quarta-feira, 29 de junho de 2011

Meu Nome É Khan

Gosto muito de filmes israelenses! - disse um amigo certa vez. Depois alguém me chamou atenção para importância do cinema indiano. Eu por minha vez nada podia dizer, só havia assistido “Quem quer Ser um Milionário’ e alguns outros que apesar da boa fotografia, causaram-me sono, mas fui surpreendida com Meu Nome É Khan. E preciso admitir quero assistir outros tantos filmes indianos, eis a melhor forma de entender pelo menos um pouco dessa cultura tão repleta de fé e beleza e tão facilmente levada a “injustiças”.
O longa, é bem longo, com duração média de três horas, que nem são sentidas, devido a qualidade do filme. Interpretando o protagonista Rizwan Khan, o grande astro indiano Shah Rukh Khan, dá um show de interpretação e talento. O personagem não é fácil, por ser um autita moderado e ter sido sempre o centro das atenções da mãe e é quando a mesma morre que Khan se muda para os EUA, onde mora com seu irmão mais novo e sua esposa.

Vencendo seus problemas Khan conhece uma cabeleira, ricamente interpretada pela belíssima Shahrukh Khan e se apaixona, no caminho dessa conquista é possível se deparar com uma impressionante fotografia, repleta do olhar estrangeiro. Ponto alto ao jovem ator que interpreta o filho de Shahrukh Khan.
A questão principal é que “Não importa que abracemos o Corão, a Bíblia ou a Torá. Todos podemos conviver se utilizamos a mesma plataforma de diálogo. Um filme pode ser essa plataforma", disse o diretor Karan Johar.
O filme trás emoções e mensagens pseudo-políticas e é demasiado forte, sem deixar de ser um filme ingênuo, centrado em um homem ingênuo - um muçulmano com um leve autismo, que percorre os Estados Unidos para transmitir uma mensagem ao presidente: "Meu nome é Khan e não sou um terrorista".
As cenas distinguem claramente o mau e o bom, sem dissimulações e sintetizam o período transcorrido entre o 11 de setembro que mudou o mundo e hoje, George W. Bush e Barack Obama.
O filme é belo e reflexivo, aconselho um lenço, no caso de uma lagrima lhe fugir aos olhos.

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