sexta-feira, 5 de agosto de 2011

A Mulher Revoltada

Para minha tristeza esse é o último final de semana do Projeto Nova Dramaturgia, mas para minha alegria, encerra com chave de ouro e boas gargalhadas. Isso mesmo, gargalhadas. E devo admitir, um certo orgulho em ser nordestina e ver o teatro tão latente no nordeste. “A Mulher Revoltada”, é resultado da união de um texto excepcional de Xico Sá, uma boa direção de Fernando Yamamoto e o talento indiscutível do grupo Clowns de Shakespeare, do Rio Grand“i” do Norte.

Primeiro fui tomada por uma pontinha de decepção, é triste mais no Rio de Janeiro, as pessoas também vão ao teatro na procura dos grandes astros, ou basta mesmo que sejam globais. (RS!). Quase ninguém para assistir um espetáculo tão bom e divertido, talvez um pouco caricato. Mas o que não é caricato nos dias de hoje? Entre clássicos do bolero e o bregão (que não adianta negar existe em todos nós); A mulher revoltada se apresenta: Lucinha, mulher de trinca e poucos anos casada com o editor-chefe de um jornal e tem um “caso” com m repórter iniciante, um foca, metrossexual, sem nenhum talento ao heroísmo e com histórico brocha. Na composição da trama, Xico Sá admite três influências: uma do estilo Woody Allen de fazer cinema, a dramaticidade e o machismo de Nelson Rodrigues, além do mundo exagerado e carregado de latinidade de Pedro Almodovar.

O espetáculo, trás diversas críticas, e muitos risos. Segue em cartaz no Sesc Copacabana até domingo,vale a pena conferir.

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