sexta-feira, 4 de maio de 2012

Sons que me alegram a alma!


Não sou conhecedora das técnicas e teorias musicais, até me interesso, mas por hora o que sei é ouvir. Ouvir palavras, ações e sons, ouvir ouvindo, sentindo, vivendo internamente cada nota que desconheço o nome, cada acorde perfeito ou não. A questão é que sinto nos poros os sons que me alcançam a alma. E devo admitir; sou sempre muito agraciada com música, as feitas que eu queria ter feito, as que foram feitas pra mim, as que eu gostaria que tivessem sido. Algumas que só precisei ouvir uma vez para aprendê-las de cor, as que não me saem da cabeça e as que esquentam o coração.
Hoje (na realidade ontem, mas como ainda não dormi, fiquemos com o hoje) fui especialmente presenteada e me senti fortalecida. Não posso não ser absolutamente pessoal, se tudo que vou falar foi sentido intimamente. Acordei e me enganei fingindo que dormia por mais trinta minutos. Terríveis trinta minutos, onde consegui lembrar cada coisa, escolhas, pesos e medidas, pecados (os meus), os medos, as tantas dúvidas e verdades. O fato é que quando realmente me levantei eu já estava cansada, exausta. E o dia seguia nesse cansaço, até que em algum momento do dia sou presenteada com um CD virtual (Muito grata! De verdade. Mas do outro modo se tornaria talvez, inesquecível).
Comei a ouvir o som e, pronto; parei. Parei para ouvir a música, não cabia fazer outra coisa se não fechar os olhos e ouvir, me pus em postura dos admiradores de Mozart, talvez. O fato é que ouvi e comecei a sentir uma alegria que me tomava no colo em afago macio. Não se encaixa em nenhum rotulo, rasga-os em prosa e poesia musicada. Lembrou-me Dr. Raiz, um dos melhores sons que já ouvi. Ouvi e senti, várias vezes, consegui até identificar histórias, no som da banda Pirigulino Babilake. Daí outro amigo chegou com um som sensacional, regional (nordestino), e de repente estava eu batendo chinelo no chão e rodopiando pela sala, sentindo meu corpo todo mais feliz.
Mas foi ao chegar ao Lapa Café quarenta minutos antes de começar o show de Diego Moraes foi ideal, para ir me anbientando e apenas ouvi-lo.. O local é interessante com uma boa disposição entre palco e mesas e foi ali na frete de uma cortina enorme e geladeiras antigas acompanhado por uma banda, banda. Uma banda do todo que se faz na harmonia com as tantas possibilidades vocais de Diego Moraes. Eu certamente já o tinha visto cantar em casa. Mas ele ali enorme e solto naquele palco, ele que tem tantas expressões quanto, tons, e que encanta. Por que canta e canta inteiro, entregue, exposto em suas lindas brincadeiras de menino. O fato é que Diego emociona e quando junto com Caio Prado e Daniel Chaudon, é de tirar o folego e desejar “uma foto” do momento.
Bem, agora vou dormir com uma leveza de criança ninada e encantada pela música, pelos sons.

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