Nesta última terça depois de muitas
leituras e reflexões, parei para ouvir com a atenção merecida o som de Caio
Prado. E que delicia, sinto mesmo agora com essa voz e letras que narram
histórias e/ou situações despertando tantas emoções e reflexões o retorno à uma
época em que sempre havia tempo para ouvir música boa. Lembro-me da fita no
gravador ao som de Djavan, Milton Nascimento, Nana Caymmi e suas músicas de fazer o tempo parar. É isso! O tempo para ao som de Caio Prado.
Logo na primeira faixa a
percepção do cuidado com a música apresentada, “nessa casa de vidros
ancestrais... Não existe o eu fora dos nós”, além da voz espetacular de Caio
Prado, a melodia, poesia, arranjos, tudo absolutamente harmônico, o que vai em
crescente no decorrer das faixas com letras vivas e pulsantes. A segunda faixa
me emociona por que sempre me lembra de uma pessoa querida, me faz reviver
momentos que me balançam, e se faz viva. Fazendo-me mais viva. Vestida de sol. Diria. :D
Mas é quando lamenta “não temo a
palavra adeus, não vou chorar por muito tempo, nessa falácia eu me rebento. Lamento,
nem todos os versos são só teus, não vou cobrar teus sentimentos, livrai-me
agora da degola de ser teu... lamento” que me faz parar para ouvir e reouvir, e
ouvir outra vez, principalmente quando me recordo que Caio é um jovem de 22 ou
23 anos. E com tanta alma e poesia.
Um jovem que canta “se um dia eu
quiser morrer, nada terá haver com a chuva da manhã. Se um dia eu quiser
morrer, se um dia eu quiser morrer, nada terá haver. Descarte a profusão do
trânsito, as horas na fila do banco... a ausência das contas não pagas, ausência
do vencimento... ausência da miséria... Se um dia eu quiser morrer, haverá
música...” Caio Prado e sua voz que faz da sua poesia melódica obra de arte.
Faixa a faixa mais da vida em doce poesia cantada por essa voz que é
benção e certeza de Deus.
Cada faixa tem uma grata surpresa. Mas, assumo que ouvir "Não recomendado" é lembrar de uma trupe que quando se junta
ilumina, Caio Prado, Daniel Chaudon, Diego Moraes e Tais Feijão. Grata!
Grata Caio Prado por cada letra,
música, som. Grata pelo sentir, por sua voz de anjo, pela alegria,
participação, pelo bem querer e por cada canção. Luz!
“Abre a porta, neguinho. Enfrente
a porta neguinho.” Sempre me jogarei nos teus braços e nos teus sons.
PARA OUVIR:
https://soundcloud.com/ocaioprado/prel-dio-caio-prado/s-0AjAX?in=ocaioprado/sets/n-o-recomendado-caio-prado/s-0AjAX
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