segunda-feira, 2 de maio de 2011

Aparecida– O Milagre

Em se tratando de filmes religiosos, pouco tenho a dizer, mesmo por que penso que sejam esses filmes feitos com outro objetivo que não o reconhecimento da critica. Sob direção de Tizuka Yamasaki, o filme “Aparecida – O Milagre” é daqueles que por mais que não seja nem de longe uma perola da sétima arte, te mantém atento e curioso ao que pode acontecer. Dessa mesma linhagem, por assim dizer, estão filmes como Chico Xavier, As Mães de Chico, dentre outros de cunho emotivo.

Falar sobre fé não é tarefa fácil, tratar sobre a falta de fé em resposta do excesso da mesma, deve ser ainda mais complexo e é exatamente esse paralelo que justifica o filme. O menino Marcos (Vinicius Franco), devoto de Nossa Senhora Aparecida, tem uma infância humilde, porém feliz com seus pais. Com a morte do pai (Rodrigo Veronese), em um acidente na Basílica, Marcos perde duas vezes: O Pai e a Fé. Trinca e cinco anos depois, Marcos, agora interpretado por Murilo Rosa, é um empresário de sucesso, que mantém uma relação afetiva nada boa com a compreensiva Beatriz (Maria Fernanda Cândido). Separado de Sônia (Leona Cavalli), mulher que ama e mãe de seu filho Lucas (Jonatas Faro).

Por ter outras verdades sente uma enorme dificuldade de aceitar as escolhas do filho que se recupera do vicio de drogas, o que dificulta ainda mais a relação, já que o pai tem dificuldades de crer. O filme peca pelos exageros dramáticos e tem como ponto de conflito o grave acidente sofrido por Lucas, após discussão com o pai. A culpa, a dor e o medo, somadas a possibilidade de perder o filho, leva Marcos a reviver sua infância com o pai, relembra a fé incondicional daquele homem simples e descobre com sua mãe Julia (Bete Mendes) a primeira graça que norteou a vida de toda família. Agora era chegada a hora de reaprender a ter fé.

O ponto auto do filme, no entanto, é a atuação. Murilo Rosa mostra versatilidade e emociona. Maria Fernanda Cândido, Bete e Leona, apesar de não contarem com diálogos bem elaborados, dão um show de atuação e mesmo o jovem Jonatas convence e ainda solta a voz.

Um bom filme para um dia tenso...

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