Por Roberta Bonfim
O último filme que assisti no Festival de cinema foi, “A
Floresta de Jonathas”, primeiro filme do Norte que ultrapassa as barreiras
invisíveis dos grandes Festivais e inaugura a presença da região no Festival do
Rio. E entra pela porta da frente. O cine Odeon, dessa vez não estava lotado,
mas quase se entende. Segunda feira, depois de uma overdose de tantos
filmes. E preciso lamentar aos que não viram, pois perderam a linda chance de
respirar os sons da Amazônia com um guia especial, um que se perde e se torna
parte da floresta que não perdoa, mesmo quando alivia. Porém, antes de
começarmos a ser invadidos por um verde amazônico, pudemos assistir a animação
Realejo, lógico lembrei-me dos queridos do grupo Bagaceira de Teatro.
Quanto ao longa
metragem, ricamente dirigido por Sérgio Andrade; é um grito, uma entrega e trás
outras possibilidades. A de quem vive e convive com a Floresta, realidade que
não se propõe a falar sobre os clichês. Além dos atores que em sua maioria são moradores
de fato das região Norte, temos uma Ucraniana, um indígena e Chico Diaz.
Jonathas vive com os
pais e o irmão numa área rural do Amazonas, vivem do que colhem e vendem em sua barraca de frutas na estrada. A barraca é
o lugar de contato com as novidades do mundo. Ele e o irmão conhecem a
ucraniana Milly e o indígena Kedassere e decidem acampar juntos na floresta. Onde Jonathas empreende a mais transformadora de suas jornadas.
A Floresta de Jonathas
nasceu da livre inspiração em uma história real e foi o primeiro longa metragem
da região Norte do Brasil contemplado no Edital de Longas Metragens de Baixo
Orçamento da Secretaria do Audiovisual do MinC. O filme também participará da
Mostra de São Paulo e do Amazonas Film Festival e representa um grande passo na
descentralização cultural de nosso cinema.
Vale conferir!
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Some: