domingo, 2 de outubro de 2011

Arte Poesia

Começo esse texto pedindo perdão a mim, ao blog e aos poucos que o acompanham, foquei em outras palavras, mas tentarei agora voltar a essa tarefa que tão bem me faz, e volto inspirada, feliz e reflexiva, algumas boas coisas assistir nesse meio tempo, mas registrarei apenas o que mais Me chamaram atenção, farei um texto só falando sobre alguns temas e peço que entendam que depois de algum tempo,, fica difícil falar com propriedade, o tempo por vezes nos rouba os detalhes.

E seria cruel escrever um texto sobre o Smorfs já sem lembrar todas as sensações, as emoções e frustações, pois sentir tudo isso ao me deparar com o desenho animado sobre figurinhas que foram minhas companheiras na infância e vê-las assim tão diferentes e iguais. Não são as mesmas, ou apenas cresci e com isso fiquei mais chata e exigente? A questão é que o filme tá super modernizado, citando Google, mostrando a correria e caindo no clichê dos não urbanoides tendo de encarar essa loucura toda e como não podia deixar de ser, há o publicitário e a compreensiva e utópica mulher. Mas com tudo isso me tirou boas gargalhadas e cumpriu sua missão de me entreter, a questão que é eu  ainda achava que tinha que fazer a além. Não tem!
Não é preciso dá o máximo de si, em Bróder, é possível perceber que apenas o melhor que puder pro momento, já é sensacional. Mas é também tarefa difícil e delicada. O longa perpassa pela vida de Macu (Caio Blat), Jaiminho (Jonathan Haagensen) e Pibe (Silvio Guindane) três amigos de infância que nasceram e cresceram na comunidade do Capão Redondo, na periferia de São Paulo. Mas seguem caminhos diferentes, e no reencontro, ocorrem alguns desencontros. Sob a direção de Jeferson De e contando com a participação de Cassia Kiss e Ailton Graça. O filme é bom, tenso e espontâneo.

Espontaneidade que é ingrediente básico do grupo Clowns de Shakespeare, do Rio Grande do Norte. Que voltou ao Rio e subiu o Morro do Adeus, para apresentar “Ricardo III”;  espetáculo que é resultado de um feliz encontro entre o encenador mineiro Gabriel Villela e o Grupo Clowns de Shakespeare. Baseado no texto “Ricardo III”, de William Shakespeare, o espetáculo aponta a briga pelo poder entre Ricardo, Duque de Gloucester, e seu irmão, Eduardo IV.  A montagem ganhou a rua por meio de um universo lúdico do picadeiro do circo, dos palhaços mambembes, das carroças ciganas – tornando possível um diálogo entre o sertão e a Inglaterra Elisabetana que somados a musicalidade do espetáculo que vai desde as “incelenças” (gênero típico nordestino) agregadas ao clássico rock inglês – um tempero especial, com citações de bandas como Queen e Supertramp. Uma grande diversão que por si só já é uma diversão. No entanto, assisti-lo tendo como pano de fundo a cidade do Rio de Janeiro se iluminando, é uma poesia.

E fazer arte é poesia, assisti-la também e vive-la...

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