Se tem uma coisa que me emociona
muito nessa vida, é assistir aos filmes de Breno Silveira. Sempre termino
acreditando que ele é um tipo de mago do cinema, que consegue unir em sua formula cinematográfica, roteiro de
qualidade, atores absolutamente sensíveis e capazes, com uma fotografia massa,
trilha envolvente e cenários tão nossos, ainda não tomados pelas muitas
informações que adoramos espalhar por ai. É como se fosse buscar a essência e
que ao apresenta-la, ele se esbarra com as nossas essências e assim... é sucesso.
Sucesso no amplo sentido dessa palavra e no cuidado de quem sabe a
responsabilidade de propagar informação e inspirar reflexões. O fato é que tudo
isso já era um fato depois de Gonzaga de Pai pra Filho (http://robertabonfim.blogspot.com.br/2012/09/gonzaga-de-pai-para-filho-festival-de.html),
mas...
Á Beira da Estrada é simples. Se desenrola fortemente
na estrada e narra a emocionante história de João, vivido pelo talentosíssimo
João Miguel, um homem que encontra na estrada uma saída para esquecer os
dramas de seu passado, sem atentar que seu passado só vive em si. Por acaso ou
sorte, seu caminho se cruza com o de um menino em busca do pai que nunca
conheceu, vivido pelo gracioso Vinicius Nascimento. E a partir desse encontro, nasce uma bela
relação que movimentará o delicado equilíbrio construído por João para
enfrentar seus fantasmas, tudo ao som de Roberto Carlos, que ali na cena me fez
entender o por que da realeza. Outro destaque do filme é a interpretação de
Dira Paes, especialmente na cena do parque/feira em que tornam-se três e de
repente começa o processo de equilíbrio.
A fotografia do filme é uma arte
à parte e as frases de caminhão enchem a tela de uma emoção boa de sentir e uma
vontade de sair pela estrada. É isso! O filme de Breno é um convite a pegar
estrada e descobrir novos/nossos caminhos. Vamos?
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