Fui absorvida pela imagem de capa do filme, com uma sinopse que diz: Doze de maio de 2006. O “onze de setembro brasileiro”. (Fiquei passada com a minha falta de memória a respeito do 11 de setembro brasileiro.aiai...) (Algumas) Cidades inteiras são atacadas por uma organização criminosa (PCC), (“)aterrorizando a população e mobilizando a força policial(“). Toda a mídia volta as suas lentes para o caso. Porém, várias outras formas de violência continuavam a acontecer, longe do foco da imprensa, e recebendo muito menos atenção da Polícia (como acontece todos os dias). Um tipo de violência cometida por criminosos acima de qualquer suspeita: a classe média. É neste contexto que uma delegada recém formada (classe média) tenta resolver o desaparecimento de um poderoso empresário. Mergulhada em um mundo liderado por homens, pressionada por tudo e por todos, a garota será obrigada a abandonar tudo aquilo que acreditava na vida para aprender a conviver com o mundo do crime e com a atordoante inversão de valores da sociedade.
É... Você deve pensar agora,: Que apelativo! Eu quando li a primeira vez, resolvi pagar pra ver. Comecei a assistir ao filme que a principio, super me chamou atenção, com suas imagens hora tremidas, outras invertidas. A questão é que o que a principio parece atrativo e mesmo moderninho e impactante, acaba tornando-se bem chatinho. Em um misto de Lost tupiniquim e sei lá, alguma dessas séries policiais, quase teen. E para completar, trás como slogan, os dizeres: “um filme baseado em fatos não reais”.
A questão é que o diretor Edu Felistoque não soube equilibrar, imagem, montagem, som, e... Deixando explicito que existe uma preocupação maior com a forma do que com o conteúdo. A trama que gira em torno de um sequestro, mostra duas histórias correndo em paralelo.
Na primeira, um grupo (que inclui Rubens Caribé, Giselle Itié e Alexandre Barilari) sequestra um empresário (Tadeu di Pietro). A outra trama gira em torno de uma jovem delegada (Marisol Ribeiro) e dois policiais (Rodrigo Brassoloto e Wander Wildner) que investigam o sequestro. Mas de fato, nada sabemos sobre nenhum dos personagens.
O tema, como remete o título, é a inversão de valores – ou um pensamento exagerado: os bandidos estão na rua e a classe média está acuada dentro de casa. Ou ainda os próprios ricos são obrigados a se tornar bandidos para sobreviver? Quem é bandido e quem é mocinho? O burguês até quando tá sendo bandido passa por doido, ou vitima? Morte aos que traem e silêncio sobre sua classe? Burguês perde a noção, fica doido, pobre é sangue frio? E a jovem delegada, é uma santa, ou mais uma absolutamente corruptível? E os policiais despreparados, são os conscientes? E o que diabos o ataque do PCC em São Paulo, em 2006, tem a ver?
As vezes me assusto sobre os caminhos, mas acredito que o final é a soma de todas essas experimentações. Tem mais é que arriscar, e outra, o filme entedia, mas te leva junto até o final. É o cinema brasileiro dando espaço aos artistas de tentarem, e isso é bem legal!
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