segunda-feira, 25 de abril de 2011

Cafundó

Passei várias vezes os olhos por esse filme, mas por algum motivo, sempre optava por outro e mesmo agora que assisti, penso que não fazia sentido algum. O filme é muitíssimo bom, em minha opinião, um dos melhores sobre o tema do sincretismo, onde os negros não estão coitados e nem malandros.

É a estréia do já conhecido Paulo Betti como diretor, o ator que protagonizou filmes de teor histórico como “Mauá”, inicia sua carreira na direção cinematográfica com o drama histórico “Cafundó”. O longa que trás Lázaro Ramos (Madame Satã), Leona Cavalli (Amarelo Manga) e Leandro Firmino da Hora (Cidade de Deus) nos papeis centrais, e atores como Luiz Melo, como o Padre e Flavio Bouraqui como Exu, engrandecem ainda mais a cena.

O longa que busca contar a história de vida do líder religioso João de Camargo (Lázaro Ramos), personagem que na virada do século XIX, atraiu centenas de fieis a uma igrejinha em Sorocaba, no interior de São Paulo, buscando milagres, foi exibido em diversos festivais: o filme foi premiado em Gramado em 2005 (ganhando nas categorias de melhor ator, fotografia e direção de arte), e no Paratycine (melhor filme e direção de fotografia), entre outros.

João de Camargo, tropeiro, ex-escravo deslumbrado com o mundo em transformação, louco de vontade de viver nele, era o fim da escravidão e tudo continuava tão igual, o coronel ainda podia mandá-los ir para guerra. A intensidade das mudanças o leva ao fundo do poço e derrotado, ele se abandona nos braços da inspiração, alucina-se, ilumina-se, é capaz de ver Deus! Uma visão em que se mistura a magia de suas raízes negras com a glória da civilização judaico-cristã. Sua missão: ajudar o próximo.

E ao se crê capaz de curar, acaba curando. O triunfo da loucura da fé! Sua morte, nos anos 40, transforma-o numa das lendas que formaram a alma brasileira e, até hoje, nas lojas de produtos religiosos, encontramos sua imagem: “O Preto Velho”, João de Camargo.

No entanto, o filme busca focar no plano pessoal desse homem que se permitiu muitas transformações, de ex-escravo à líder religioso. Suas pregações e crenças são o sincretismo ainda tão presente em nós brasileiros.

Eis a força da mistura perfeita entre todos.

Super indico!

No Pirex

Domingo de Páscoa e de noite a pedida foi aproveitar a programação do Festival Palco Giratório, que apresentava o espetáculo “No Pirex”, o grupo Armatrux, de Belo Horizonte.

Ao entrar no teatro me sinto na casa da família” Adams”, no palco um cenário aberto e vem a dúvida; Será uma casa, ou um restaurante? O que quer que venha a ser, encontra-se deteriorado e um tanto sombrio. O cenário me remeteu a espetáculos de temática infantil, assim como em alguns raros momentos, senti-me assistindo um espetáculo inglês. Mas também houve momentos em que quis sair correndo do teatro, tanto pela ojeriza que somos levados pela própria cena, assim como pela fumaça exagerada de cigarros de palha fumados do começo ao fim do espetáculo.

Quatro portas, uma mesa e seis cadeiras, eis a estrutura do cenário inicial, pois em alguns momentos, com um acender de luz, a cozinha, localizada logo atrás, passa a funcionar, produzindo cheiros de café e fritura, ao vivo.É importante dizer que a luz do espetáculo é sensacional.

É inegável a sintonia e intimidade entre os atores, gosto muito de algumas cenas. O espetáculo é essencialmente coletivo e as partituras muito claras, mesmo com a ausência de texto, algumas definições ficam claras, algumas, pois há momentos no espetáculo em que eu nada entendi.

Estão em cena, Boquélia (a dona da casa), Bencrófilo (o garçom jovem), Bonita (a cozinheira), Ubaldo (o garçom velho) e Alcebíades (o velho) (assumo a ignorancia em não saber o nome do atores em seus respectivos personagens). Todos vestidos em tons escuros puxando para o preto, em contra partida, os objetos de cena tendem aos tons branco, resultado no clima expressionista, repleto de luz e sombra.

São muitas as leituras que podem ser feitas do espetáculo e devo admitir que nem todas positivas, seja talvez esse o grande risco de fugir aos padrões, pois além de convencer por talento, tem que quebrar a barreira imposta por nós, sobre o que é teatro; como se houvesse uma formula exata. O que vi foi um pesadelo cômico, com clowns e muita comédia muda.

Foi um único espetáculo que eu quis ficar para o debate, para buscar entender mais.

Para quem quiser saber mais a respeito do grupo que comemora vinte anos: http://grupoarmatrux.blogspot.com/

Dias…

Sabe aqueles domingos bons? Especialmente os com chuva, que deixa o dia mais frio, bons para dormir... – (não posso negar que pensei em completar o texto dizendo: - principalmente quando bem acompanhada... (suspiros meus, talvez) sorrisos sós. Pois é, hoje é um desses domingos e eu acordei as dez pra seis da manhã. Então me pergunto: Por quê? Pra quê? Tento voltar a dormir, mas aos domingos acordo com a disposição que deveria esperar até segunda.

