sábado, 16 de fevereiro de 2013

Django Livre, Tarantino


O 8º filme dirigido por Quentin Tarantino, Django Livre (Django Unchained, 2012) marca a realização de um sonho do cineasta, dirigir um longa metragem ambientado no Velho Oeste. Mas, apenas ambientado, já que estamos falando sobre Tarantino e sua antítese ao convencional.

O enredo se desenrola em 1859, no Sul dos Estados Unidos, dois anos antes da grande Guerra Civil, e da libertação dos escravos nos estados yankees. Na trama Django (Jamie Foxx) e sua esposa Broomhilda (Kerry Washington) fogem de uma fazenda sulista e são brutalmente castigados após serem resgatados. E são vendidos separadamente.

No caminho para sua nova morada Django e seu grupo são surpreendidos por, Dr. King Schultz (Christoph Waltz), um caçador de recompensas que encontra em Django a melhor forma de chegar aos procurados Schultz. Assim, se estabelece uma relação desses dois homens um alemão justiceiro, o outro negro libertado em busca de sua mulher. Libertador e Libertado!

Django Livre é o segundo filme de um acerto de contas histórico, iniciado pelo cineasta em Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds, 2009). Onde um grupo de judeus enfiando a porrada em nazistas, e uma judia fugitiva queima, os grandes chefes nazistas. Bastados Inglórios foi um dos melhores filmes que já assisti, e precisa até fazer às vezes de poliglota, tanto que não parece filme americano. Em Django, mais um acerto de contas, agora o personagem é um caçador de recompensas negro metendo bala em escravocatas sulistas, tornando-se um símbolo em época de escravidão. É o cinema mais uma vez se vingando das injustiças históricas.

E apesar das inúmeras cenas de sangue, o Tarantino mantêm os diálogos forte e o humor irônico. Cada vez me encanto mais com a genialidade de Quentin Tarantino.

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