-“Então chegou minha revista?”
No sábado meu interfone toca e... É o porteiro dizendo que minha revista chegou e mais que o zelador já estava subindo com ele. Cai na risada pensando em quão boba eu parecia co toda aquela sangria desatada. Peguei a revista e mesmo cheia de vontade de devorá-la, fui concluir o que eu fazia, para então me deleitar com ela.
A revista que trás um especial sobre Ferreira Gullar e seus poemas, um em especial me chamou especial atenção e mais, me emocionou ao ponto de estimularem algumas lágrimas atrevidas...
Compartilho tal texto:
“Enquanto te enterravam no cemitério judeu
Do Caju
{e o clarão de teu olhar sorrateiro
resistindo ainda}
o táxi corria comigo à borda da Lagoa
na direção do Botafogo
as pedras e as nuvens e as árvores
no vento
mostravam alegremente
que não dependem de nós.”
O mundo, a vida e o tempo continuam... A vida não para que enxuguemos nossas lágrimas.
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