sábado, 30 de outubro de 2010

…Que são deles!

Existem pessoas que aparecem em nossas vidas e de repente, do nada e como quem não quer nada nos enchem de alegria. Felizmente papai do céu me presenteou com amigos fantásticos e cheios de magia e carisma. Cada um me ensina algo, me mostra outras possibilidades e me enchem de amor, carinho e bem querer. Eu bem tento retribuir, mas por vezes não consigo e por isso peço perdão a eles e a mim, por não ter sido mais.

Sempre podemos ser mais. Doar-nos mais, abraçar muito mais. Afinal existe coisa mais forte que um abraço de um amigo? São dos braços dos meus que me sinto quentinha e bem guardada, protegida e amada.

Amo-os tantos que os privo de mim um tempo, para que não se cansem da minha prolixidade, bobeiras e amor. Não imagino minha vida sem meus amigos, dos mais diversos núcleos, tipos e pensamentos e amo dançar a minha dança, buscando acompanhar as deles.

Cada vez mais percebo que me interessa muito mais a sensação que a ação e isso graças aos meus amigos tão lindos e queridos. Nossas! Escrevendo comecei a lembrar dos muitos momentos felizes que vivi e dos anjinhos que tive e tenho a meu lado. São eles que levantam minha moral, quando penso que não sou capaz, são eles que me abraçam apertado e me preenchem de ótimas energias, são eles que a família que escolhi.

Amo muito vocês!

E sou e serei sempre muita grata por ter todos e cada em minha vida, cada um com sua magia e força.

Felicidades e muitas histórias para todos e eu! rs

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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

… que preciso escrever, para tentar entender!

“Viver é correr riscos!” disse algum gênio, que deve ter se tornado gênio exatamente por simplificar as complexidades. A vida nem é tão difícil assim, o problema é que nos sobram opções e o ser humano por ser diferente, quando se ver em sociedade, em um sistema democrático, sentem-se na obrigação de fazer parte da massa. O que é contraditório, quando pensamos que todos querem ser únicos e se possível insubstituíveis. Assim somos nós, nossas complexidades e muitos desejos, que por vezes são contraditórios.

Felizmente ou não, o mundo não gira em torno da vida de ninguém. Mas querer não é pecado e nós sempre queremos tudo e são esses desejos que nos impulsionam a viver, dia a dia, como o mar nos tenta ensinar, onda a onda.

Temos de tomar decisões a todo instante e são nossas escolhas que traçam nosso caminho e escrevem a nossa história no livro sem palavras e muitas vezes sem memória que existe em nós. A mente humana sem via de dúvidas foi à fonte de inspiração para os criadores dos bancos de dados, pois guardamos tudo em muitas pastas, dentro de outras pastas, até que não conseguimos achá-las com facilidade, com o passar dos dias a pastas seu multiplicam e racionalmente não encontramos mais nada. É quando temos aqueles brancões sem explicação e esquecemos a nossa idade, o nome de alguém com quem falamos todos os dias, o telefone de casa, e até quando tentamos lembrar se xícara é com “X” ou “CH”, pode parecer exagero mais todos temos esse tipo de indagação. No entanto, se passamos por alguma situação extrema, a memória emotiva nos tira do problema e depois ficamos sem entender o porquê de termos tomado tal atitude, ou reflexão. A questão é nem tudo é consciente, mas certamente, não é por acaso.

Dessa forma, vãos correr os riscos de nossas histórias e se possível sejamos os protagonistas de nossas vidas, correndo riscos. Especialmente o risco de sermos mais felizes.

 

interrogação

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

..Que me identifico!

A música brasileira, assim como o próprio país é uma grande misturada de tudo e todos, somos de todas as cores e cantamos todos os sons.

Mariana Aydar é a pra mim a grande surpresa e identificação desse momento.

“Eu me entendo escrevendo e vejo tudo sem vaidade...”

Penso que todos merecem ouvir Peixes, Passáros Pessoas do inpicio ao fim e se encantar com a versatildade e harmoniosidade.
Detalhe: O CD vicia. Desde de que fui apresentada a ele não saiu do som do carro.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

… Prazer!?! Eu sou seu amigo!

 

Enquanto pessoa me impressiona diariamente as outras pessoas. Ser gente é uma experiência surpreendente, mas nada simples. Ser gente é lidar com outras tantas da mesma espécie, mas com desejos, sonhos e tônus absolutamente diferentes. É respeitar uma porção de clausulas desconhecidas, tempos contatos em relógios sentimentais distintos.

