Por Roberta Bonfim
Quando menos é mais? E quando é
menos que nada e ainda sim faz uma diferença tremenda? É isso que o longa
metragem dirigido por Carlos Gerbase, propõe a partir de uma história,
diferente das que estamos acostumados a ver no cinema brasileiro. Com uso de um
jogo de câmeras que permite um efeito de 360º graus em torno dos personagens em
momentos propícios do enredo. Os giros significam momentos de revelação, de
ideia ou de mudança.
O longa “Menos que Nada” começa nos levando a crer que vaio se tratar de questões sobre a vida e a morte, mas está
para além disso. É quando começa o desenrolar sobre como o protagonista Dante,
vivido pelo ator Felipe Kannenberg, foi parar em um hospital psiquiátrico. O
quebra cabeça começa a ser montado por uma jovem médica, Paula, vivida por
Branca Messina, que aceita o acaso e faz de Dante seu objeto de pesquisa.
São das entrevistas realizadas
por Paula, com quatro personagens importantes para vida de Dante, que é possível
remontarmos as últimas semanas de vida lúcida do mesmo e então tentar esclarecer
o que pode ter acontecido.
Junto a todo esse emaranhado de possibilidades
e histórias, existem ainda fósseis pré-históricos, que são na realidade os
grandes catalizadores da narrativa e suas alterações. A partir deles Dante que
desde a infância havia se travado por guardar inconscientemente a culpa pela
morte da mãe, cria animo ao encontrar os fósseis, uma possível paixão e seu amor
infantil. Sua relação com o sexo também é um fato que deve ser ressaltado.
A questão é que há roteiro, uma
boa direção a magnifica atuação de Kannenberg que nos convence com absoluto
empenho de que estamos diante de um esquizofrênico. Mais fica por ai, no mais o
filme cai no pecado da ingenuidade artística, com um elenco um tanto fraco. A
atriz Branca Messina, por vezes encanta, mas falta maturidade ao elenco.
No mais é um bom filme e merece
palmas, pela coragem da inovação. Eu recomendo!
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