segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Criolo!!!

O palco é uma libertação ou um transe? Uma entrega ao mundo ou uma recusa do mesmo? E a música feita com coração, cabe em definições? Essas são algumas das muitas questões que me surgiram depois de uma overdose de Criolo, que começou do ser, para depois chegar na música. 


Primeiro tentei mergulhar no ser que fala sem pudor das sensações e percepções de um sistema do qual estamos todos inclusos e se inclui e assume-se mais um, mesmo que tentando com arte fazer a diferença. Ouvi Criolo umas três vezes falando e eu que nunca fui a um show seu, assisti a gravação do seu DVD no Circo Voador, durante quase todo domingo e olhando-o pensei sobre o nome; Criolo. Pensei sobre a raiz etimológica e sobre o processo criativo. E lembrava à todo instante da outra postura do mesmo ser. Que quando sobe ao palco transforma-se no que é, ou no que gostaria de ser? E se fosse, o que seria? E nós, o que seriamos?


Me perguntei por diversas vezes sobre a existência do amor, da dor e do respeito, ouvindo-o revisitei-me, buscando visitar esses outros seres. Me perguntei sobre a pessoa, desejei um papo inacabável, sonhei com ele no artevistas, achei que um combina com o outro e que eu seria dispensada nesse dia, não fosse minha profunda curiosidade em conhecer mais sobre essas percepções e sobre esse ser que de olhos fixos pouco fala enquanto canta, por já falar demais ao cantar.
Venho pois assumir minha nova e grata satisfação com esse ser que faz esse som. Criolo.

Grata Gyl, foi talvez o meu melhor presente de Natal.

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