“O homem é o lobo do homem”, disse Freud sabiamente.

Muito mais poderia ser escrito, mas pra bom entendedor (que são os que me interessam), meia palavra (ou meio texto) bas...

domingo, 24 de outubro de 2010

… Que Lembro!

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MTV Brasil 20 Anos - TOP 20 Especial MTV

Quem nunca assistiu MTV? Lembro-me bem da adolescência e mesmo inicio da juventude quando a grande sensação era a MTV e seu vídeo clipes maravilhosos. Conhecer um pouco sobre os artistas tão queridos. Era a TV do rock, onde desenvolvi junto dos amigos admiração por bandas que narram momentos de minha (nossas) vida (s), como: Engenheiros, Paralamas, Legião, Cássia Eller, Nirvana e tantas outras.

Lembro-me nitidamente do garoto enxaqueca, da Sabrina e do Edgar. Ai, a.. De alguma forma todos sonhávamos com aquilo tudo. Eram garotas e garotos como nós, que estavam bem perto dos grandes ídolos do momento. Lembro da repercussão do Lual MTV e tudo que veio junto.

A música brasileira era ainda maravilhosa e a televisão não tão alienadora (eu acho). Agora a MTV Brasil comemora seus 20 anos e produz alguns programas especiais, com a participação das pessoas que fizeram desse sonho uma realidade e é uma delicia reviver alguns momentos junto com elas.

Valeu MTV pelo domingo dos 20 poucos anos. Foi uma diversão!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Pensamentos Tão Meus...: Que eu divido com elas!

Pensamentos Tão Meus...: Que eu divido com elas!: "Pra começar – Uma parede diferente - Com uma taça de vinho em uma tarde chuvosa Leila pensa no mundo ao seu r..."

Que eu divido com elas!

Pra começar – Uma parede diferente


Foto Virginia na casa do João


Com uma taça de vinho em uma tarde chuvosa Leila pensa no mundo ao seu redor, nas pessoas, situações e estruturas sociais e jogando a taça contra a parede chora revoltada com o quadro que se pinta sozinho em sua mente, enquanto o vinho escorre por sua parede branca, criando uma mancha que mais parecia cena de um filme de terror. Leila chora como uma criança e pensa como uma louca, assim é ela, gozando da disposição de uma bela mulher de trinta e poucos anos e muitos sonhos realizados.

Ela grita e se joga de um lado para o outro da sala, arranca sua roupa, chora e se joga no chão, abraçando as pernas, fica como um feto. E não é possível culpá-la por sua revolta com a existência, ela apenas vê os outros e percebe com sensibilidade atitudes e sentimentos, disfarçadas em outras manifestações. Ela vê tudo diferente e não ser entendida começa a maltratá-la, pois não sabe como agir, o que fazer. Se abrir o jogo com o mundo, será tachada de estraga prazeres e talvez perca todo seu prestigio, conquistado a duras penas, mas se não agir será apenas mais uma escondendo-se por detrás do fino véu da mentira. Ambas as opções a desagradam e entristecem fazendo

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com que pense no pior. Vendo seus medos bem na sua frente e tentando encará-los sem medo de ter medo e mesmo que com muito medo seguindo em frente.

Leila parecia hipnotizada e coagida à morte. E com o caco pegue no chão descobria seu corpo magro e branco, pôs mais força e marcou-se pela primeira vez, exprimiu sua dor em um grito abafado e tranqüilizou-se dando um trago no cigarro e provando de seu próprio sangue, sorriu. Suponho que estivesse voltando a se amar, mas sua mão parecia ter vida própria e continuava a deslizar o pedaço de vidro pelo corpo trêmulo de Leila. Foi à brasa do cigarro que a salvou do transe, quando caiu sobre sua perna, queimando-a e fazendo-a voltar a si de forma tão angustiante.