E hoje ainda por cima é domingo de Páscoa. Ligo a televisão, tá passando a “Santa Missa” (coloquei “Santa Missa” assim em letra maiúscula, pois não sei qual respeito se deve ter, e na dúvida é sempre melhor respeitar muito). E como se não bastasse, resolvi acordar reflexiva, sabe-se lá por que, talvez por ter percebido tantos momentos importantes para história do Brasil, quiçá do mundo. De quinta feira pra cá, tem sido feriado, “Semana Santa”, (20-23 de abril), mas é também aniversário do “Descobrimento do Brasil” (22 de abril) e “lembramo-nos” de Tiradentes (21 de abril). Lembro-me que quando bem criança eu confundia Tiradentes com Jesus Cristo. Bom lembrar isso, e ter de admitir que de alguma forma ainda os confundo.

Logo mais se a chuva não resolver dizer a que veio, irei para um piquenique no Passeio Publico, onde Pe. Mororo, assim como Tiradentes conheceu a forca. Mas é melhor não confundir as histórias. - Voltando a Tiradentes (Joaquim José da Silva Xavier) (1746-1792), considerado o grande mártir da independência do nosso país e seguindo exemplos, a traição de um pseudo-amigo, acabou com o movimento revolucionário. E no dia 21 de abril, seu corpo foi esquartejado e sua cabeça erguida em um poste, para deixar claro quem mandava, Tiradentes era exemplo do que aconteceria com que estivesse contra. Hilário é que em 2011 o dia 22, seja também a sexta feira da paixão, e para lembrar o sacrifício, a crucificação de Jesus, que submisso na cruz, realiza o desejo do pai e morre pelo pecado de todos, mas também ali na cruz, me lembra Tiradentes e a mensagem que os “poderosos” querem deixar. E sempre na sexta feira da paixão, segundo o cristianismo, não devemos comer carne, para lembrarmos o sacrifício.

Dia 22 comemora-se a “descoberta do Brasil” por Pedro Alvares Cabral, que só tornou-se Cabral por que na época os homens aderiam os sobrenomes da esposa. Nenhuma marcha eu vi. Será que teve? – Logo que parou de chover, fui à praia e olhando o mar quase vi as caravelas chegarem,,,

Feriado cheio de signos, mas para mim, foram apenas alguns dias, onde perguntei o que quis, tive respostas que rasgaram meu coração, depois recebi sentimentos em palavras que o costurou, de noite um vinho como sangue de Cristo.

O Sábado Santo, também chamado Sábado de Aleluia, é o dia antes da Páscoa no calendário de feriados religiosos do Cristianismo. Nas Filipinas, nação notoriamente católica, chama-se a este dia Sábado Negro. O Sábado de Aleluia é o último dia da Semana Santa e busca remontar à Criação, passa pelo Êxodo e vai até ao fim do Apocalipse. No sábado dia 23 de abril é dia de São Jorge e esse ano, os fieis não tiveram suas missas ao santo de devoção, pois nenhuma manifestação ode sobre sair a santa semana.

Chega por fim o domingo de Páscoa (do hebraico Pessach, significando passagem através do grego Πάσχα) é um evento religioso cristão, normalmente considerado pelas igrejas ligadas a esta corrente religiosa como a maior e a mais importante festa da Cristandade. Na Páscoa os cristãos celebram a Ressurreição de Jesus Cristo.

O feriado acabou, não sei bem qual o saldo... Saberemos com o passar do tempo.

Bem vindos de volta a vida real!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Vil Sou

Hoje acordei pensando em ligar para uma porção de pessoas, mas fui suprida por esse poema de Fernan do Pessoas que pude ler no blog indicado por Dinho.

Comecei a ler sentindo cada verso, e em algumas palavras senti a voz engasgando, um nó na garganta me queria fazer chorar, segurei-me até o fim, mas ao final chorei e agradeci.

Segue poema que espero que os levem as reflexões e o link do blog lido.

Bom Feriado!

“Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida…
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos – mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza”.

(Fernando Pessoa – Álvaro Campos)

http://www.rodrigovianna.com.br/colunas/reflexoes/feriado-em-linha-reta.html?utm_content=sociable-wordpress&utm_medium=awe.sm-facebook-post&utm_source=facebook.com

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Semana Santa?!?

Lembro que quando eu era bem pequena, eu via essa data de forma diferente, passava o domingo assistindo a Paixão de Cristo e comendo chocolate. É importante dizer que eu esperava por isso desde o carnaval (ou seria desde o Natal?). Não comíamos carne. Os grandes tomavam vinho. Os anos passaram e sempre na Semana Santa, muitos questionamentos passaram pela minha cabeça e ainda passam.

