terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

O Voo, Robert Zemeckis


Puta que o Pariu Deise Washington! Foi essa minha primeira expressão ao terminar de assistir o filme, ao tempo que a lágrima escorria pelo meu rosto e as reflexões borbulhavam em minha mente. O Voo, filme de Robert Zemeckis, com maravilhoso roteiro de John Gatins é emocional e emocionante, por tratar da vida com todas as suas possibilidades e do homem com toda fragilidade de ser. Certamente precisavam de um ator forte e Denzel Washington, caiu como luva.


 Whip Whitaker (Denzel Washington) um ótimo piloto de aviões, que pilota voos comerciais, divorciado, só, alcoólatra, usuário de drogas, e que se torna o grande queridinho da mídia, visto mesmo, como um herói norte-americano, após conseguir pousar uma aeronave em inúmeras condições adversas, depois de uma pane no sistema. Alguns dias depois, a ficha cai para outras versões dos fatos: ele estava sobre a influência de drogas e álcool no momento do acidente, daí começa outro conflito para o personagem, que descontrolado afasta tudo que lhe é grato e é ai que aparece a genialidade dessa equipe que consegue fazer acontecer quase que organicamente toda essa dualidade humana.

O roteiro é forte ao falar sobre Deus e nos milagres da vida, mas que mesmo esses para que aconteçam, antes precisa de que seja feita uma escolha. Assim, o grande centro das atenções do filme fica mesmo por conta das indagações e dúvidas sobre a vida que o personagem principal leva. Whip sabe que a vida que leva é desregular e que pode colocar muitos em risco. A grande questão é: será que ele quer mudar? Há a tentativa óbvia de abandonar esse passado cheio de álcool e drogas, mas algumas situações o levam ao caos emocional o que gera mais consequências. Essa briga teoricamente interna, ganha a tela, e quem assiste sofre junto com ele, e com os demais personagens que o rodeiam como; a ex mulher e filhos, amigos, admiradores, a namorada, a amiga e parceira de trabalho e com a verdade sobre si e as fraquezas que trazemos conosco, mas também com toda fortaleza possível. Herói dos outros, vilão de si mesmo? Assim é o personagem? E não são assim todos? J

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