Com uma expressão cansada se percebe mais velha ao olhar-se no espelho, suas idéias de felicidade mudaram e ela por fim assumiu-se perdida, jogada no meio da torre de Babel, ninguém a entendia e por vezes ele não compreendia muitas coisas. Outro choro sai de sua alma, mas dessa vez como um desabafo calado de quem aprendeu a esconder muito bem seus sentimentos. Leila admite enxergar o mundo como ela é, ou o mundo a fez assim? Certamente essa é uma de suas dúvidas, mas diferente da maioria das pessoas, não culpa ninguém, ao

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contrário agradece todos os dias por tudo que se tornou, até esse dia em que resolveu por um fim e gritar, quebrar, chorar o conhecido choro dos justos. Nesse dia ela brigou com todos incluindo ela e Deus, mas não era uma briga de despedida, e sim de esclarecimento, aquela mulher assumia-se fraca e carente, admitia sua sensibilidade e queria aprender a usá-la. Era chegado o dia de mudar toda a história da sua vida.

Ali mesmo dormiu o sono dos sofredores, dos injustiçados, mas também dos guerreiros vitoriosos, dormiu de corpo e alma, sem som, movimento ou mesmo respiração ofegante. Olhá-la naquele momento era o mesmo que olhar para uma peça decorativa um tanto excêntrica.

Foi o sono da vida, pois ao acordar as coisas começaram a mudar e o senso de observação dessa mulher desenhou mundos paralelos ao real. E ela se apresentará e te apresentará a si.


Um trecho do livro Como se... Flagra! Todos os direitos reservados

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

...Que comunico!

Na Era da informação quem sabe se comunicar vira Rei, eis o sistema, um grande jogo de Marketing. Seguimos ordens "do além” (mídias), compre,faça, viaje, veja, fale, vote, siga os comandos que ao final do jogo da vida você pode não fazer mais parte do tabuleiro, por morte morrida, matada ou ordenada. É... As vozes “do além” te mandam matar, morrer, ter e caso não tenha tire do outro. É o nosso sistema de pouca educação, que não valoriza a cultura e desrespeito ao ser humano.Mas usando-se do marketing, para parecer que tudo isso existe.

De onde vem essa voz? Por que nos deixamos enganar? Julgamos-nos muito espertos, o que piora muito, pois se quer sabemos à hora da enganação, da bala, do tiro. Sob a direção de José Padilha Tropa de Elite 2 – O Inimigo Agora é Outro, chega ao cinema brasileiro com maestria, sem ser político deixa no subtexto a importância de observar melhor a política, sem ser publicitário trabalha um tema que vende e ele sabe vender. É ele Padilha o grande cara do marketing.

E foi em nome da política e de valores ditos maiores que nasceu o cinema e a publicidade, era a comunicação em favor dessa prisão com ou sem grades. O que interessa é manter o poder, pois tudo não passa de um grande jogo de poder, informação e observação. Nada disso é novidade, mas quando ouvimos as reflexões de Capitão Nascimento (Wagner Moura) em mais um trabalho brilhante, parece que as questões são mais sérias (pelo menos foi assim pra mim). Engraçado ouvir as pessoas dizendo que o Capitão Nascimento possui um coração de pedra, pois penso que as pessoas andam bem menos sensíveis que ele e sem terem passado pelo BOPE.

A morte de André (André Ramiro) pelas costa dialoga com a covardia necessária e a falta de respeito pela humanidade, a morte banaliza-se mais a cada dia. O deputado federal corrupto, como presidente do conselho de ética é outra porrada na cara, pela falta da ética. Outro grande momento do filme é a chacina comandada por um dos chefes do presídio interpretado por Seu Jorge. Não posso deixar de citar as muitas relações interpessoais (pai e filho, pai e padrasto, mãe e pai, dominador e dominado, indivíduo e individuo). Cheguei a me emocionar em algumas cenas e entendi a classificação do filme como drama.O filme que já contabiliza quatro milhões de espectadores e os números não param de aumentar, é mais um marco significativo do cinema brasileiro. Eu indico que todos que se interessem assistam, pois vale a pena por tudo. É preciso deixar claro que é uma ficção, mas que leva a reflexão, cumprindo seu papel.

A atriz Tainá Müller que interpreta a jornalista investigativa e com quem já tive a chance de trabalhar junto, me surpreendeu em interpretação e intensidade.
 
Tecnicamente, a produção do filme deu um show, desde as locações, efeitos especiais, trilha sonora maravilhosa e um elenco afiado, após a preparação com Fátima Toledo (meu sonho).

O filme merece aplasos!