DSC00487                                           Nossa Santa Ceia

Foi na Semana Santa que tomei o maior porre da minha vida, com o sangue de Cristo, na realidade é sangue de boi, um vinho vagabundo que nem pode ser chamado de vinho. Sim... No dia do porre comemos pão. Cantamos, demos graças, ritualizamos e agradecemos. Foi uma boa Semana Santa e foi o meu primeiro domingo sem chocolate e Paixão de Cristo. Pois encarei uma ressaca tão grande que até abrir os olhos era tarefa difícil.

Lembro que houve anos em que ri e outros em que chorei ao ver o boneco de Judas sendo queimado. Afinal qual sua grande traição? Todo mundo ali sabia onde estava Jesus, ele era assim, sei lá, o supra-sumo, posso dizer que ele era o cara na crista da onda. E daí Judas leva a culpa , é queimado todos os anos em uma porção de lugares, se ele de fato tiver existido e se o espiritismo for real, então, coitado.

E quem terá traído mais; o que para ganhar algo falou o que todos já sabiam, ou aquele que por qualquer motivo negou-se três vezes? Seria auto - preservação? E como Jesus vem para nos dizer para perdoar setenta vezes sete e no livro e tradições cristãs julgamos e queimamos?

Enfim, não comecei a escrever para falar sobre as minhas muitas dúvidas a respeito das religiões, mesmo por que não estou inserida hoje em nenhuma, mas respeito todas e torço para qe respeito seja recíproco. Mesmo por que, cada uma acredita no que convêm, e/ou precisa.

Enfim... Feliz Semana Santa para todos:

Os que crêem e falam;

Os que crêem e não falam;

Os que crêem e agem (os mais dignos, em minha opinião);

Os que oram;

Os que choram;

Os que não acreditam, mas vivem;

Os que esperam o retorno;

Os que nem acreditam que ele tenha vindo algum dia;

Tudo de melhor para todos nós, que indiferente das crenças, medos e verdades, sejamos todos inundados de boas coisas e também de coisas boas.

Bom Feriado, como disse uma amigo, curtamos a semana com três sábados.hihihi…

terça-feira, 19 de abril de 2011

TeAtRo Em FoRtAlEzA–tEaTrO nO nOrDeStE

No domingo cheguei ao Centro Cultural Dragão do Mar e vi de longe dois teatros cheios, tomada por uma forte emoção aproximei-me para comentar com amigos que também estavam tentando assistir ao espetáculo. Quando terminei meu desabafo feliz, um deles perguntou: - “Você assistiu ao “Jornal Hoje” de sábado?” Eu não havia assistido, estava ocupada demais sendo feliz.

Eles então falaram por auto sobre uma matéria “especial” sobre o Teatro no Nordeste, quando citaram o tema abri um sorrisão e disse: - “Que maravilha!” Mas daí eles sorriram sem graça e continuaram narrando a matéria. Uma mascara triste deve ter se formado em meu rosto. Uma tristeza multiplicada por três, já que sou Cearense, atriz e jornalista.

Cheguei em casa ainda anestesiada pelo espetáculo “Rebú” (Há pots sobre o espetáculo. E prometo que vou fazer utilização de links), resolvi então protelar para ver tais cenas. Ontem, no entanto,logo que acordei fui assistir e senti uma tristeza… E mais, uma vergonha enorme.

Que fique claro, eu não tenho nada contra os humoristas, eles são engraçados e eu adoro rir. Admiro-os enquanto guerreiros, a grande maioria tem por trás da graça e festa histórias de batalha. Preciso admirar a produção que sabe “jogar” com a mídia e com os empresários, atraem publico e conquistaram junto com Fortaleza o titulo: “Capital do Humor”.

Deveria me orgulhar, mas era preciso que fossemos a capital do bom humor leve. Como bem disse Chico Anísio, quando perguntado sobre o que o cearense tinha para ser tão engraçado. “Falta! Falta água!” Faltam muitas outras coisas, mas uma delas nem de longe é teatro de qualidade.

Fortaleza tem se desenvolvido lindamente nas artes cênicas, temos aqui grandes artistas, profissionais absolutamente capacitados e nada disso é dito em um especial sobre o Teatro no Nordeste? Temos Ricardo Guilherme e seu teatro radical e nada foi dito sobre ele. São filhos nossos, Emiliano Queiroz, Gero Camilo, Georgina Castro, Lucas Sancho. Temos Carri Costa e suas comédias. Temos teatro de rua, interativo, expressionista, são tantas as pesquisas e nada foi dito. E prometo que eu nem diria nada se falassem de ambas em paralelo, mesmo acreditando que teatro e humor não são nem de longe a mesma coisa. Mas ainda sim me calaria, por ter consciência da importância deste humor para o turismo. O que não entendo é a centralização, a imposiçãoda informação.

