Por Roberta Bonfim
Ontem tive a chance de
ver o jornalista Pedro Biel em alguns momentos. E que delica observar as marcas
do tempo, sem deixar de ver as marcas das pessoas. Somos sim fruto do meio e
Pedro Bial ontem foi o melhor exemplo de minhas reflexões. Foi então meu objeto
de pesquisa. Que ao inaugurar a primeira transmissão internacional ao vivo da
Rede Globo de televisões, se emociona e assume essa emoção nervosa no tom da
voz, na postura e no olhar. Como um jovem que quer parecer mais velho, para
quem saber passar maior credibilidade, Pedro Bial embarga a voz e passa a mensagem.
Ou melhor, as mensagens, dali por diante a Alemanha e o Brasil estavam entrando
em uma nova fase. Um ano depois o mesmo jornalista vai cobrir a queda do muro
de Berlin e já se percebe outro repórter, mais que isso, outro homem. Junto com
isso, também encontramos uma nova televisão e um público maior e mais “exigente”,
a tecnologia se recicla a todo instante. De lá para cá o fazer televisão mudou
muito, assim como, o ser Bial. Esse Bial que durante anos entra em nossas casas
com o BIG Brother Brasil e digam o que se quiser dizer, mas vamos admitir que
grande parte de nós, até por herança genética somos bem fofoqueiros, a vida
alheia sempre foi objeto de observação e comentários e programas como esse, ao
meu ver, só mantem as tradições. Como para uma grande maioria, principalmente
os que vivem nos grande centros, não conhece o prazer de sentar na calçada com
os vizinhos para falar da vida, normalmente dos outros e ver a vida passar. E
não é isso que essa janela nos mostra? A violência e o medo nos fazem fechar a
porta, daí abrimos (ligamos) essa janela que em tese nos apresenta nossa
realidade, que nos passa ainda mais insegurança e assim compramos e criamos novas grades de
proteção e nos relacionamos com telas, pessoas virtuais. Fazemos que o que
acreditamos ser verdade, torne-se por fim.
Voltando ao Bial: Ontem
me esforcei e consegui ficar acordada até a hora do programa “Na Moral” e quer
saber; bem gostei. Nada demais, mas uma boa higiene mental (como direia meu Avô torno ao me presentear com Sherlock Holms) e mais força nessa
janela que nos faz crer tão íntimos que então nos envolvemos. Comecei
assistindo muito critica, então não compreendi de cara, Depois comecei a
perceber algumas criticas e então torna-se um bate papo de opiniões e “respeito”
da mesma. Sorri, refleti e analisei com respeito a TV Globo. Escolher falar
para tantos é prova de muito culhão e talento. Se é falha, e o é. Não é a questão
aqui. A moral aqui, é que moral é muito relativa, assim como a beleza, o tipo de
beleza padrão. A gostosona, a magra modelo e a gostosa tanquinho, mas eu
pergunto: por que não estava nesse desfile também, a mulher normal? E o Bial,
bem, hoje parece mais jovem que em sua primeira transmissão ao vivo. Ual! Na
Moral me pareceu um problema legal, só um tanto tarde demais.
Curti também os
convidados. Indico pelo menos uma espiadinha nessa janela.
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