Sesc Emiliano Queiroz, 19h, sala fria e quando se olha pro palco percebe-se um boteco, daqueles que encontramos muito facilmente nos centros das cidades, mesinhas, cadeiras, violão, pandeiro, malandragem e cachaça, tudo embalado ao som do samba. Ao lado um cabide com aderedeços que constituem o típico malandro. E é apresentando a malandragem que começa o show da boemia, da imaginação, memória e malandragem.
“Safadezas do Samba”, eis o nome do show que homenageia grandes nomes do samba e conta mesmo que timidamente a história do samba de raiz, da malandragem periférica, dos homens que cantavam emoções, tirando o amargo da vida no copo de cerveja.
As vozes de Dinho Lima Flor e Rodrigo Mercadante tem um sintonia gostosa de ouvir. Eu particularmente fui facilmente remetida às ruas da Lapa e mais, a uma infância de rodas de sambas caseiras e bares movimentados.
É fundamental ressaltar a pesquisa musical feita pelo grupo. O show ainda não apresenta muita teatralidade, o que segundo Dinho Lima Flor, esta sendo trabalhado em pesquisa para encontrar a melhor costura e cita ainda a semelhança com o processo do espetáculo “Uma Toada para João e Maria”. No entanto, Safadezas do Samba, traz a tona um lado do samba não muito popularesco e deliciosamente divertido. É uma alegria de espetáculo, devo, no entanto, admitir que senti uma tremenda falta de poder sambar junto, arrastar as tamancas ou mesmo as chinelas.
Os músicos terminaram o show com Chico, já deixando o convite ao publico que saiu satisfeito do teatro e certamente voltarão hoje para assistir “Uma Segunda Toada Para João e Maria” também as 19h no Sesc Emiliano Queiroz.
Nos encontramos para falar de amor! hihihi
Delícia de comentário Roberta! É isso ai querida pra se continuar com algum projeto de arte que se acredita, precisa-se insistir em pesquisas poéticas e teatrais, estamos nesse caminho. Gostei da dica de em algum momento termos um espacinho para se arrastar os tamancos, já que está no sangue nascido sambado né?! Bjs minha linda
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