O Jornal Hoje me decepcionou, por falta de pesquisa. A impressão que tive foi de uma equipe preguiçosa. Nem digo nada no que diz respeito à Bahia e Sergipe, vemos ali grupos teatrais falando sobre o teatro na região. Orgulhando-se de fazer teatro, televisão sem precisar sair do seu estado. Mas quando chega no Ceará (Fortaleza), nada de teatro. E mais uma vez ficamos conhecidos pelo Brasil, já que a responsabilidade pela falta é maior, como a capital onde o teatro é uma grande piada.

O que mais me preocupa é crer que possivelmente tal matéria foi gravada por equipe local, o que preferi não ter certeza para não ficar ainda mais decepcionada.

Sabe o que é mais chocante e que de alguma forma me alegra é lembrar, os teatros lotados no domingo e perceber que o teatro cearense é tão mais forte, que mesmo sem a massificação da mídia, ou pior, sendo por ela ignorada, consegue atrair seu publico fiel (qualitativo sem deixar de ser quantitativo) É ouvir e ver de grupos de fora que cada vez mais procuram Fortaleza para demonstrar seus trabalhos, a ansiedade em se apresentar para uma platéia tão honesta. É ouvir sobre pesquisas e intercâmbios feitas por grupos de teatro de Fortaleza. É recordar dos teatros lotados, em espetáculos como: “Uma Flor de Dama”, “Encantrago”, “Devir” e “Abajú Lilás” e… e… e….

Como atriz me encho de orgulho, como jornalista me pergunto muitas coisas sobre a profissão que deveria ter como papel informar. E se percebo falhas tão enormes em assuntos tão fáceis de pesquisar, o que devo pensar sobre as demais informações?

Finalizo esse texto dizendo que enviei um e-mail para produção do Jornal Hoje, expondo minha insatisfação.

P.S. Grupos como Bagaceira, Teatro Máquina, Expressões Humanas, e tantos outros estão mostrando seus trabalhos com muita dignidade e profissionalismo pelo Brasil.

Ano passado Expressões Humanas estava no Palco Giratório e neste ano estamos sendo representado pela Cia Dita com o espetáculo Devir.

Rio

O Rio 40 graus é retratado em beleza e cor na animação de Carlos Saldanha. Que depois de chamar atenção como co-diretor de A Era do Gelo (2002) e Robôs (2005) e como diretor das duas continuações da aventura glacial, o brasileiro Carlos Saldanha decidiu homenagear sua cidade natal com a animação Rio. E, para isso, conta com um elenco de peso, com nomes como o brasileiro Rodrigo Santoro, Anne Hathaway (de Amor e Outras Drogas), Jesse Eisenberg (de A Rede Social), o oscarizado Jamie Foxx (de Ray) e o músico Will i Am, dos Black Eyed Peas, dublando os cativantes e muito divertidos personagens; além de uma competente equipe técnica.

O filme que tem produção America é absolutamente brasileiro e consegue agradar mostrando belas cenas de pontos turísticos da cidade maravilhosa e das duas grandes paixões do brasileiro, carnaval e futeboll. Li algumas criticas que condenam o filme alegando que ele cria estereótipos, mas é ficção O que deve ser relevado é que a animação de forma leve alcança adultos e crianças, encanta por imagens e roteiro. Outro ponto forte é a temática, que discute a destruição pelo trafico de animais, o que leva a extinção.

O longa conta a história de Blu (dublado perfeitamente por Jesse Eisenberg), uma arara azul domesticada, que não sabe voar. Após ser capturado por contrabandistas de aves exóticas, ainda filhote, Blu acaba indo parar na fria Minnesota (norte dos EUA), mas é tratado com amor e cuidado por Linda. Por ser o último macho de sua espécie, o ornitólogo (biológo que se dedica ao estudo das aves) Túlio (Rodrigo Santoro)  convence Linda a levá-lo para o Rio de Janeiro, a fim de perpetuar a espécie com a fêmea Jade.

Blu não sabe voar e por amor e responsabilidade aprende. O filme me lembrou o livro Fernão Capelo Gaivota e o desejo de vencer os limites pré estabelecidos. Os pássaros são lindos e a briga entre pássaros e macacos tira o riso de quem assiste ao filme. Dada a qualidade do filme, e o mérito de retratar o Rio de Janeiro como ele é essencialmente, não há como não sair do cinema fascinado com Rio e estimulado pela trilha sonora. Carlos Saldanha está de parabéns.

