segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Era uma vez, Eu, Verônica, de Marcelo Gomes


Eu uma vez eu... Todos devíamos ser como Verônica e registrarmos nossos pesares, fazendo um diário de vida. Mas, e lá sobra tempo, nesse mundo cão? - Pergunta você ao ler a indicativa. Se não sobra, ponha-se pelo menos a assistir esse longa-metragem de Marcelo Gomes, feito na medida para Hermila Guedes, e para inspirar boas reflexões e estimular novos olhares.

Eu queria ter assistido esse filme desde faz tempo, por está vivendo um momento de muita paixão e respeito pelo cinema pernambucano, que atualmente se destaca como terceiro maior polo cinematográfico do país. Sendo aclamado pela crítica especializada e pelo público em geral, as produções do cinema de Pernambuco brilham nos festivais nacionais e internacionais com uma representatividade tão grande que se torna impossível falar em cinema brasileiro e não falar deste cinema. Mas também por que soube que o querido amigo pernambucano Anthero Montenegro estava no elenco.
Assisti-lo e me encantar com a simplicidade da personagem em ser-se e da naturalidade da atriz em sê-la. A reflexão sobre a forma de tratar, de dialogar a critica a uma academia ultrapassada, a relação pai e filha.  Verônica com Verônica. Verônica respeitando sua sensualidade e libido, deixando as vistas um pouco da mulher contemporânea, que precisa cuidar da casa e do trabalho, sem se perder de si.
A fotografia do filme mostra uma Recife tão bela, que apesar dos meus traumas com a cidade senti vontade de voltar por lá. E há ainda uma outra mulher que se destaca no filme, a cantora Karina Buhr, que canta Mira o que parece se acomodar nas cenas e no todo do filme. Grata surpresa!

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