Passei
algum tempo ouvindo várias pessoas falando a respeito do filme, mas eu andava
meio sem paciência com esses filmes “americanos” por demais. Já tinha mesmo
esquecido dele, quando o encontrei entre uma lista de filmes para assistir e
daí, assisti.
De modo geral é mais um filme de superação que tenta, sem sucesso
recuperar a aura por trás de Obama, trazendo o lúdico de ter sido eleito um
presidente negro, em um país tão cheio de preconceitos. O filme, tenta nos
fazer crer que esse momento foi um marco absoluto na luta contra o racismo no
país. E foi , mas não dentro de tanto romance. Não sou uma conhecedora da
história norte americana e seus presidentes mas, glorificar Dwight Eisenhower
(Robin Willians) e John F. Kennedy (James Mardsen), enquanto a Lyndon Johnson
(Liev Schreiber) cabe uma cena no vaso sanitário, tempo que fazem de Richard
Nixon (John Cusack) um vilão chinfrim.
Como disse não sou conhecedora e nem defensora dos padrões norte
americanos, e para além disso, gosto do filme, ele me a leva refletir sobre
vivencias, indiferente de cor, credo, presidência. Cenas como a violência
cometida contra negros dentro de uma lanchonete ou o incêndio cometido pela
Ku-Klux-Klan no Alabama, apesar de alguns cortes abruptos, são muito chocantes,
chocantes e reflexivas. Mas, é Cecil Gaines (Forest Whitaker) o grande astro
dessa história, livremente inspirada da trajetória real de Cecil, desde quando
saiu de uma opressora fazenda de algodão no sul dos EUA até chegar à Casa
Branca trabalhando como mordomo durante as décadas de 1950 a 1980. Nesse
período, ele presencia decisões importantes para a melhoria da situação dos
negros no país. Enquanto isso, o protagonista terá que enfrentar uma crise
familiar quando vê o filho mais velho optar pelo combate ostensivo ao
preconceito racial, enquanto o mais moço vai para guerra. A fiel parceira de Cecil,
sua esposa, interpretada por Oprah Winfreyfaz, é quem segura às pontas em casa,
enquanto o marido trabalha, mas tem problema com bebida.
O longa utiliza todo o contexto histórico americano para passar a
mensagem do quão importante é a presença daquele homem na Casa Branca. E seria
uma boa ficção se não tentasse parecer real, especialmente no final, com processo de eleição e candidatura de Obana.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Some: