Por Roberta
Bonfim 02.07.2012
Eu não sabia que
existiam tantas definições para lúdico, mas em todas, “A Tecelã” se encaixa muitíssimo
bem, pois é ao mesmo tempo, vida, sonho e reflexão, mas também desperta a
criatividade e nos eleva a outro plano de consciência. A questão é que desde Carrocha
de Mamulengo, eu não me encantava tanto com algo, como me encantei com “A
Tecelã”. Encantamento que vem da simplicidade e da perspectiva do sonho, como
se tudo ali fosse outro plano. Dessa forma senti-me criança e com esse olhar
cativado assisti ao espetáculo, adaptado do conto “A Moça Tecelã”, de Marina
Colassanti; pela Cia Caixa de Elefante que trabalha além da interpretação dos
atores, com a manipulação de bonecos e interação de videos. Permiti-me ir.
A história fala de uma
tercelã que tece um mundo para si e nesse mundo há um príncipe, por quem ela se
apaixona. Mas a relação dos dois não segue o padrão do resto do caminho. O que a obriga a destecer o mundo, a desfazê-lo, para então iniciar um novo
processo de construção. Assim o espetáculo permite uma metáfora sobre as
relações, sonhos, intenções que tantas vezes nos aprisionam. Tudo que é proposto
encanta.
O espetáculo que tem
Paulo Balardim na direção, Carolina Garcia, Valquíria Cardoso
e Viviana Schames no elenco e manipulação, é o que podemos chamar de; maravilhoso, por conseguir,
encantar, entreter e provocar. Sensações que são potencializadas com a
iluminação e vídeos precisos.
O ritmo do espetáculo
me remeteu a uma deliciosa contação de história, daquelas que se tem vontade de
ouvir e ir dormir para que tudo floresça
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