quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

12 Anos de Escravidão, de Steve McQueen.


Quando vi o titulo, fiquei curiosa, mas um tanto receosa de assistir. Não estava disposta a ver tristeza, mas daí vieram algumas informações relevantes que me levaram a assistir ao filme com vontade; primeiro, descobri que é baseado em fatos reais, assim eu não estaria apenas vendo um filme triste, mas uma realidade que foi triste e que agora nos pode ser revelada, depois o Globo de Ouro e por fim descobrir que fora dirigido por Steve McQueen. Junta tudo isso e o fato é que felizmente assisti ao longa que além de fortes cenas, fotografia poética e luz bem trabalhada, ainda tem um roteiro de vida e uma história, tem o por que, o como, onde, quando,  o que e quem.
Solomon Northup (Chiwetel Ejiofor), negro livre, nos Estados Unidos da América, mais especificamente em Nova Iorque, onde vive com a mulher e filhos. Leva uma vida tranquila, entre os dotes de carpinteiro e seu talento para tocar violino. Mas como Pinóquio foi atraído pela ideia de uma vida melhor, aceita o convite de dois homens para entrar numa digressão. E é ai que começa seu pesadelo, pois é vendido como escravo e torna-se Platt em Louisiana, onde sobrevive por 12 longos anos de escravidão.
E o mais triste depois de tudo é pensar que tantos anos depois ainda somos tão mesquinhos e preconceituosos com o ser, com o igual. Custo a crer na nossa pequenez nos decorrer das nossas muitas histórias. Mas em fim, são muitas as reflexões deixadas pelo filme que consegue ser atual mesmo contando uma história do passado. E ganha força com a trilha sonora, músicas negras, lindas, vozes que chegam à alma.
Há no elenco ainda Michael Fassbender, Benedict Cumberbatch, o lindo do Brad Pitt, Paul Giamatti, Paul Dano e Lupita Nyong'o.

Queria ter assistido esse filme com João Paulo Pinho, Magno Carvalho e Kiko Alves, para depois conversarmos por horas e horas e horas.

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