segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A feira

Ontem assisti o melhor dos espetáculos, desde que cheguei ao Rio. Os atores eram todos tão conhecidos e absolutamente estranhos, mas sorriam de uma forma que provocava em mim identificação.
Hoje assisti até mesmo o passado e suas poucas, porém marcantes festas de interior com brinquedos, bolas, algodão doce de cuspe (não encontrei melhor nome para identificá-lo). Eram tantos os artistas anônimos que tudo fazem, são: cantores, palhaços, poetas, atores dessa vida longe de casa. Nunca vi nada tão egoísta como a arte, ela te deseja inteira e com ela, o resto pode parecer um pouco distante.



Hoje assisti a mim, reconhecendo emoções, rostos e sorrisos. Reconhecendo e estranhando por identificação e ao fim entendi que com boa vontade  e observação a vida é toda um grande filme, uma enorme poesia, o maior dos espetáculos.
E escuto alguém e eu mesma a dizer: Eita povo sofrido pra viver feliz! É isso mesmo!
Todo esse espetáculo foi visto na Feira de São Cristovão, conhecida também Feira de Tradições Nordestinas ou ainda Feira dos Paraíbas. Como for, o fato é que me senti em casa! 

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