Se há um orgulho para quem escreve é ver a escrita dando folego a história. E é isso que acontece no longa-metragem “The Help” (Histórias Cruzadas), do diretor Tate Taylor. Que além do tema forte, uma fotografia coloridas, trás um elenco afinadíssimo e basicamente feminino.
Viola Davis dá um show de sensibilidade e emoção, contando histórias que a nós brasileiros, ao mesmo tempo que parece distante, encontra-se familiaridades tristes. The Help, não se trata de um dramalhão, ao contrário, consegue dá seu forte recado sem ser piegas. Inspirado no livro de mesmo nome, o filme acompanha a saga de uma jovem determinada (Emma Stone), que aspira ser escritora e narra os abusos raciais sofridos pelas governantas negras no Mississipi, estado sulista dos EUA. Para isso precisa colher os depoimentos dessas mulheres. A primeira a romper a lei do silêncio, opressão e violência é Aibileen (Viola).
O enredo é ambientado em Jacksontown, no início de 1960. Onde não existe meio termo e a divisão é clara: Uma elite branca, reacionária e escravocrata, representada por Hilly, e o contingente de mulheres negras cuja única alternativa é o trabalho como governanta. E é entre elas que encontramos Minny (Octavia Spencer, vencedora do Oscar e Globo de Ouro de Atriz Coadjuvante), que vivencia momentos difíceis e lindos com patroas diferentes e nos leva a sentir junto com ela as sensações.
Histórias Cruzadas é um filme sobre liberdade, sobre amor, auto estima, força, lealdade, respeito e vontade cheia de coragem de fazer diferente.
Esse foi o único do Oscar 2012 que precisei assistir duas vezes por necessidade d’alma.
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