segunda-feira, 17 de março de 2014

O Mordomo da Casa Branca

Passei algum tempo ouvindo várias pessoas falando a respeito do filme, mas eu andava meio sem paciência com esses filmes “americanos” por demais. Já tinha mesmo esquecido dele, quando o encontrei entre uma lista de filmes para assistir e daí, assisti.

De modo geral é mais um filme de superação que tenta, sem sucesso recuperar a aura por trás de Obama, trazendo o lúdico de ter sido eleito um presidente negro, em um país tão cheio de preconceitos. O filme, tenta nos fazer crer que esse momento foi um marco absoluto na luta contra o racismo no país. E foi , mas não dentro de tanto romance. Não sou uma conhecedora da história norte americana e seus presidentes mas, glorificar Dwight Eisenhower (Robin Willians) e John F. Kennedy (James Mardsen), enquanto a Lyndon Johnson (Liev Schreiber) cabe uma cena no vaso sanitário, tempo que fazem de Richard Nixon (John Cusack) um vilão chinfrim.

Como disse não sou conhecedora e nem defensora dos padrões norte americanos, e para além disso, gosto do filme, ele me a leva refletir sobre vivencias, indiferente de cor, credo, presidência. Cenas como a violência cometida contra negros dentro de uma lanchonete ou o incêndio cometido pela Ku-Klux-Klan no Alabama, apesar de alguns cortes abruptos, são muito chocantes, chocantes e reflexivas. Mas, é Cecil Gaines (Forest Whitaker) o grande astro dessa história, livremente inspirada da trajetória real de Cecil, desde quando saiu de uma opressora fazenda de algodão no sul dos EUA até chegar à Casa Branca trabalhando como mordomo durante as décadas de 1950 a 1980. Nesse período, ele presencia decisões importantes para a melhoria da situação dos negros no país. Enquanto isso, o protagonista terá que enfrentar uma crise familiar quando vê o filho mais velho optar pelo combate ostensivo ao preconceito racial, enquanto o mais moço vai para guerra. A fiel parceira de Cecil, sua esposa, interpretada por Oprah Winfreyfaz, é quem segura às pontas em casa, enquanto o marido trabalha, mas tem problema com bebida.


O longa utiliza todo o contexto histórico americano para passar a mensagem do quão importante é a presença daquele homem na Casa Branca. E seria uma boa ficção se não tentasse parecer real, especialmente no final, com processo de eleição e candidatura de Obana.

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