domingo, 21 de agosto de 2011

Língua



Voltar pra casa é sempre um exercício, escadas e ladeiras, e gente, muita gente, pessoas da Lapa, dos mais diversos tipos e jeitos. E para minha surpresa, mais uma dentre tantas, na subida dessa escada, tem uns teatrinho lindo, super aconchegante, do tipo que eu quero vim a me apresentar, mas dessa vez fui convidada a assistir o espetáculo Língua e o convite partiu dos atores em seus figurinos. Como resistir?

Entramos camisinhas no balcão, como não podia deixar de ser em uma cidade tão sexual e começa o espetáculo. Um tapete vermelho estendido no chão, dois atores e um músico, assim que se apresentam.
Língua é sem via de dúvidas um espetáculo dinâmico, extrovertido, que coloca uma super lente de aumento nas questões de comportamento, vemos em cena alguns casais e as identificações são ótimas e a risada é certa e lembro, no palco há dois atores, Nanin e Humberto e um músico Fernando. De machos a fêmeas, de mulheres surgem homens e assim as relações são discutidas e reveladas.
O encontro dos personagens se dá numa balada qualquer, numa noite qualquer, o que nos leva a ter foco na informação da peça. “São situações. Que sugerem uma continuidade... Ou não”.
Sair do espetáculo cheia de uma alegria boa, pela constatação do poder do ato teatral e tudo que vem junto. E que as línguas falem, ajam e comuniquem.

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