Quem já assistiu sabe do que estou falando e se eu tiver esquecido algo que deva ser dito, fique a vontade e a quem não assistiu, terça é um bom dia de pegar um cineminha.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Rebú

Chegar ao Centro Cultural Dragão do Mar e de longe ver os dois teatro ali localizados, com filas enormes é uma enorme emoção. E foi isso que pude sentir ontem, quando o teatro Dragão do Mar, apresentava o espetáculo “Paixão de Cristo” e no Sesc Senac Iracema, era o grupo Independente (RJ) que fazia as honras, com casa cheia pelo segundo dia consecutivo do espetáculo “Rebú”, antes havia apresentado “Carchorro”.
O grupo que começou sua trajetória com a esquete Cachorro em 2006. Veio a Fortaleza pelo Festival Palco Giratório do Sesc, apresentando o agora espetáculo "Cachorro" e "Rebú", ambas com fortes traços de Rodriguianos.
Entrei para assistir “Rebú” e de cara uma emoção que vem se repedindo nos espetáculos do Palco Giratório; teatro lotado. O cenário me remeteu a outro ambiente, com uma segunda caixa cênica, luzes de foco. E inicia-se o espetáculo, A silhueta de uma mulher seguida por sua sobra encheram-me os olhos, fui enfeitiçada pela cena, pelo texto, pela história. De repente estávamos no século XIX. De imediato quis saber mais sobre as pessoas indicadas e entre exageros, tensões, dramas, sorrisos, tragédias, disputas, seguem os conflitos familiares.
Dois senhores sentados atrás de mim, teimaram em fazer muitos comentários sobre o espetáculo (durante o espetáculo) e um deles, foi: -“Texto muito bom! Muito bom. De quem é?” E o outro com tom de quem sabe respondeu: -“É de Nelson Rodrigues!” Eu na hora lembrei, do comentário de Vinícius Arneiro (Diretor): “Nelson foi a estrutura inicial, o veículo para uma inspiração livre”.
A dramaturgia é de Giovanni Ramalho Bilac, ou Jô Bilac, um dos jovens reconhecidos como um novo talento. O que começou há seis anos, quando assistiu "Mulher sem Pecado", de Nelson Rodrigues, pois ali percebeu que seria dramaturgo. Com "Savana Glacial" e "Rebú" recebeu indicações ao prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA) e ao Prêmio Shell. Além de reforçar as intenções do grupo. E por falar no grupo, os atores dão um show de interpretação com partituras muito bem indicadas, ritmo e até a força do tango; por vezes vi uma tourada, nessa trágica relação familiar que de tamanha, em cena e formas, torna-se cômica.
Eu que vinha assistindo a espetáculos mais modernos, mesmo os gregos buscando a contemporaneidade, pude desfrutar em “Rebú” a sensação do passado, não que a peça seja ultrapassada, ao contrário é atemporal, em texto e forma. Os personagens Matias (Paulo Verlings) e Bianca (Júlia Marini) são recém-casados e moram numa casa isolada em meio a um descampado. O jovem casal prepara-se para receber Vladine (Carolina Pismel), irmã “adoentada” de Matias, que traz consigo, seu bem mais precioso: Natanael, uma espécie de filho (um Bode (Diego Becker)). A exigida cautela com a saúde da hóspede e a presença do seu acompanhante fazem com que Bianca, aos poucos, desenvolva uma raiva tamanha a ambos, capaz de levar o embate às últimas consequências.
O espetáculo acaba e o grupo é ovacionado, os atores respiram fundo e certamente se emocionam pela certeza do trabalho bem feito. Agradecimentos emocionados e o convite ao debate. Optei por não ficar,fomos debater entre amigos e depois de muito conversarmos, chegamos a conclusão da qualidade do espetáculo e especialmente de que a atriz Carolina Pismel, seria certamente ágüem que Nelson Rodrigues seria muito feliz ao trabalhar.
O Palco Giratório segue sua programação.
- Os senhores que ficaram fazendo comentários foram absolutamente desagradáveis, do inicio ao fim.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O Evangelho Segundo São Mateus

O Palco Giratório 2011 tem me feito mais feliz, pela qualidade dos espetáculos. Sábado 09.04 o Sesc Iracema recebeu a Grupo Delirios, de Curitiba, com o espetáculo “O Evangelho Segundo São Mateus”. Quando vi o nome, devo admitir que fiquei um tanto receosa com o que encontraria, mas lembrei que a direção e o texto eram de Edson Bueno, com quem me encantei ao assistir Capitu. Precisava ir e fui. Cheguei em cima da hora e ao entrar e ver o teatro lotado senti uma alegria na alma. Não havia ali nenhum super global e o teatro estava cheio. Sentei-me em um cantinho da não muito confortável arquibancada e...

