Com um titulo que deixa claro que
o filme não é nem de longe óbvio. O filme de Spike Jonze ressalta que tudo que
se precisa é de amor.abordando o feminino,
que por si só faz-se complexo, e quando além de ser feminina, é-se um
sistema operacional, sem os conflitos: quem somos? de onde viemos? quem seria
Deus? Assim é Samantha (na voz deliciosa e bem humorada de Scarlett Johansson),
com quem Theodore Twombly (Joaquin Phoenix) se envolve depois de longo tempo
sofrendo o fato de sua mulher ter pedido divorcio.
O filme começa de forma inusitada,
com o rosto de Theodore ocupando toda a tela. Ele lê um texto que parece fazer
parte de uma carta dirigida à Chris. O texto fala sobre lembranças do
relacionamento que, agora, está completando 50 anos. Após terminar de declamar
o texto, Theodore pede para que a carta seja impressa. Em seguida, ele começa a
criar outra carta. A câmera se afasta, e vemos vários cubículos com pessoas
fazendo o mesmo que Theodore. E de cara vem à reflexão, bem como a sensação da
solidão.
O filme se passa em um futuro
próximo e trás pitadas de várias épocas, deixando o filme de certo modo atemporal,
além do tempo espaço. E fala sobre a condição humana em sua permanente busca
pelo amor, e pelo ser aceito. E tudo isso assusta, porque apesar de ser uma
ficção, ela torna de forma muito exata muito do que acontece e do que vai
acontecer na vida real. O fato é que estamos falando de uma obra prima e que
precisa ser assistida pelo maior número de pessoas, para quem sabe assim algo
seja provocado na semente humana. E quem sabe não encontramos todos com
Samantha nesse lugar. Eu sonhei com ela organizando todos os meus documentos e
contatos. Seria lindo!
Mas, com quem eu queria encontrar
mesmo era com Spike Jonze que a cada novo filme mais me leva a admira-lo e
respeita-lo.
Quem nunca quis ser John Malkovich? :D
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