou uma pesquisa sobre a black music carioca, que
aconteceu na cidade nos anos 60/70, durante o fenômeno musical e cultural que
se chamou Black Rio. Andrea entrevistou personagens do movimento e pesquisou em
um dos maiores acervos de música black brasileira, do jornalista e DJ Zé
Octavio. Dessa pesquisa surgiu o show intitulado Black Museu Brasileiro.
Depois de quinze anos, a cantora decidiu remontar o show Black Museu Brasileiro.
Andrea Dutra foi vocalista de Tim Maia, cantou com a Banda Black Rio, abriu shows de Sandra de Sá e recebeu, no palco do Black Museu, as presenças de Gerson King Combo, Claudio Zoli, Serjão Lorosa, Seu Jorge e a canja de vários instrumentistas.
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Querida,
ResponderExcluirpra começar, agradeço: em 26 anos de carreira, raras vezes tive a visita de um jornalista que tenha escrito sobre sua experiência num show meu.
A melhor coisa que existe é quando a pessoa entende o que eu canto, como eu canto e como se dá esse estranhíssimo processo de, um dia, decidir subir no palco pra fazer coisas íntimas na frente de todo mundo e ser feliz tão somente com isso!
Adorei sua percepção, agradeço pelo espaço e tempo e como diz a canção "Pra suingar": vem dançar comigo! Ficou devendo, né?
Volte sempre! beijos gratos
:D
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