Os atores quebram a quarta parede e conversam com o publico? Seria já o espetáculo? Perguntei-me, mas logo o espetáculo de fato começou e isso ficou nítido para mim e creio que para todos.
Surgem então cinco padeiros, ou devo dizer bagunceiros? O que interessa é que eles ocupam a cena, digo a cozinha e enquanto fazem o pão, desde a preparação até o pão prontinho, conversam sobre o “Evangelho de São Mateus”. Poderiam ficar por ai, mas daí não seria o Grupo Delirios, dessa forma, paralelos ao pão e ao Evangelho, dois deles, interpretam a mãe e o filho, extraídos poeticamente do “Oitavo Poema do Guardador de Rebanhos”, de Fernando Pessoa, onde o filho conta para sua mãe que tem um amigo fugido do céu. À medida que o pão vai sendo feito, a história se conta, não pela ação, mas pela palavra, tudo na peça acontece pelo poder da palavra e a reflexão sobre ela, desde a anunciação até a ressurreição, com maravilhosas tiradas e bom humor, que levam elenco e publico a uma grande brincadeira. De alguma forma é simplesmente um leitura humanista da história, com parábolas, passagens, poesia, sobrou espaço até mesmo para Clarice Lispector e suas palavras e sentimentos humanos.
Como é característica do grupo, que já existe a quase 30 anos e já encenou mais de 40 espetáculos, “O Evangelho Segundo São Mateus”, busca a pesquisa da palavra, a humanidade e por conta disso talvez, trabalhem com espetáculos abertos. Que vai desde piadas com e sem graça, cafezinho, vinhos e pães, compartilhados com a platéia que depois do vinho certamente sorriu mais fácil.
Não posso deixar de comentar o trabalho de improvisação, assim como técnica e talento dos atores. A atriz Regina Bastos é a típica mãezona. Iluminação e sonoplastia também dão show deixando clara a intimidade da equipe com esse espetáculo que já em 2008 foi considerado pela critica como um dos melhores do ano.

O grupo seguiu viagem para encantar outros estados, mas certamente quem assistiu o espetáculo; “vendo, enxergando e ouvindo, escutando”, pode agora pensar segredos.
O Palco Giratório segue sua programação, então, vamos ao teatro!
Todo mundo merece ler os blogs
e...
Link Poema Fernando Pessoa

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Humanamente Desumano

Hoje a televisão brasileira transformou mais uma grande tragédia em show, com informações desencontradas, em uma correria desenfreada de conseguir o quase impossível, o furo de reportagem que com o avanço tecnológico e a rapidez da informação tornou-se produto escasso, junto com a qualidade da da mesma. Mas não venho falar sobre a forma de fazer jornalismo que é padrão onde? Háa.. Nos Estados Unidos. Onde acontece o que com freqüência? - Jovens revoltados, inseguros e descrentes cometem chacinas irresponsavelmente.
Mas estamos falando de um jovem de 23 anos, afinal é assim que chamamos comumente as pessoas nessa faixa etária, mas como o objetivo era chocar, esse jovem torna-se “Homem”,para assumir seus atos, que ele não assumiu (pelo menos não aqui nesse plano – vai La que de fato existam outros), fugiu cometendo um dos atos mais corajosos que um homem pode ter. Irônico, quando penso que dizemos francos os suicidas.
Comecei a escrever e pensei em fumar um cigarro, mas fumar aumenta as probabilidades de um câncer, dessa forma, estou eu em um lento suicídio? Talvez...
No entanto, a questão aqui é outra. O fato é que estamos em 2011, 7 de abril, dia do Jornalista e por ironia do destino (que sempre faz questão de pregar umas peças, só pra levantar reflexões e nos sacanear), um jovem de 23 anos, acorda disposto a apertar o gatilho, coloca sua calça e botas pretas, com uma blusa verde, deve ter se olhado no espelho e dito algo para se convencer, fortalecer, justificar. Pois não posso crer que ele tenha ido tão fundo se não fosse motivado por alguma verdade (pra ele).
Nessa hora talvez por ter assistido ao filme As Mães de Chico Xavier e ouvir de Nelson Xavier que interpreta o médium Chico Xavier “Você já a agradeceu? E a mãe em resposta diz: Eu já perdoei do fundo do meu coração, mas agradecer... Não! E ele brandamente responde: Seu filho ia partir de qualquer forma, agradeça por não ter sido nos seus braços, por que você nunca iria se perdoar.” Cito esse texto, pois mesmo chocada, triste e assustada com a “frieza” humana, não consigo deixar de me perguntar como seria se fosse diferente, se temos um prazo de vida estabelecido antes, por que ainda sim culpamos aquele que de alguma forma também deve estar apenas desempenhando seu papel. As vezes me sinto como os anões com sua bebida púrpura (Dia do Curinga), com um desejo tremendo de ser curinga. Mas ser curinga requer atos bravios, para mudar as coisas de lugar. Deve ser difícil não cair nas tentações e na loucura, poucos conseguiram.
Esse jovem sai de casa, onde mora só, já que sua mãe adotiva morreu a pouco tempo, vestido para matar. Logo no caminho ele atirou em dois adolescentes (que também não são crianças), os dolescentes foram socorridas pelo corajoso e jovem bombeiro. O bombeiro teve ter por volta dos seus 23 anos. A mesma idade do assassino. Um preparou-se para matar e o outro para salvar. São profissões distintas, digo profissões, pois quando entrevistado o jovem bombeiro disse ter prestado socorro a vitimas por ser bombeiro. E então, me pergunto: Não deveria ser por ser humano? Salvar, ajudar acolher, proteger, não é heroísmo coisa alguma, é humanidade, é o mínimo. E sabe o que é mais triste? É que são preciso grandes tragédias pra nos fazer parar um bucadinho , para assistir de camarote a nossa evolução devastadora.
Esse jovem que já atirou no caminho, chega a escola e entrando pela porta da frente conversa com uma professora, alega que está indo apresentar uma palestra, do qual essa professora da escola não está informada. Em universidade calo a boca, mas na escola os professores não se comunicarem é um pouco demais. Mas eis o ensino brasileiro, que vem melhorando, mas ainda falta é muito, inclusive para evitar da origem tragédias como essa. Mas por fim, duas coisas me intrigam: Ou ele era absolutamente sangue frio, ou a professora absolutamente desatenta as reações do rapaz. Só pra lembrar ele havia acabado de atirar em dois adolescentes, a dois quarteirões da escola.
Depois de se despedir da professora, entrou na primeira sala de aula e apertou o gatilho com velocidade e técnica de quem sabe o que está fazendo. Ninguém nunca observou que esse menino treinava tiros? Recarregando a arma várias vezes ele entrou em outras salas repetindo o ato de atirar, especialmente no tórax e na cabeça.
Quando o policial exercendo o seu trabalho entrou na escola e impediu que o assassino continuasse atirando contra a perna do assassino. Mas antes que qualquer coisa acontecesse, ele tira sua vida com um tiro na cabeça.
Daí eu volto para espiritualidade apenas perguntar como? Qual será o objetivo final? Foram mortas 12 seres humanos e outros estão feridos, mas certamente estão todos feridos na alma, se o objetivo desse jovem era fazer com que todos sentissem medo, raiva e impotência, ele conseguiu. Se seu objetivo assim como em outros casos trágicos, ele queria ser visto, ele também conseguiu. Se nós enquanto sociedade e mais enquanto humanos não repensarmos nossos atos, essa matéria assim como tantas outras tão chocantes quanto, vão invadir os jornais e as nossas vidas.
Outra coisa que não me sai da cabeça é o número de meninas mortas, foram dez garotas assassinadas e um garoto.
Onde estamos nós? O que motivou-o? Ou o que tirou sua motivação? Por que tanta gente? Por que decretar o fim a si aos demais? Por que aquelas crianças? Que era esse rapaz? Quem eram essas crianças? E quem serão? E quanto a nós todos? Quais serão os dias e as formas? Prefiro não pensar sobre isso, apenas aceito e tento me acostumar as vezes consigo, as vezes finjo.

