Quando vi o cartaz no Odeon e li o titulo ri horrores. Ao saber que a direção foi de Hugo Carvana, então, a curiosidade se acendeu de vez. Quem assistiu; Vai Trabalhar, Vagabundo e Bar Esperança (também dirigiu Se Segura,Malandro, mas à esse não assisti (ainda)), sabe bem sobre o que falo. Era ali na minha frente a certeza de boas risadas e algumas reflexões um tanto fortes.
O filme começa, me apresentando de cara os dois personagens chave dessa história; O Pai (Tarcisio Meira),ator que teve todas as chances ao estrelato, mas optou pela vida mais cigana, apresentando-se em todos os lugares, sem fincar raízes. O filho (Gregório Duvivier), ator que assim como pai seguiu pela vida , mas sem ter muita certeza se havia ou não optado por ela.. Junto com essa “opção” vem todos os tipos de picaretagem.
É por fim, uma coletânea de roubadas promovidas por um velho ator pilantra e seu filho, certamente menos pilantra. O filme começa no meu Ceará, com lindas imagens da costa brasileira, e em uma espetacular elipse, desembarca no Rio de Janeiro.
Não fosse por umas duas ou três falhas na edição e um punhado de piadas ruins, seria até um filme simpático; pois o caminho do roteiro é bom, e seguiria sem dificuldades a trajetória de Carvara na direção.
No filme o diretor interpreta um ator aposentado, impotente e desbocado; recolhido ao Retiro dos Artistas e acompanhado de uma bela mulata.
E de repente a palavra que mais se ouve é cagada e o que deveria ser engraçado, perde a graça e acaba a farsa. A questão é a meu ver o "homem de mil disfarces" idealizado pelo diretor,não foi nem de longe alcançado pelo eterno galã Tarcísio Meira, que em cenas como a do jantar em que finge ser um escocês não convence nem a... A ninguém! Gregório por sua vez, parece esconder toda sua força para comédia. Mas a junção de tudo, nos trás um filme de domingo com chuva e alguma preguiça, talvez.
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