Ficha técnica
Diretor: José Padilha
Elenco: Wagner Moura, Maria Ribeiro, Irandhir Santos, André Ramiro, Seu Jorge, Milhem Cortaz, Sandro Rocha, Emilio Orciollo Netto.
Produção: Marcos Prado, Malu Miranda
Roteiro: José Padilha, Bráulio Mantovani
Fotografia: Lula Carvalho
Trilha Sonora: Pedro Bromfman
Duração: 118 min.
Ano: 2010
País: Brasil
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Zazen Produções Audiovisuais
Estúdio: Zazen Produções
Classificação: 16 anos

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Que os Galos não cantam...

O cão que é gato, sendo gente e tendo dentes...

O gato que mia, no latido do homem que fala com o cão...

O homem observa o cão tomando um banho gato...

Chega outro homem cantando de galo...

Molha o gato e espanta o cão...

Sobram apenas dois homens e o cantar de galo...

Silêncio...

O homem que aprendeu a observar cães e gatos,

Conhecia o próximo passo do homem com mania de galo.

Mas nesse galinheiro quem mandava não era ele.

O cão mesmo assustado voltou e o gato mesmo molhado ameaçou.

E o homem galo calou.








segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Que pensam política!

Lembrei-me a história de trocar seis por meia dúzia, que eu ouvia muito quando era pequena. É mais ou menos o que sinto entre meus dois candidatos. Ambos são mornos e nunca gostei de coisas mornas, ou é quente ou frio. O morno causa vômito! Penso que é essa sensação de desconforto que me matem de alguma forma afastada de toda essa campanha presidencial. Pois como defender, vestir a camisa? Sem ter fé que aquela pessoa vai fazer a diferença positiva na história fica difícil.

Dessa forma deixo claro que é a vez do povo analisar com muito cuidado jogo de palavras e aos joguetes. Dilma se disse a favor da legação do aborto. Serra usa essa informação contra a candidata e a mídia expõe que mulher do presidenciável fez aborto... hum... o que pensar? O que vale mais o que se diz, ou o que se faz?

Humanisticamente somos o que falamos ou o que fazemos? Heim? Mantendo o tema do aborto, aproveito para deixar minha opinião hoje, pois ela pode mudar em algum momento.

Penso que o aborto devera ser legalizado, mas que siga toda burocracia que se segue para resolver qualquer coisa digna e justa. Com acompanhamento de assistência social, para evitar maior banalização do sexo e do próprio aborto. Mas o direito a liberdade de ação, expressão e discussão social devem ser valorizados. Mesmo por que antes fazer com médicos especializados, que com açougueiros (peço perdão aos açougueiros por tal comparação), correndo risco de morte.

O ideal seria que todos tivessem educação, cultura e informação para evitarem a gravidez, assim como, diversas doenças, mas como assim começa a parecer impossível...

Enfim... Entre o seis e o meia dúzia, ficarei com o PT, por crer que Lula não teria trabalhado tanto para colocar o Brasil nas mãos de alguém que ele não confiasse ser capaz. Pelo sim ou pelo não me mantenho “confiante” em uma camada do PT.

Bem... é isso...





...que a cidade fez!




Tomada por uma vontade enorme de partir, comecei a estudar minha cidade para poder deixá-la. Contraditório? Não acho! Se vou ser obrigada a conhecer a terra de terceiros, para senti-la como minha, preciso esta segura sobre a minha para que eu nunca esqueça quem sou e de onde vim.

Quero sair de fortaleza para respirar outros ares e me testar longe daqui, mas a cada novo dia e novas descobertas sobre a minha cidade, mais me apaixono por ela. Fortaleza é cidade de histórias escondidas, existe um mistério delicioso em aos poucos desvendar os porquês, pra quem...

Eita! Cidade que cresceu rápido... Mudastes tanto e algumas dessas mudanças eu pude ver... Mas outras? Só se conheci em outras vidas.

Linda Fortaleza... Anos 20... Narrativa anos 70. Encontrei esse vídeo em uma das buscas por saber mais sobre a história de Fortaleza.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

...Inspirados pelos Bichos humanos!

Humanos? Homens? Bichos? Urubus? Números? Mais um? O que somos afinal? Quem fez essa divisão de vida esqueceu-se que existe algo em nós que doe além do corte, da bala. Somos humanos e temos uma coisa pouco valorizada e de peso incomensurável, temos sentimentos E é como eles codificam a informação que faz com que ela tenha suas mais diversas interpretações e seria, sendo assim, na possibilidade de sermos apenas cérebro.

Bichos humanos... Bichos e seus instintos, capacidade de construção, mas principalmente de destruição. Bichos humanos!