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Programação Palco Giratório–2011- Fortaleza.

06/04 – CENTRO URBANO DE CULTURA E ARTE
Grupo: Cia Polichinelo / SP
Espetáculo: Frankenstein
Categoria: Livre
Horário: 14h

07/04 – TEATRO SESC EMILIANO QUEIROZ
Grupo: Cia Polichinelo / SP
Espetáculo: Sob seus olhos
Categoria: Livre
Horário: 15h

08/04 – TEATRO SESC EMILIANO QUEIROZ
Grupo: Cia Polichinelo / SP
Espetáculo: A lenda das Lágrimas
Categoria: Livre
Horário: 15h

09/04 - SESC SENAC IRACEMA
Grupo: Grupo Delírio /PR
Espetáculo: O Evangelho Segundo São Mateus
Categoria: Livre
Horário: 20h

09 e 10/04 – CENTRO DRAGÃO DO MAR DE ARTE E CULTURA
Grupo: I Made Djimat e  I Nyoman Terima/ Bali
Espetáculo: Mestres da Dança Teatro Topeng
Categoria: Adulto
Horário: 19h

10/04 - SESC SENAC IRACEMA
Grupo: Persona Cia de Teatro & Teatro em Trâmite / SC
Espetáculo: A Galinha Degolada
Categoria: Adulto
Horário: 20h

11/04 – MERCADO SÃO SEBASTIÃO
Grupo: Imbuaça /SE
Espetáculo: O Mundo Tá Virado
Categoria: Livre
Horário: 16h

12/04 – MERCADO SÃO SEBASTIÃO
Grupo: Imbuaça /SE
Espetáculo: O Teatro Chamado Cordel
Categoria: Livre
Horário: 16h

12/04 – SESC SENAC IRACEMA
Grupo: In.Co.Mo.De-Te /RS
Espetáculo: O Gordo e o Magro
Categoria: Adulto
Horário: 20h

13/04 – SESC SENAC IRACEMA
Grupo: In.Co.Mo.De-Te /RS
Espetáculo: Dentrofora
Categoria: Adulto
Horário: 21h

14/04 – SESC SENAC IRACEMA
Grupo: Grupo Moitará/ RJ
Espetáculo: Acorda Zé – A Comadre Ta de Pé
Categoria: Livre
Horário: 21h

15/04 – MERCADO SÃO SEBASTIÃO
Grupo: Grupo Moitará /RJ
Espetáculo: Quiprocó
Categoria: Livre
Horário: 16h

