Por
Roberta Bonfim 02.07.2012
Sabe quando você assiste
a um trailer e diz: “Esse filme eu quero ver!” Foi essa minha primeira reação
com “Paraísos Artificias”. O desejo foi motivado por algumas circunstancias;
ser o primeiro filme de ficção de Marcos Prado como diretor. O diretor que
ficou conhecido por Estamira, documentário que conta o dia-a-dia de uma senhora
em um lixão do Rio de Janeiro. Nathalia Dill, que é a meu ver uma das atrizes
mais naturais dessa nova geração, a temática tão atual, e o texto humano.
Contrariando minha vontade não pude assistir na estreia, depois fiquei me
punido por isso, não indo assistir, até que finalmente, nos encontramos. E é
sobre isso que o filme fala; encontros.
Mas fala também sobre
escolhas e o preço que temos que pagar por elas, e fala sobre a relação com a
culpa, e com o amor. A questão é que se trata de um filme poético, bom de
assistir, apesar da repetitiva batida e do excesso de luzes e cores que permeia
nossa geração.
Paraísos Artificiais
conta as histórias de Nando e Érika, dois jovens de seus 20 e poucos anos, que
se encontram e desencontram através do tempo. Ambientado nos anos 2000, o filme
é narrado em três atos: o primeiro se passa em Amsterdã, para onde Nando viaja
com seu amigo Patrick, e onde conhece Érika, DJ internacional; o segundo,
alguns anos antes, em uma rave na beira do mar, para onde Érika segue viagem
com sua amiga Lara, e onde Nando também está com Patrick; o terceiro, anos
depois do primeiro ato, se passa no Rio de Janeiro, cidade natal de Nando.
O interessante nisso
tudo é que se formos pegar por questões de padrão e de.. (nem sei que que nome se
dá). A questão é que nem estamos falando de um filme maravilhoso, mas
certamente de um filme que tem fortes características positivas e que agrada,
mas que também percebe-se que podia ser melhor. Eis a sensação que tenho, poderia ser
muito melhor, pois tem folego para isso, e tema, atores, direção. Enfim, algo
ficou no caminho. Mas nada que impedisse uma boa veiculação do filme e
maravilhosas reflexões a quem se propõe a assistir o longa. Enfim, não há muita surpresa, e o drama psicológico dos personagens por vezes não nos chega.
MAS, VALE MUITO ASSISTIR E MAIS
UMA VEZ FICAR FELIZ COM A PRODUÇÃO BRASILEIRA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Some: