terça-feira, 31 de julho de 2012

Três Exposições e uma Oração


Três Exposições e uma Oração. É isso que encontramos ao chegarmos a Caixa Cultural (RJ). Ainda no térreo a exposição “A Arquitetura Portuguesa pelo Traço de Lucio Costa”. Admito meu pouco conhecimento arquitetônico e compreensão da exposição, ao tempo que preciso dizer que melhor que a fotos e desejos, rabiscos, enfim, assim me parecem. Mas em meio a todos esses elementos que tão pouco entendi, vi algo que entendo bem. Vi gente de olhos brilhando e garanto-lhes: Olhos brilhando é um dos mais fortes sinais de fascinação, amor. Então, esqueci a exposição bela, mas que eu nada entendia e os observei admirando tudo aquilo, eles sorriam, falavam, encontravam explicação que depois que eles diziam, pareciam-me obvias ao novo olhar. Mas admito que ali, não entendi, nem vi muito da exposição, vi o como eles viam maravilhas, no que eu via rabiscos geniais.  Não me detive muito mais, e subi o espiral das escadas.
Ali, três opções. Então, parei e pensei: - Por onde começar? - O raciocínio foi certo, e assim segui meu caminho, começando com “Mural Itália-Brasil”, onde tive de piscar várias vezes até acostumar os olhos com tantas cores, grafites super bacanas, sorri sozinha olhando alguns. Lembrei do Museu Renato Russo, em Brasilia e seus muros de grafite. Ao fim uma porta que leva a uma sala de projeção, antes de entrar, nas duas laterais explicações sobre o projeto que ao que consegui ler, (antes de ficar muito incomodada com a iluminação), pareceu muito legal, o que eu já tinha percebido. Na sala de projeção vídeos de making off, legais e uma diversão interativa, que eu mexi horrores como criança brincando de videogame pela primeira vezes. Foi uma diversão. Dali sai em sorrisos leves.
E segui sem pestanejar, demais, para “Exposição Macanudismo”. E como ri, com aquelas tirinhas, quadrinhos, e livros. Primeira experiência treinar meu fraco e enferrujado espanhol e confirmar a descoberta em algumas traduções. Reencontrei dois personagens que eu me encantei a algum tempo atrás e tinha perdido o contato, o gato Felline e Enriqueta. Nosso reencontro foi divertidíssimo, ali também conheci outros tantos personagens e ri baixinho. Personagens do argentino Ricardo Liniers Siri, há dez anos publicados no jornal "La Nación”. Uma doce brincadeira para um sábado à tarde. Quis meus irmãos por perto, penso que o Igor ia curtir. Enfim...
Por fim: “A Divina Comédia de Dali”, algo do tipo... Fiquei sem palavras, nem sei muito sobre artes plásticas, mas ali se tratava de Dali, um dos caras que mais me segura com suas pinturas que são poemas, ou poesias. E Dali não estava só, mas na singela companhia de Dante, que fez pelo que entendi grande parte de sua comédia “imagética” acompanhado por Públio Virgílio Marão, importante poeta romano (http://www.suapesquisa.com/biografias/virgilio.htm). Assim é possível seguir por todas as telas cheias de tantas coisas, que causam tanto... Encontrei porém, uma dificuldade, ler as legendas, assumo minha miopia, acreditando também que as legendas precisavam ser maiores, estamos tratando de grandes mestres. Exposições assim não admitem falhas tão primarias. No mais: Pleno espetáculo, pura magia em textos, imagens e simetria, a mesma história contada de três formas no mínimo. Há quem diga que existe por trás dos poemas com tanto embasamento cristão outra história. Quem saberá?
Sai maravilhada e com gosto de quero mais, no entanto, julguei-me exagerada e parti. Na segunda fui convidada a ir ver a exposição e em ótima companhia que tanto mais me esclareceu sobre a obra e as tais questões poéticas do purgatório. J

Vale conferir todas as exposições!

2 comentários:

  1. Eu conferi a exposição Itália-Brasil. Realmente tem coisa muito legal por ali que a gente não se dá nem conta. Vou conferir as outras, pois fiquei com água na boca depois de ler seu texto.

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