Os instintos, são forças que não
devem ser subestimadas.Essa sempre foi uma percepção obvia pra mim, mas ao
assistir Instinto, do diretor Jon Turteltaub, onde Anthony Hopkins interpreta Ethan Powell, um
antropólogo que é uma mistura de Diane Fossey e Hannibal Lecter. Depois de
viver mais de dois anos em meio aos gorilas, na África, foi preso por
assassinar brutalmente dois homens e deportado para os Estados Unidos a fim de
`não manchar o nome da Universidade em que lecionou.
Enviado para uma penitenciária de
segurança máxima onde os funcionários parecem caricaturas. É nesse ambiente que
o residente de psiquiatria Theo Caudell (Cuba Gooding Jr), que pretende escrever
um best-seller inspirado no caso, começa a atender o professor e a tornar-se
seu real aluno. A penitenciaria, o professor e a bela Lynn, filha do antropólogo,
mudam o olhar e as prioridades de Theo.
Instinto, além de abordar a
violência (e a super-lotação) nas prisões e o descaso para com os pacientes
psiquiátricos, ainda tenta encontrar
tempo para fazer uma apologia do amor à natureza e para analisar as relações
familiares. Não estou certa se o filme alcança o publico que a que se pretende,
mas eu fui particularmente fisgada pelos diálogos codificados e bem pensados,
além de bem executados. A cena em que terapeuta é fisgado pelo antropólogo e
que lhe pergunta o que foi perdido, é algo transformador.
Instinto é como seu nome diz, um
pouco áspero, mas chega à fundo.
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