E é como bichos humanos, ou humanos bichos, que Plínio Marcos apresenta o homem em seu texto Barrela. O autor se caracteriza por seu teatro “sujo”, retratando muito bem o submundo, para qual fechamos os olhos. Eles simplesmente não existem para um grande parcela da sociedade. É o homem despido de valores, financeiros ou não, é ele desnudo.

Hoje entendo o porquê da censura por tantos anos. Vivemos em um sistema absoltamente hipócrita, onde somos permanentemente obrigados a usar filtros para dizer o que queremos e até mesmo precisamos e Plínio Marcos queria falar a verdade, sem utilização dos filtros nem de nada.

O texto Barrela que foi inspirado em uma história real, onde um jovem preso (inocente) foi estuprado por todos de sua cela e ao se ver livre, matou um por um. Eis o homem como bicho, vingativo e em busca de recuperar sua honra roubada. Eis Plínio Marcos e suas verdades tidas como sujas.

São três guardas (policiais) que nos recebem quando chegamos no Sesc Iracema e entre ordens e gritos um texto nos é oferecido. Em fila e com o documento na mão vamos entrando em uma atmosfera diferente, roupas espalhadas, cheiro de fumo “brabo”, luzes, sons e... Somos engaiolados!?! (Posso parecer louca, mas a sensação da está dentro da prisão não me foi nenhuma novidade, afinal, todos vivemos permanentemente presos).

Redes armadas, uma privada de chão, a imagem me remeteu as minhas percepções do livro Estação Carandiru (Dráuzio Varela), felizmente nunca estive em um lugar como aqueles. Minhas prisões são outras.

É quando o Portuga (Marcos Amaral) diz: - “Outro Dia!” (ou seria mais um dia?) O que interessa e que dessa frase em diante o clima de tensão toma conta de todos os espaços livres e nos coloca diante de uma realidade dolorosa. O doido (Fábio Frota) é uma tensão a parte.

O espetáculo é uma produção do Grupo Imagens de Teatro, sob a direção de Edson Cândido e conta com grande elenco. O grupo se dispôs a fazer um trabalho de pesquisa em cima das obras de Plínio Marcos, antes apresentaram “Abajú Lilás” não menos forte e reflexivo. Eu aconselho a todos esse momento de percepção e reflexão.

Vale salientar que quando acabou o espetáculo toda platéia estava tão anestesiada que ficou mais um ou dois minutos parada imóvel, olhando e sentindo tudo aquilo.

Barrela

Sesc Iracema quinta-feira dia 21 de outubro as 20h.

Valor :R$ 20,00 (inteira) R$ 10,00 (meia)

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Que parecem não meus!

 As vezes tenho a impressão de que as pessoas fazem uma espécie de apologia a morte, existe um medo e um prazer de tela por perto. É... Faz obrigatório dizer a todos que estamos de luto, que sofremos a perca do outro, quando n ia a dia, no geral pensamos tão pouco nesse outro, matamos seu amor próprio sem cuidado algum, matamos seus sonhos e desejos.

Julgamos e condenamos a violência e somos absolutamente violentos, quase cruéis. Deve haver em todo homem um sadó-mazó . Se repararmos redes sociais, encontraremos várias pessoas expondo seus lutos. Isso por que vivemos um apogeu do espiritismo?

A morte me assusta é claro, mas... “O poder da morte é maior que o da vida”, não tenho como fugir dela e na boa, nem gostaria, a idéia de vida eterna me assusta muito mais. Perder quem se ama é doloroso, mas perdemos pessoas de varias formas e não adianta dizer que precisávamos de um pouco mais de tempo, pois para perder nós nunca estamos preparados.

Quando penso na morte, penso na morte dos sonhos, dos pensamentos, das muitas reflexões. Sofro com a possibilidade de morte da humanidade e... Sejamos honestos a humanidade morre o tempo todo, morremos de todas as formas e ainda assim nos fazemos vivos e pulsantes.

Alguns se eternizam por seus feitos e outros por suas omissões, existem ainda aqueles que se eternizam por um instante e os que jamais são lembrados, mas mesmo esses se eternizam. É estranho encarar imagens de pessoas que já não estando entre os vivos, parecem-me mais vivos que quando vivos.

