sábado, 1 de fevereiro de 2014

O Lobo de Wall Street, de Martin Scorsese.

Foi quando entrei na faculdade de jornalismo que ouvi o termo lobista pela primeira vez, e ao ver o título O Lobo de Wall Street, no cine estação por alguns dias, fui ficando curiosa. Seria lobo selvagem ou lobista ambicioso (o que o faz dele o mais cruel dos selvagens)? O fato é que desde a primeira cena o filme captura para si. A atuação do Leonardo DiCaprio, interpretando Jordan Belfort é algo que mais uma vez surpreende positivamente.

O fato é que Scorsese por si só já vale o filme, e quando vem com uma história real e tão presente nos dias de hoje, nos efeitos pirâmides de algumas empresas e na lábia para coagir o outro, ludibriar sonhos e enganar pessoas, mas... Não são essas pessoas também enganadas e roubadas por um sistema que sempre deixa o ser humano em segundo plano? Questionei-me sobre o posicionamento de Jordan, mas acima de tudo eu me perguntava o que Scorsese e sua equipe estavam querendo dizer. Scorsese  não coloca o personagem como um herói, mas, também não o julga.  Apenas deixa que ele se apresente.

Isso por que o longa é narrado por seu personagem que se apresenta e conta sua história, desde quando trabalhou duro em uma corretora de Wall Street por seis longos meses, seguindo os ensinamentos de seu mentor Mark Hanna (Matthew McConaughey). E quando finalmente consegue ser contratado como corretor da firma, acontece o Black Monday. Sem emprego e com ambição de sobra, vai trabalhar em uma empresa de fundo de quintal que lida com papéis de baixo valor, que não estão na bolsa de valores. E é nesse ambiente que Belfort começa a mudar a história da sua vida. Donnie (Jonah Hill) torna-se seu parceiro e melhor amigo, e junto com os amigos dos velhos tempos, criam a Stratton Oakmont. Uma empresa que faz com que todos enriqueçam rapidamente e, também, levem uma vida dedicada ao prazer. E quem não gosta do prazer? A questão é, que como tudo é preciso que haja um limite, do contrário o prazer toma o poder. E esse personagem percebe vários sinais e provoca grandes modificações na sua história, dando sempre a volta por cima. Penso que seja esse o caminho, indicar retomadas melhores do que as estradas já traçadas. Talvez...

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