15/04 – SESC SENAC IRACEMA
Grupo: Teatro Independente  /RJ
Espetáculo: Cachorro!
Categoria: Adulto
Horário: 20h

16/04 – SESC SENAC IRACEMA
Grupo: Teatro Independente /RJ
Espetáculo: Rebú
Categoria: Adulto
Horário: 20h

17/04 – SESC SENAC IRACEMA
Grupo: Teatro Independente /RJ
Espetáculo: Rebú
Categoria: Adulto
Horário: 20h

18/04 – SESC SENAC IRACEMA
Grupo: Coletivo Lugar Comum  /PE
Espetáculo: Leve
Categoria: Adulto
Horário: 20h

19/04 – MERCADO SÃO SEBASTIÃO
Grupo: Namacaka  /SP
Espetáculo: É Nóis na Xita
Categoria: Livre
Horário: 16h

20/04 – SESC SENAC IRACEMA
Grupo: Namacaka  /SP
Espetáculo: Besouro Mutante
Categoria: Livre
Horário: 21h

21/04 – TEATRO SESC EMILIANO QUEIROZ
Grupo: Caixa do Elefante /RS
Espetáculo: Os Encantadores de História
Categoria: Livre
Horário: 19h

22/04 – SESC SENAC IRACEMA
Grupo: Caixa do Elefante /RS
Espetáculo: A Tecelã
Categoria: Adulto
Horário: 20h

23/04 – SESC SENAC IRACEMA
Grupo: Armatrux / MG
Espetáculo: DE Banda pra Lua
Categoria: Livre
Horário: 20h

24/04 – SESC SENAC IRACEMA
Grupo: Armatrux / MG
Espetáculo: No Pirex
Categoria: Livre
Horário: 20h

25/04 – ESCOLA EDUCAR SESC
Grupo: Armatrux / MG
Espetáculo: Parangolé
Categoria: Livre
Horário: 20h

26/04 – TEATRO SESC EMILIANO QUEIROZ
Grupo: Armatrux / MG
Espetáculo: Bilú e Curisco
Categoria: Livre
Horário: 19h

26/04 – SESC SENAC IRACEMA
Grupo: Cia Amok /RJ
Espetáculo: Dragão
Categoria: Adulto
Horário: 21h

27/04 – SESC SENAC IRACEMA
Grupo: Cia Amok /RJ
Espetáculo: Kabul
Categoria: Adulto
Horário: 21h

28/04 – SESC SENAC IRACEMA
Grupo: O Corpo de Dança do Amazonas /AM
Espetáculo: Cabanagem
Categoria: Livre
Horário: 20h

29/04 – SESC SENAC IRACEMA
Grupo: Dita /CE
Espetáculo: De-Vir
Categoria: Adulto
Horário: 21h

30/04 – SESC SENAC IRACEMA
Grupo: Dita /CE
Espetáculo: L’après-midi d’um fauller
Categoria: Adulto
Horário: 20h

Entrada*: R$5,00 (meia); R$10,00 (inteira)
*Programação gratuita no Mercado São Sebastião e Praça Verde.

PROGRAMAÇÃO SUJEITA A ALTERAÇÕES

terça-feira, 5 de abril de 2011

As Mães de Chico Xavier

Quanto a esse filme tudo é mais difícil e mais delicioso. As Mães de Chico Xavier não é um filme em que a critica caiba bem, pois mesmo com algumas falhas, como a interpretação e roteiro aquém do esperado, outro ponto que beira o cansativo é a trilha sonora de Flávio Venturine. Mas a fora esses fatos que aqui parecem detalhe, o filme cumpre muitíssimo bem o seu papel, chega, toca, emociona e leva o publico a reflexões cada vez mais necessárias nos dias de hoje.

As Mães de Chico tem na direção Halder Gomes e Glauber Rocha Filho, que já trazem na bagagem a experiência com filmes espíritas desempenham muito bem suas funções e alcançam o publico, a câmera lenta e em foco aproxima os personagens e suas fragilidades, das nossas próprias realidades e dificuldades. Nesse ponto todos ganhamos, pois o filme trata de três fatos importantíssimos: o aborto, as drogas e o suicídio, com uma simplicidade quase cotidiana, mesmo não sendo a realidade o forte do filme.

O que é inquestionável é o talento de Nelson Xavier que interpreta mais uma vez o médium Chico Xavier com maestria e emoção que foge aos olhos e chega facilmente a alma.

Outro ponto importante e talvez o mais importante para mim, é o fato de encontrar muitos artistas cearenses em cena (inclusive a mim mesma), alguns me encheram de orgulho, outros eu fico devendo assisti filme de novo, para observar melhor, pois foi tudo muito rápido.

Por fim As Mães de Chico Xavier é um filme que eu indico e indico para todos, pois não se trata de um filme religioso, vai além (?)RS.

Celebrando Festivais Teatrais

Por Roberta Bonfim Querido Festival de Teatro de Fortaleza conheci tantas maravilhas ao viver-te. Lembro que foi em uma de suas edições que...