A morte deixa uma reflexão e compreensão, refletimos sobre nossas próprias vidas, planejamos fazer tudo diferente, pensamos muitas vezes como os românticos, mas na segunda feira tudo volta ao normal; compreendemos o morto, de repente todas as coisas das quais julgávamos nos parecem mais obvias, afinal, ele ERA uma pessoa muito boa. Acho engraçado o poder da morte de santificar.

Bem... Peço que eu viva e muito, ou pelo menos o suficiente para muitas perguntas e reposta, para muitas escolhas e sonhos, para muitas viagens e vida. Preciso viver até não me deixar morrer no olhar do outro, menos vivo que eu.

Ontem 33 homens sentiram-se mais vivos no Chile!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

... Qe são nossos!

Um Dia Feliz ao lado de pessoas queridas!

... mesmo desfragmentados e compartilhados!

Pergunta - Faca - Fala amolada... Não conheço faca mais amolada que a lingua humana... Penso que ela se amola com cada nova piadinha sem graça, se preparando para o grande golpe, aquele que fere muito mais que o que fisico conseuiria sentir, pois doe por dentro em lugar que não consigo identificar... Mas algo morre. E o que é pior a vida continua e se segue a estrada com um pedaço morto dentro de si. Pedaço... Que com o tempo faz do homem couro e fedor do morto apodrecido internamente.

Não quero feder... Não gosto do cheiro do feder, como se o feder pudesse ser cheiroso. Mas eu não quero apodrecer de dentro pra fora, guardo em mim um ser tradicionalista, prefiro o apodrecimento de fora pra dentro. Mas não se trata só de mim, as questões não são individuais, vivemos em conjunto e por vezes não nos suportamos, não nos falamos, ns ouvimos, nem nos ajudamos. Então estamos aqui pra que? Que diabos de merda nenhuma é essa que fazemos todos os dias?



Responde - É o mundo real! Onde não se percebe o apodrecimento internos se o externo estiver perfeito. Onde todos os dias não nosolhams, não nos ajudamos, não nos ouvimos, não, não, não nos humanizamos e o divertido para afiar a lingua é que achamos que sim e mais, combramos do outro a resposta carihosa em resposta ao ato amigo que nós não tivemos. Loucos humanos cortados e fatiados todos os dias como carne em assougue, pela lingua humana.





...Que preciso do outro!

Que eu preciso do outro. rs Eu estava em uma ansiedade sem tamanho pela chegada da Bravo! Desse mês, talvez por ter lido a do mês passado muito rápido e já me comprometi que irei ler mais lentamente, para não ficar nessa tensão por recebê-la. Todos os dias eu perguntava ao porteiro do meu prédio, se ela já tinha chegado, podia ser ao passar andando, de carro e mesmo sem nem sair de casa, apenas interfonando para perguntar:


-“Então chegou minha revista?”

No sábado meu interfone toca e... É o porteiro dizendo que minha revista chegou e mais que o zelador já estava subindo com ele. Cai na risada pensando em quão boba eu parecia co toda aquela sangria desatada. Peguei a revista e mesmo cheia de vontade de devorá-la, fui concluir o que eu fazia, para então me deleitar com ela.

A revista que trás um especial sobre Ferreira Gullar e seus poemas, um em especial me chamou especial atenção e mais, me emocionou ao ponto de estimularem algumas lágrimas atrevidas...

Compartilho tal texto:

“Enquanto te enterravam no cemitério judeu

Do Caju

{e o clarão de teu olhar sorrateiro

resistindo ainda}

o táxi corria comigo à borda da Lagoa

na direção do Botafogo

as pedras e as nuvens e as árvores

no vento

mostravam alegremente

que não dependem de nós.”



O mundo, a vida e o tempo continuam... A vida não para que enxuguemos nossas lágrimas.



quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Que me fazem voltar!

Eu tinha decidido, por A +B, que não iria me expor mais na net, no entanto, é a única forma que tenho de dividir com alguns esses pensamentos tão meus... que podem ser nossos.
Decidi por voltar ao blog inspirada por dois lindos e amados amigos, um que eu nem vi o blog ainda e a outra que me presenteou com lindas letras em palavras. Grata aos dois.
Hoje volto, torço que para ficar por um bom tempo... Usando-me do meio... rs e dividindo pensamentos... questinamentos... textos... vida...
Até bem breve!

Celebrando Festivais Teatrais

Por Roberta Bonfim Querido Festival de Teatro de Fortaleza conheci tantas maravilhas ao viver-te. Lembro que foi em uma de suas edições que...