segunda-feira, 9 de maio de 2011

Oxi

Andando pelas ruas de Fortaleza e olhando as pessoas que vivem nela,  podemos ver muito claramente a destruição que vem sendo causada pela falta de humanidade e excesso de drogas, eis o retrato do crack. Retrato que alguns nem percebem, outros fazem de conta que não enxergam e quem tem olhos pra ver, sofre.
Ali, ou melhor, aqui na rua, em frente de casa,vez ou outra me assusto com seres humanos definhando e contrariando as regras “das antigas” de que precisava se ter dinheiro para pirar tanto, existe o crack e surge agora o Oxi. Ambas drogas de baixo custo e forte poder alucinógeno e viciante. Ambos drogas de laboratório, isso é, tem gente querendo matar gente.
O oxi, assim como o crack é um subproduto da cocaína, sendo ainda mais devastadora. A droga entrou no Brasil pelo Acre, onde segundo o blog da globo “na capital, ao redor do Rio Acre, perto de prédios públicos, no Centro da cidade, nas periferias e em bairros de classe média alta, viciados em oxi perambulam pelas ruas e afirmam: "Não tem bairro onde não se encontre a pedra"”.
Oxi, é abreviação de oxidado, uma mistura de base livre de cocaína, querosene – ou gasolina, diesel e até solução de bateria – cal e permanganato de potássio. Assim como o crack o oxi é uma pedra, sendo branca, é também  fumada no cachimbo.
Oficialmente, ainda não há sinal de ter chegado ao Ceará, o que não quer dizer que não exista e só essa possibilidade, já assusta. 
Nessa hora me pergunto a quem posso responsabilizar. Quem pode responder por quem? Como julgar? Quem são os reais criminosos? E quem são a vitimas? Não consigo não ficar curiosa sobre o que deve passar na cabeça de quem produz tais drogas. Com qual finalidade? Vale a pena? Essa pessoas não tem filhos? Ou acreditam fazer a coisa certa? Sabe o mais louco e mais triste de tudo isso? É que batemos no peito e dizemos que estamos evoluindo. Cadê a evolução da alma?
SAIBA MAIS
O efeito do oxi é mais rápido do que o do crack, atingindo órgãos vitais como o pulmão.
Logo nos primeiros dias de consumo, os usuários podem apresentar problemas no sistema digestivo e complicações renais. O dependente também perde muito peso e fica com dificuldade para respirar.
Há relatos de consumo da droga nos estados da Região Norte e também em Goiânia, Mato Grosso do Sul, Distrito Federal e São Paulo. O caso mais grave é no Acre. A suspeita é de que o oxi entra no Brasil pelo Peru e pela Bolívia.

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