quinta-feira, 11 de outubro de 2012

A Floresta de Jonathas, de Sérgio Andrade


Por Roberta Bonfim
O último filme que assisti no Festival de cinema foi, “A Floresta de Jonathas”, primeiro filme do Norte que ultrapassa as barreiras invisíveis dos grandes Festivais e inaugura a presença da região no Festival do Rio. E entra pela porta da frente. O cine Odeon, dessa vez não estava lotado, mas quase se entende. Segunda feira, depois de uma overdose de tantos filmes. E preciso lamentar aos que não viram, pois perderam a linda chance de respirar os sons da Amazônia com um guia especial, um que se perde e se torna parte da floresta que não perdoa, mesmo quando alivia. Porém, antes de começarmos a ser invadidos por um verde amazônico, pudemos assistir a animação Realejo, lógico lembrei-me dos queridos do grupo Bagaceira de Teatro.

Quanto ao longa metragem, ricamente dirigido por Sérgio Andrade; é um grito, uma entrega e trás outras possibilidades. A de quem vive e convive com a Floresta, realidade que não se propõe a falar sobre os clichês. Além dos atores que em sua maioria são moradores de fato das região Norte, temos uma Ucraniana, um indígena e Chico Diaz.
Jonathas vive com os pais e o irmão numa área rural do Amazonas, vivem do que colhem e vendem em sua barraca de frutas na estrada. A barraca é o lugar de contato com as novidades do mundo. Ele e o irmão conhecem a ucraniana Milly e o indígena Kedassere e decidem acampar juntos na floresta. Onde Jonathas empreende a mais transformadora de suas jornadas.
A Floresta de Jonathas nasceu da livre inspiração em uma história real e foi o primeiro longa metragem da região Norte do Brasil contemplado no Edital de Longas Metragens de Baixo Orçamento da Secretaria do Audiovisual do MinC. O filme também participará da Mostra de São Paulo e do Amazonas Film Festival e representa um grande passo na descentralização cultural de nosso cinema. 
Vale conferir!

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