domingo, 2 de fevereiro de 2014

A Vida Secreta de Walter Mitty, de Ben Stiller.


A máxima da minha relação com esse filme é que eu queria ser o próprio Walter Mitty, para passar por todas as paisagens pelas quais o personagem passa. Mas, não dá como de alguma forma também não deu ao filme, que por vezes me remete Florest Gamp, só que menos poético e beirando o estigma dos filmes de autoajuda. O contraditório a isso é por que ele tende a ser um belo filme, mas por qualquer razão se perde, beirando o surreal e afastando o espectador.

O roteiro não é ruim, mas o ritmo da narrativa, bem como algumas não conclusões, faz com que essa história de redescoberta da natureza livre e selvagem do personagem, fique enfadonha. Walter Mitty (Stiller) é um sonhador responsável pelo setor de arquivo e revelação da tradicional revista Life, que em sua última edição impressa recebe a solicitação de um famoso fotografo que se utilize na capa a foto número 25. E é ai que o filme deveria ganhar ritmo, ou pelo menos acompanhar o do personagem, já que a tal foto não está no pacote e ele é obrigado a procurar pelo misterioso fotógrafo, que não tem telefone e vive por lugares perigosos em busca de grandes imagens, e é ai que surgem as belíssimas paisagens do filme.
Como não pode falta romance, Mitty é apaixonado pela colega de trabalho Chery (Kristen Wiig), mas há entre os personagens uma relação morna e não estimulante, quem também está no longa é o talentosíssimo Sean Penn. O ator tem um ponta curtíssima como o fotógrafo Sean O'Connell, mas consegue capturar com perfeição o espírito de alguém que vive de "capturar o espírito" das pessoas e das coisas, mesmo sendo menos aproveitado do que poderia.
O longa conta com um ótimo design de produção. No início, temos o confronto claro no universo cinza do personagem com as cores de seus sonhos. Ao final, a situação é um pouco diferente. Os efeitos visuais, os cenários e a fotografia são méritos do filme. A trilha mesmo sendo demasiado pop aos meus ouvidos, soma bem ao apresentado.

È um bom filme, penso que eu que esteja bem acostumada com trabalhos mais conceituais. Mas certamente esse é um bom filme para domingo. Que tal um cineminha?

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