quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Her (Ela), de Spike Jonze.


Com um titulo que deixa claro que o filme não é nem de longe óbvio. O filme de Spike Jonze ressalta que tudo que se precisa é de amor.abordando o feminino,  que por si só faz-se complexo, e quando além de ser feminina, é-se um sistema operacional, sem os conflitos: quem somos? de onde viemos? quem seria Deus? Assim é Samantha (na voz deliciosa e bem humorada de Scarlett Johansson), com quem Theodore Twombly (Joaquin Phoenix) se envolve depois de longo tempo sofrendo o fato de sua mulher ter pedido divorcio. 

O filme começa de forma inusitada, com o rosto de Theodore ocupando toda a tela. Ele lê um texto que parece fazer parte de uma carta dirigida à Chris. O texto fala sobre lembranças do relacionamento que, agora, está completando 50 anos. Após terminar de declamar o texto, Theodore pede para que a carta seja impressa. Em seguida, ele começa a criar outra carta. A câmera se afasta, e vemos vários cubículos com pessoas fazendo o mesmo que Theodore. E de cara vem à reflexão, bem como a sensação da solidão.
O filme se passa em um futuro próximo e trás pitadas de várias épocas, deixando o filme de certo modo atemporal, além do tempo espaço. E fala sobre a condição humana em sua permanente busca pelo amor, e pelo ser aceito. E tudo isso assusta, porque apesar de ser uma ficção, ela torna de forma muito exata muito do que acontece e do que vai acontecer na vida real. O fato é que estamos falando de uma obra prima e que precisa ser assistida pelo maior número de pessoas, para quem sabe assim algo seja provocado na semente humana. E quem sabe não encontramos todos com Samantha nesse lugar. Eu sonhei com ela organizando todos os meus documentos e contatos. Seria lindo!
Mas, com quem eu queria encontrar mesmo era com Spike Jonze que a cada novo filme mais me leva a admira-lo e respeita-lo.

Quem nunca quis ser John Malkovich? :D

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