Penso que o filme deveria se chamar “Lula, Filho de Lindu”, mesmo por que, o que há de maior relevância no filme de Fábio Barreto (O Quatrilho) é a ligação entre mãe e filho.
O longa baseado no livro homônimo de Denise Paraná, Lula, o Filho do Brasil traz para as telas o percurso de Luiz Inácio Lula da Silva, do seu nascimento, em 1945, até 1980, quando era um líder sindical consagrado. A data marca também a morte de uma pessoa extremamente influente em sua vida e em sua forma de pensar: Dona Lindu (Eurídice Ferreira de Mello), que criou oito filhos, sozinha, e tinha como lema "Nesta família ninguém vai ser ladrão ou prostituta". E cumpriu.
O filme foi rodado em dois estados (Pernambuco e São Paulo), sete cidades e 70 locações, entre 20 de janeiro e 18 de março de 2009, Lula, o Filho do Brasil percorre os principais pontos da trajetória humana de Lula, do árido sertão pernambucano, onde nasceu, à periferia de Santos, onde cresceu, e por fábricas e sindicatos do ABC paulista, onde viveu intensas transformações pessoais (como a perda da primeira mulher e do filho), e profissionais (como o emocionante discurso no estádio lotado da Vila Euclides, realizado sem sistema de som, quando 80 mil operários repetiram suas palavras para que todos pudessem ouvi-las).
O que é engraçado é que ao assistir uma reportagem sobre o filme,ouvi não sei bem de quem que o ator Rui Ricardo Diaz, tinha uma terrível dificuldade de se emocionar e é daí que vem a ironia, quando ele, assim como os outros atores que interpretam Lula, conseguem muito facilmente emocionar.
No elenco de 130 atores destacam-se Rui Ricardo Diaz, que em sua estréia cinematográfica, interpreta Lula dos 18 aos 35 anos; Glória Pires como Dona Lindu, Cleo Pires (Lurdes, primeira mulher de Lula), Juliana Baroni (Marisa Letícia). Milhem Cortaz (Aristides, como o pai bêbado). As filmagens contaram ainda com 3.000 figurantes. O que deixa clara a grande produção.
O ponto auto do filme é inquestionavelmente a atuação de Gloria Pires que mesmo silenciosa deixa clara a postura de sua personagem e a força dessa mãe que acreditava acima de tudo em seus filhos, mas com humildade e sonhos estreitos, ou simplesmente não pedia tanto.
Lula, o Filho do Brasil tem fotografia de Gustavo Hadba, direção de arte de Clóvis Bueno, figurinos de Cristina Camargo, roteiro de Daniel Tendler, Denise Paraná e Fernando Bonassi, música de Antônio Pinto e Jaques Morelenbaum.
“Lula O Filh do Brasil”, nem de longe é um filme político, ou mesmo sobre o político, mas sim a respeito do homem, filho, irmão, pai, amigo. Pelo menos a mim não pareceu!
Que cada um assista para tomar suas próprias decisões.
"Lula, o Filho do Brasil" conta a saga da família Silva, uma saga igual a de tantas outras famílias Silva do Brasil.
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