Por Roberta Bonfim
Adoro quando
as referências se quebram, os rótulos se vão e fica a essência, o bruto que
conquista. Foi assim que na sexta depois de uma semana cansativa tudo foi
zerado ao buscar adereços para ilustrar a cena; sapatos rosa Pink, pérolas,
luz, força e dor.
A meia noite
em um quarto em Santa Teresa começa o desabafo, entre palavras em espanhol e um
discurso marrento e ingênuo, uma mulher quer voltar para o seu lar, após
contorno completo e muito entregar-se,
uma mulher malamada, mamulenga, uma mulher mutilada em sua alma, grita pelo
retorno, pelo respeito. Assim se apresentou a mim o experimento “Cheiro do
Queijo”, com dramaturgia de Suzy Éida, destaque de dramaturgia pelo texto Meire
Love. A cena se dividiu entre a dramaturga que também exerce o papel de atriz e a veterana atriz Lua Ramos. Uma das “mulas” de Suzy que tem buscado mulheres
fortes para prepara-las.
A base da pesquisa, ao que pude entender, é a CrackLinguagem que a dramaturga vem lendo na sociedade, cada vez mais noiada, amedrontada e amedrontando. Graves mudanças socais, resultados das estradas percorridas, a relação do consumo, a valoração das coisas, em detrimento a coisificação das pessoas.
A base da pesquisa, ao que pude entender, é a CrackLinguagem que a dramaturga vem lendo na sociedade, cada vez mais noiada, amedrontada e amedrontando. Graves mudanças socais, resultados das estradas percorridas, a relação do consumo, a valoração das coisas, em detrimento a coisificação das pessoas.
Com tudo isso,
o que nos é apresentado em 15 min, dentro de um quarto com pouca luz e
muitas emoções e pesar é mais uma mulher que sai de sua casa, país, vida em
busca de sonhos, em busca do conto de fadas e se depara com outra realidade e
tantas novidades que alteram suas verdades e os sonhos... Alguns nunca deixam
de existir, pois é o que mantém a vida. Mas para algumas, ele, o sonho torna-se
inimigo indesejado e é ali na inércia das emoções que vivem essas mulheres.
Lua Ramos, que
eu já havia visto em cena, mais uma vez me impressiona por sua força cênica absolutamente
teatral. A ela deixo um pedido: Não nos prive de vê-la em cena. A Suzy meus
parabéns pelo trabalho e agradecimento pelas reflexões. Meu
agradecimento, por ter podido participar como observadora desse processo.
E que o Cheiro
do Queijo ganhe, além de nós. Que ganhe o mundo e o faça refletir sobre a
situação do ser humano, de todos nós.
Blog: http://cheirodoqueijo-linguagem.blogspot.com.br/2012/08/mira-mira-no-tengas-medo-no-tengas-medo.html
http://youtu.be/YuWz-b8qFVE
http://cheirodoqueijo-linguagem.blogspot.com.br/2012/08/mira-mira-no-tengas-medo-no-tengas-medo.html
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