Eu que já ouvia Tiê desde que cheguei ao Rio, nunca tinha
parado para ouvi-la de fato, talvez por um 'preconceito' com os cult's bacaninhas
que pontuam algumas músicas como referência base da música popular brasileira.
Mas nesse caso quem perdeu foi eu, perdi tempo de música tranquila que inclusive inspira romance.
Pelo menos é isso que tem ocorrido comigo desde que me
deixei levar por um amigo querido ao show de Tiê, na Caixa Cultural, em
Fortaleza. Eu que não conhecia ainda o prédio depois da reforma, fiquei feliz
com o que vi em estrutura, mas achei vazio.
Mas vamos ao show. Antes de
assistir ao show pela primeira vez, tive a chance de conversar um pouco com a
própria, bem como ver mais de perto a 'rotina' desta banda tão bem arranjada.
E começa o espetáculo, assistimos de cima e havia um vidro
que me incomodou durante um tempo, mas depois como magia, transcendi a ele e assisti
ao show, com a atenção de quem assiste a um fado. Ouvi cada música, mesmo as já
ouvidas com a atenção de uma criança descobrindo um mistério. Eu me surpreendia
e gostava do que via e ouvia e mas ainda da
alegria leve de se fazer o que se gosta, e faz bem. O dialogo respeitoso com a
plateia, o senso de humor e a competência fazem do show uma brincadeira séria,
um local de doce reflexão e lazer.
Parêntese para Naná, seu estilo e som tão particular. E para
o permanente equilíbrio do palco. É preciso dizer que estava lindo o público participativo.
Grata William Mendonça, torço para que na próxima tenhamos
tempo para um papo artevistas.
P.S. Imagens do show Tiê TJA - WM Cultural.
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